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Em crise, HPSC passa por mudança de gestão 

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Desde que assumiu a gestão municipal, em janeiro de 2016, o governo de Luiz Carlos Busato (PTB) tem enfrentado uma contínua crise com relação ao contrato firmado com o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp). O jornal Timoneiro acompanhou todo o processo dessa relação e os problemas do compromisso firmado pela gestão deJairo Jorge (PDT). Em outubro de 2017, a atual administração já havia anunciado que o Gamp não seria mais gestor do HPSC e duas Upas. Mesmo assim, as partes entraram em acordo e a situação foi mantida. Quase um ano depois, na terça-feira, 25 de setembro, a Prefeitura anunciou que está retomando a administração do Hospital, que atualmente opera com superlotação.

Motivações

De acordo com a atual administração municipal, a ação se deve às dificuldades impostas por “um processo licitatório inadequado, feito às pressas, no segundo semestre de 2016, e que não respeitou o ritmo de transição adequado”. A nota divulgada ainda cita que o contrato não considerou as reais necessidades de Canoas e dos mais de 150 municípios para os quais a cidade é referência.

A Prefeitura garante que técnicos estão elaborando formas para que não haja descontinuidade do serviço nem prejuízos financeiros à Administração Municipal. O Conselho Municipal de Saúde, governo do Estado do Rio Grande do Sul, Câmara Municipal e os sindicatos acompanharão esse processo. A decisão é de comum acordo com o Gamp. Com relação aos atuais funcionários, a Prefeitura afirma que irá buscar todas as alternativas necessárias para garantir a permanência do quadro.

O que diz o Gamp
Confira o que o grupo diz, na íntegra:
“Grupo GAMP revela que há cerca de um ano tenta entregar gestão do HPSC e duas UPAS ao governo municipal, em função de insustentabilidade financeira
 
Transição se dará de forma amistosa e transparente, com a participação do Ministério Público, Ministério Público do Trabalho, SIMERS e Sindisaúde.
 
O Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP) esclarece os motivos da entrega do Lote 1, que compreende o Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) e as Unidades de Pronto Atendimento Caçapava e Rio Branco, à prefeitura de Canoas. Desde março de 2017, logo nas primeiras reuniões da Comissão de Gestão, foi relatado pelo Grupo GAMP o descompasso financeiro entre orçamento e o valor da execução. Tanto, que em junho de 2017, a Comissão de Gestão demonstrou – com registro em ata – que o valor do projeto era superior ao que era repassado. 
 
Em 06 de outubro de 2017, o Grupo GAMP formalizou, junto à Procuradoria Geral do Município, ofício no qual manifestava o seu interesse na rescisão do Lote 1, uma vez que não havia sustentabilidade financeira – dos R$ 7,2 milhões previstos para a manutenção das unidades, somente a folha de pagamento consome R$ 6,4 milhões. No dia 06 de novembro do mesmo ano, em resposta à notificação 015/2017, no item 7, o Grupo GAMP reafirmou que concordava com a rescisão consensual do Termo de Fomento nº 01/2016, referente ao Lote 1, uma vez os recursos públicos repassados pelo município eram insuficientes, ainda que utilizados de acordo com o plano de trabalho, sendo que todas as prestações de contas foram aprovadas pelo órgão responsável. Desde então, o Grupo GAMP vem reiterando sobre a situação junto à prefeitura, com registro em atas, sobre o valor inexequível do referido lote. 
 
A Organização informa que já criou um grupo de trabalho para que a transição ocorra de forma transparente e amistosa, além de Plano de Ação para que a prefeitura consiga realizar a sucessão. O Grupo GAMP apoia a iniciativa da prefeitura de solicitar que este processo tenha o acompanhamento do Conselho Municipal de Saúde, Câmara de Vereadores, sindicatos e governo estadual, e inclui ainda Ministério Público, Ministério Público do Trabalho e a mídia local, que terão o papel de fiscalizar e informar a população envolvida sobre os desdobramentos da transição.
 
Está registrado em termos de haveres (documentos formais em que a prefeitura reconhece os valores devidos acumulados durante a gestão do Grupo GAMP), um passivo a ser pago, que será calculado após divisão proporcional da dívida referente ao Lote 1. Além disso, há ainda a dívida deixada pela antiga gestora do projeto (Mãe de Deus), absorvida em Termo de Assunção pelo Grupo GAMP. Portanto, o Grupo GAMP destaca que o problema não está na gestão, mas sim no montante financeiro a ser liquidado.
 
O Grupo GAMP continuará à frente da gestão do Hospital Universitário (HU) e dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) Amanhecer, Novos Tempos, Arco-Íris e Recanto dos Girassóis, trabalhando para poder oferecer aos canoenses e moradores de municípios vizinhos um serviço de excelência. E até que a transição seja finalizada, continuará também à frente do HPSC e das UPAS Caçapava e Rio Branco. 
 
HISTÓRICO DE DÍVIDAS DA GESTÃO ANTERIOR
 
Em dezembro de 2016, ao assumir a gestão de unidades de saúde em Canoas, o GAMP assinou um Termo de Assunção, que repassava à Organização as dívidas deixadas pela gestora anterior do contrato (Mãe de Deus), relativas a débitos com terceiros e prestadores de serviços.
 
No entanto, ao assumir o Executivo, a atual gestão do município não reconheceu a homologação do termo e contratou uma auditoria para verificar os referidos débitos. A medida prejudicou a gestão do Grupo GAMP, o que resultou em dificuldades no processo da gestão. Cabe ressaltar que o contrato de gestão das unidades se dá por medição, ou seja, apesar de se basear em um valor mensal fixo, se os gastos extrapolarem o montante estipulado, a prefeitura deve ressarcir.”
O que diz o Sindisaúde

O Sindisaúde, em nota, apoiou a decisão da atual gestão municipal. “O sindicato saúda a tomada de decisão do Executivo canoense, pois defendemos que saúde é direito de todos e dever do Estado, conforme conta na nossa Constituição. Infelizmente, no entanto, não é como os gestores públicos têm lidado com o setor, muitas vezes transferindo, como no caso canoense, a responsabilidade de prover saúde a empresas terceirizadas”, comentou o presidente Arlindo Ritter.

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Recursos do Carnaval são destinados para a área da saúde

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UPA Caçapava tem 35% da reforma concluída com verbas economizadas no Carnaval 2019 / Foto: Graziele Albuquerque

Na última segunda-feira, 17, a Prefeitura de Canoas cancelou oficialmente o Carnaval 2020 com o intuito de garantir mais recursos para a Saúde do município. O comunicado postado em redes sociais causou alvoroço entre os carnavalescos pelo fato do Carnaval ser cancelado pelo segundo ano consecutivo.

A economia de mais de meio milhão de reais que iria para o evento será destinada a para a conclusão da Clínica de Saúde da Criança, e também para a compra de equipamentos para a unidade que vai funcionar 24h no Hospital Universitário.

O prefeito Luiz Carlos Busato destacou que, mais do que nunca, a gestão eficiente dos recursos municipais é necessária para garantir os serviços essenciais à população. “Espero contar com a compreensão da comunidade carnavalesca que acompanhou todo o nosso trabalho durante o ano para viabilizar o carnaval sem custos aos cofres públicos. Infelizmente não tivemos apoio da iniciativa privada. Vivemos em um momento de crise no país, que exige que façamos escolhas. Estamos priorizando a saúde da nossa população”, assinalou Busato.

Para os integrantes das escolas de samba, o anúncio da Prefeitura foi surpresa para todos. “Através das redes sociais descobrimos que o nosso Carnaval seria cancelado. Achamos uma falta de respeito com o povo carnavalesco, já estamos há dois anos na espera e agora, simplesmente, pela mídia social, cancelar o Carnaval sem ao menos ter nos chamado”, desabafa Daniel, integrante da escola Neném da Harmonia.

Durante todo o ano aconteceram reuniões com a sociedade carnavalesca de Canoas. O secretário de Cultura, Mauri Grando, relembrou que foi dito aos carnavalescos que eles deveriam “construir uma realidade diferente” dentro das escolas.

A Associação das Escolas de Samba de Canoas (AESC) elaborou um projeto, com oficinas produtivas dentro das agremiações, mas este foi indeferido pela Procuradoria Geral do Município, por ser ano de eleição.

Segundo o secretário de Cultura, o presidente da AESC, Noé Oliveira, já estava ciente do cancelamento, pois foi realizada uma reunião na sexta-feira, 14, onde foi exposta a situação.

Mauri Grando explicou o fato de eventos tradicionais de Canoas, como a Festa do Trabalhador, a Semana de Canoas, Feira do Livro e a Semana Farroupilha serem mantidos. “Todo e qualquer evento parte de uma forma, o número de pessoas que atinge a Semana Farroupilha, por exemplo, é 120 mil, ao contrário do Carnaval, que no último foram 5 mil pessoas. Não sei se teremos outros eventos esse ano”, concluiu o secretário.


Upa Caçapava tem 35% de obras concluídas com valor economizado em 2019

Ao cancelar o Carnaval de 2019, a Prefeitura de Canoas garantiu que destinaria a verba da folia para a reforma da UPA Caçapava e para as obras do novo prédio da UBS Santa Isabel; ambas estão em execução.

A equipe de reportagem do jornal Timoneiro visitou a obra de extensão da UPA Caçapava, que promete ser a maior Clinica de Saúde da Família canoense. No total, são 30 funcionários trabalhando na reforma que está com 35% concluída.

A inauguração da unidade, que será a maior do município, deverá acontecer em junho, e a expectativa é que ela atenda uma demanda maior do que a antiga UPA.

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Sede da 2ª Companhia da Brigada Militar é entregue à população

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Foto: Pablo Reis

 

A inauguração da nova sede da 2ª Companhia da Brigada Militar aconteceu na manhã desta quinta-feira, 20, em frente à Praça Dona Mocinha (Rua Júlio de Castilhos, bairro Niterói – Canoas). O investimento foi de R$ 350 mil e os 300 m² de área construída contam com um prédio que um foi pensado para atender as demandas policiais, com sala de reuniões, local para treinamento, recepção e atendimento ao público. De acordo com a Prefeitura, a unidade também vai atender o bairro Nossa Senhora das Graças.

Pronunciamento de autoridades

O vice-governador e secretário da Segurança Pública do Estado, Ranolfo Vieira Júnior, que também já foi secretário municipal de Segurança Pública e Cidadania de Canoas, destacou o alto investimento da Prefeitura em segurança.

O prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, afirmou que a segurança pública tem sido uma das prioridades da atual gestão, “já que os canoenses viviam uma forte sensação de insegurança”.

O Comandante Geral da Brigada Militar, Rodrigo Mohr Picon, parabenizou a Administração: “Isso é fruto de um trabalho integrado e, principalmente, da importância que é dada pela Prefeitura e pela comunidade de Canoas ao serviço policial. Nas cidades em que há essa preocupação com a segurança, os índices de violência diminuem e Canoas é um exemplo de inteligência policial, de integração das forças policiais e da interação com a comunidade”.

Também participaram do ato de inauguração as demais lideranças municipais, vereadores de Canoas, operadores da segurança pública e a comunidade em geral.

 

 

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HNSG realiza palestra sobre “Prevenção do câncer aos 30 anos”

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O Hospital Nossa Senhora das Graças realizou, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde de Canoas e a Liga Feminina de Combate ao Câncer, uma palestra gratuita com o tema “Prevenção do câncer aos 30 anos”, na manhã desta quinta-feira, 20 de fevereiro.

O encontro aconteceu no Auditório Sady Schiwitz, na Prefeitura de Canoas, e teve como palestrante o Dr. Sören  Marian Chicata Sutmöller, oncologista de reconhecida experiência em serviços de pesquisas médica na área do Câncer e especialista no assunto.

A atividade faz parte do ciclo de ações alusivas ao Dia Mundial de Combate ao Câncer, comemorado anualmente no dia 4 de fevereiro, data escolhida para aumentar a visibilidade e a conscientização sobre a doença.

Ao final da palestra, a equipe de reportagem do Timoneiro conversou com o Dr. Sören, que destacou a necessidade de uma mudança na forma de abordar a prevenção do câncer. “A intenção é tentar transmitir um conceito de que o câncer aparece pelo menos duas décadas antes, a partir dos 30 anos”.

De acordo com o especialista, é possível mudarmos alguns fatores de risco antes que a doença apareça. Pois, de acordo com ele, na verdade, quando a pessoa faz prevenção aos 50 anos de idade, só está fazendo o diagnóstico precoce e não a prevenção de fato. “Nosso intuito é fomentar o pensamento na população de que podemos ser protagonistas e não somente expectadores”, concluiu.

Índices

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) divulgou números de Incidência de Câncer no Brasil. O documento aponta o registro de 600 mil novos casos de câncer por ano em 2018 e em 2019.

O câncer de pele não melanoma, o mais frequente do país, deve chegar a 165 mil novos casos diagnosticados. Já no âmbito da saúde da mulher, o câncer de mama terá 59 mil ocorrências, enquanto que o de colo de útero, 16 mil. O câncer de intestino em mulheres também alcançará a marca de 19 mil casos, nos homens, 17 mil.

Para os homens, a neoplasia na próstata terá um aumento com o registro de 68 mil pessoas. O segundo lugar é o câncer de pulmão, com 18 mil pacientes.

 

 

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