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Comunidade

AES Sul contesta reclamações

Concessionária questiona informações sobre postes de madeira e altura da rede elétrica

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Postes tem problemas em aos menos dois bairros. Foto: Marcelo Grisa-especial/OT

Postes tem problemas em aos menos dois bairros. Foto: Marcelo Grisa-especial/OT

 

Por Marcelo Grisa

 

A concessionária que administra a rede de energia de Canoas, a AES Sul, enviou comunicado a O Timoneiro a respeito da cobertura da situação dos postes nos bairros Harmonia e Cinco Colônias, oferecendo seu contraponto. Segue na íntegra a nota da assessoria de imprensa da empresa:
Referente à matéria Dois bairros sofrem com postes menores e mau atendimento, publicada dia 26 de fevereiro, a AES Sul informa que na rua das Araras houve a substituição de um poste de madeira por concreto. Como essa rua foi asfaltada após a implantação da rede elétrica e o asfalto eleva a via, visualmente os postes de madeira parecem ser menores, mas não são. O asfaltamento de ruas é um procedimento normal das prefeituras municipais que não têm interferência na rede elétrica.
Na rua das Araucárias, após a substituição do poste na esquina com a rua República, ocorreu uma colisão de um caminhão contra a rede de telefonia, o que fez com que o poste da rede elétrica saísse do prumo. Isso não traz nenhum prejuízo ao fornecimento de energia e a AES Sul fará a correção do poste.
No cruzamento das ruas Carlos Gomes e Saldanha da Gama o poste de madeira foi substituído por um novo de concreto. Como no poste substituído também há rede de telefonia, o poste fica no local para que as empresas responsáveis façam a transferência de suas redes para o poste novo. A AES Sul notifica as empresas de telefonia para que façam a transferência, mas não faz esse serviço porque não tem conhecimento técnico em redes de telefonia, internet e TV a cabo.

A AES Sul informa, também, que o padrão de substituição de postes é madeira por concreto ou fibra de vidro. A empresa não recoloca postes de madeira.

A respeito do conteúdo, restam, pela falta de uma entrevista ou outra conversa de mão dupla, somente dois questionamentos.

O primeiro é sobre a alegação de que “o asfaltamento de ruas é um procedimento normal das prefeituras municipais que não têm interferência na rede elétrica.” A colocação de toda a estrutura necessária para o asfalto, bem como o próprio asfalto, consome espaço. Considerando a altura de caminhões que chegam próximos ou encostam na rede elétrica, sim, é possível afirmar que o asfaltamento faz diferença, já que diminui a altura entre a via e os fios de luz e telefone que passam por ela.
A segunda pergunta é mais sobre uma falta de detalhes na afirmação de que a empresa não recoloca mais postes de madeira. Desde quando a empresa não tem mais esta conduta? Com isso seria seria possível constatar a veracidade da afirmação.

Projetos de Lei
O vereador José Carlos Patrício (PSD), contatou O Timoneiro informando que, além dos projetos de seus colegas citados na edição da semana passada, também há um de sua autoria, o 11/2016 (anterior ao 12 e ao 19/2016, portanto), que versa sobre a troca dos postes de madeira pelos de concreto. O texto dá margem para maior ação da prefeitura junto à concessionária AES Sul, permitindo que o Executivo mande ofícios para informar da necessidade de troca da estrutura. Os pedidos, de acordo com o texto, precisam ser atendidos em até cinco dias úteis, sob pena de multa.
Segundo o vereador, a concessionária não tem organização operacional suficiente para atender as demandas. “Em uma audiência pública aqui na Câmara, deram os números de trocas de postes por ano. Seguindo a média fornecida pela AES, levará mais uns 10 aos para trocar tudo”, explicou. De acordo com o parlamentar, a empresa também não apresentou nenhum planejamento na prioridade de colocação dos postes. “Há ruas na Mathias Velho como a Martin Luther King e a João de Barro que tem postes datados de 1965”, apontou.
Por fim, Patrício fala que os canoenses podem consultar os Pedidos de Indicação no site da Câmara para basear ações judiciais. “Quando há pedidos expressos na Casa em relação a um poste torto, por exemplo, e ele cai e causa estragos, o cidadão pode usar isso para entrar na Justiça, porque a concessionária sabe”, explanou.

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Sorteio do Minha Casa, Minha Vida contempla 250 famílias. Confira lista.

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Foto: Jhennifer Wolleng

Com transmissão ao vivo pela internet, a Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, realizou nesta quarta-feira (16) o sorteio do programa Minha Casa, Minha Vida. No auditório Sady Schivitz, na sede da Prefeitura, foram contempladas 250 famílias, que irão morar nos Residenciais Pistoia e Santa Fé, no bairro Rio Branco. Também foram sorteados os candidatos suplentes.

Os dois complexos habitacionais estão em fase de construção, com previsão de entrega dos imóveis para setembro deste ano. Antes de ocupar o imóvel em definitivo, os contemplados passarão pelo processo de análise documental na Caixa Econômica Federal e pelo trabalho técnico-social da Prefeitura, que promove um processo de adaptação das famílias à nova moradia.

Confira aqui a lista dos sorteados

Ao todo, os Residenciais Pistoia e Santa Fé oferecem 500 unidades habitacionais. A outra metade das famílias que irá morar no local será reassentada, já que ocupavam anteriormente invasões que foram alvo de reintegração de posse pelo município.

Nesta quarta-feira, participaram do sorteio os cidadãos que realizaram o recadastramento. Enquadram-se nos critérios nacionais famílias residentes em áreas de risco, insalubres ou que tenham sido desabrigadas, comprovado por declaração do ente público; famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar, comprovado por autodeclaração; e famílias das quais faça(m) parte pessoa(s) com deficiência, comprovado com a apresentação de atestado médico.

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Comunidade

Assembleia de Deus comemora 80 anos de fundação em Canoas

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A igreja Assembleia de Deus, de Canoas, comemora uma marco importante na cidade. O Jubileu de Carvalho da entidade ocorre nesta sexta-feira, 18 de agosto, e terá programação intensa de comemorações. O pastor Edegar Machado, líder da igreja no município há mais de 30 anos, recebeu a reportagem de O Timoneiro para falar acerca da programação das celebrações e sobre a atuação na cidade.

Tamanho

A importância da Assembleia de Deus, de Canoas, é contada também em números. A instituição, de acordo com Edegar, abrange atualmente 16 mil membros e conta com 88 igrejas na cidade. “A igreja se expandiu através do trabalho missionário e atua em diversos ponto do mundo”, conta Edegar.

Visão Social

O pastor destaca a visão social da instituição: “Não temos somente o trabalho espiritual, mas cuidamos do lado social. Eu considero isso como a outra mão da igreja. Nós temos o lado humano, que é alcançar as pessoas em suas necessidades”, comenta. O trabalho realizado abrange especialmente o cuidado de crianças. Edegar ainda citou projetos como escolas artesanais, que ajudam no desenvolvimento de trabalhos comunitários, além de postos de distribuição de sopa vinculados à Associação Beneficente Lar Esperança de Canoas , onde são atendidas cerca de mil crianças por semana.

Programação

A igreja promove cultos de celebração na sexta-feira, 19, até domingo, 20, no templo central da Assembleia de Deus, no bairro Mathias Velho. No domingo, a partir das 9 horas, ocorre concentração na praça Antonio Beló, na Rua Dr. Barcelos, onde será inaugurado um monumento em homenagem aos 80 anos da igreja. Após, são esperadas quatro mil pessoas para uma caminhada até o templo central da instituição, onde ocorrerá culto de graças.

História

Por determinação do pastorado da Igreja em Porto Alegre, o evangelista Amaro dos Santos foi designado, em 1937, para cuidar do trabalho da instituição em Canoas. Os primeiros cultos ocorreram no bairro Niterói. Ficou marcado na história da igreja um grande culto, realizado junto a uma figueira localizada nas proximidades da casa de André Lemos, em 18 de agosto de 1937. O local permanece com a figueira até hoje e, por conta disso, foi escolhido como local para a homenagem aos 80 anos da instituição.

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Canoense tem 94 anos de futebol, mídia, direção e simplicidade

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Marcelo Grisa

Hélio Ferreira da Silva nasceu em 1º de outubro de 1923. Filho de empregados na fazenda do estancieiro Victor Barreto, o motorista aposentado viu a história do século XX como poucos canoenses puderam. Hélio hoje mora com os sobrinhos Júlio Ragazzon e Raquel Araújo. E esta é sua história.

O futebol e a guerra

No começo de 1932, Hélio observava o nascimento do Sport Club Oriente, um dos mais tradicionais de Canoas. Alguns anos depois, jogou no time e virou craque. Como atacante central, marcava muitos gols.

A incipiente trajetória de Hélio Ferreira no futebol incluiu passagens pelo Canoense e até mesmo no Grêmio. Entretanto, uma grave lesão o afastou em definitivo dos gramados. Uma “pisada” deixou como lembrança um esmagamento logo acima do joelho. “Eu até poderia jogar, mas nunca mais fui. Deu muito medo”, explica.
“Às vezes eu ainda sonho com as mulheres da arquibancada me chamando. Parece que me vejo jogando de novo”, admite. Mas a vida ainda tinha reservado muito mais para o canoense de fala fácil e sorriso alegre.

Nesta época, o canoense já estava na Aeronáutica. Começava a Segunda Guerra Mundial, e todos no quartel ficavam de prontidão, recebendo apenas um dia de folga por semana. “Eu ficava em casa de farda. Se a sirene tocasse, tínhamos meia hora para nos apresentar”, lembra.

Hélio Ferreira da Silva, entretanto, nunca veria os fronts da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Há poucos dias de ser embarcado para o campo de batalha, chegava o mês setembro de 1945. A guerra acaba.

Hélio “Caldas” e Ernesto Geisel

Mesmo antes, durante e depois da guerra, a vivência nas Forças Armadas proporcionou o que seria uma de suas maiores paixões: os carros. Depois de sete anos, saiu da Aeronáutica e tornou-se motorista particular. Acabou por trabalhar 40 anos de sua vida para a Companhia Jornalística Caldas Júnior, dona do jornal Correio do Povo, como motorista da família de Breno Caldas. Por muito tempo, sua família morou na propriedade da família Caldas no bairro Belém Novo, em Porto Alegre.

Recentemente, Hélio visitou os netos de Breno, que o chamaram de “Hélio Caldas”, tamanha fora sua contribuição para a família.
Mas as mais histórias das quais Hélio mais se lembra são aquelas que envolviam os governos da ditadura militar. Primeiro, quando o golpe era dado, em 1º de abril de 1964, Breno Caldas pediu ao motorista que buscasse suas filhas na Rua Coronel Bordini, no bairro Auxiliadora, e as trouxesse ao Belém Novo. Recebeu uma arma, e deveria impedir, depois de todos em casa, que qualquer um entrasse na propriedade. Tendo que lidar com militares às portas do terreno, Hélio deixou-os entrar, mas cuidou cada movimento deles. Depois de uma medição no terreno – o que acontecia no local com frequência – eles foram embora sem maiores percalços.

Em outra oportunidade, em razão do aniversário de Breno Caldas, o presidente Ernesto Geisel, também gaúcho, veio até a fazenda para parabenizá-lo. Hélio teve que esconder um papagaio, que era ilegal, da vista do mandatário. Como um dos genros do patrão acabou por entregar a existência da ave, Geisel exigiu vê-la.
O que se sucedeu, entretanto, tranquilizou a todos. Ao ver o papagaio, que havia sido ensinado a falar muitos palavrões, o presidente desatou-se a rir mesmo sendo xingado pelo bicho.

Cuidado com o caminhão

Ao aposentar-se, Breno Caldas queria que Hélio continuasse trabalhando para ele, mesmo que não mais tendo carteira assinada por sua companhia. Não era bem sua ideia: eram os anos finais da Caldas Júnior antes de sua venda, e o motorista tinha o sonho de ter um caminhão e trabalhar com entregas.

Acabou recebendo a chave de um veículo à sua escolha entre 18 que estavam na garagem da propriedade, escondidos dos credores. “Breno puxou um bolo de chaves do bolso e disse: ‘Escolhe uma. Pode pegar.’ Mais tarde fui lá e escolhi um caminhão.”

Graças à rápida passagem da titularidade dos documentos, Hélio pode ficar com o veículo até poucos anos atrás, quando parou de dirigir. “Não quero me gabar, mas nunca causei nenhum acidente. Com a idade, preferi pedir para o Júlio aqui me levar nos lugares. Não é agora que eu vou ter um solavanco e acabar machucando alguém”, preocupa-se.

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