Comunidade
Dois bairros sofrem com postes menores e mau atendimento
AES Sul troca postes e deixa clientes insatisfeitos com quedas de energia constantes
Por Marcelo Grisa
Os moradores dos bairros Cinco Colônias e Harmonia, principalmente aqueles que moram nas imediações da avenida República, têm passado por diversas dificuldades no fornecimento de eletricidade e internet. Há cerca de 18 meses, cada troca de postes antigos acompanha um sentimento de apreensão por parte dos habitantes.
Ouça trecho do programa OT Notícias sobre o assunto:
Para Luiz Odir Araújo, de 67 anos, morador da Cinco Colônias, o problema começa na abordagem dos funcionários da AES Sul que fazem a colocação dos postes. “O poste caiu, por alguma intempérie, e vieram colocar um novo. Eu achei que o poste que eles estavam colocando era menor do que aquele que funcionava ali até aquele momento. Fui questionar os funcionários sobre isso e do motivo de não não colocarem um poste de concreto. Eles simplesmente me disseram que o serviço era deles e que eu não podia pedir a altura do poste porque eu não conhecia o trabalho. Para não gerar uma confusão maior, deixei por assim mesmo”, relatou.
O militar da reserva também explicou que na rua das Araras, na qual os postes variam de altura em diversos pontos, foram incontáveis as ocasiões nas quais ficaram sem luz durante seis, 12 ou até 18 horas. Ele e outros moradores não sabem a quem recorrer para resolver a situação. Segundo a Secretaria de Comunicação da Prefeitura, as questões relativas à altura e colocação de postes são de inteira responsabilidade da AES Sul, empresa concessionária do serviço no município.
Há relatos de transições sobre a via que caem cada vez que um caminhão de grande porte passa – o que não deveria ocorrer no local. Somente na rua das Araras, isso aconteceu pelo menos cinco vezes durante os últimos 18 meses. Após caso de grande repercussão na mídia estadual, a transição foi erguida; o efeito não eliminou, mas ao menos minimizou o problema.
Na via paralela, a rua das Araucárias, acontecem problemas similares: postes tortos, linhas de telefone passando na altura das garagens e das paradas de ônibus, e muitos restos de fios partidos atrapalhando o passeio público. Em um dos becos, o aposentado Adalberto Marinho, 67 anos precisou amarrar o fio de telefone na árvore em frente à sua casa. Só assim foi possível que ele e seus familiares, assim como um vizinho, voltassem a guardar seus carros nas respectivas garagens.
Mais adiante, no cruzamento das ruas Carlos Gomes e Saldanha da Gama, no Harmonia, um novo descaso à vista de todos: apesar da esquina já ter um novo poste, de concreto armado, outros dois, de madeira, continuam com a maioria das linhas de transmissão de energia e de telefonia. Ambos estão visivelmente inclinados para a área de um estúdio de música, que fica no curto espaço entre esta entrada e o ponto onde se encontram a Saldanha da Gama e a rua Coronel Camisão.
“A gente precisa ficar sempre reclamando pra AES Sul ou para as operadoras de telefone”, explica o tatuador José Luiz Kayser Vargas, de 53 anos. “Há pouco mais de uma semana, teve um vento mais forte, coisa de só dois minutos, e ficamos sem luz por quatro horas. Meu filho está cuidando da filha recém-nascida. Meu estúdio depende da luz elétrica. Como que não são aplicadas metas e multas para a concessionária?”, criticou.
Procurada, a AES Sul não informou à reportagem de O Timoneiro sobre seus padrões de colocação de postes até o fechamento desta matéria.
Enquanto isso, na Câmara Municipal, há pelo menos dois Projetos de Lei Municipal recentes sobre a questão. O de número 12/2016, do vereador Ivo Lech (PMDB), quer instituir a proibição de instalação de novos postes de madeira pela AES Sul. Já o de número 19/2016, do vereador Julio Barbosa (PP), institui novas condutas no Código de Posturas, detalhando como deve ser feita a troca de postes na cidade. Esta segunda proposição também proíbe a utilização de madeira, além de eliminar o uso de escoras e talas para manter postes em pé pela concessionária, bem como esmiúça como ela deve se portar diante de outras empresas que fazem uso da estrutura – como as operadoras de telefonia.
Comunidade
Sorteio do Minha Casa, Minha Vida contempla 250 famílias. Confira lista.


Foto: Jhennifer Wolleng
Com transmissão ao vivo pela internet, a Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, realizou nesta quarta-feira (16) o sorteio do programa Minha Casa, Minha Vida. No auditório Sady Schivitz, na sede da Prefeitura, foram contempladas 250 famílias, que irão morar nos Residenciais Pistoia e Santa Fé, no bairro Rio Branco. Também foram sorteados os candidatos suplentes.
Os dois complexos habitacionais estão em fase de construção, com previsão de entrega dos imóveis para setembro deste ano. Antes de ocupar o imóvel em definitivo, os contemplados passarão pelo processo de análise documental na Caixa Econômica Federal e pelo trabalho técnico-social da Prefeitura, que promove um processo de adaptação das famílias à nova moradia.
Confira aqui a lista dos sorteados
Ao todo, os Residenciais Pistoia e Santa Fé oferecem 500 unidades habitacionais. A outra metade das famílias que irá morar no local será reassentada, já que ocupavam anteriormente invasões que foram alvo de reintegração de posse pelo município.
Nesta quarta-feira, participaram do sorteio os cidadãos que realizaram o recadastramento. Enquadram-se nos critérios nacionais famílias residentes em áreas de risco, insalubres ou que tenham sido desabrigadas, comprovado por declaração do ente público; famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar, comprovado por autodeclaração; e famílias das quais faça(m) parte pessoa(s) com deficiência, comprovado com a apresentação de atestado médico.
Comunidade
Assembleia de Deus comemora 80 anos de fundação em Canoas
A igreja Assembleia de Deus, de Canoas, comemora uma marco importante na cidade. O Jubileu de Carvalho da entidade ocorre nesta sexta-feira, 18 de agosto, e terá programação intensa de comemorações. O pastor Edegar Machado, líder da igreja no município há mais de 30 anos, recebeu a reportagem de O Timoneiro para falar acerca da programação das celebrações e sobre a atuação na cidade.
Tamanho
A importância da Assembleia de Deus, de Canoas, é contada também em números. A instituição, de acordo com Edegar, abrange atualmente 16 mil membros e conta com 88 igrejas na cidade. “A igreja se expandiu através do trabalho missionário e atua em diversos ponto do mundo”, conta Edegar.
Visão Social
O pastor destaca a visão social da instituição: “Não temos somente o trabalho espiritual, mas cuidamos do lado social. Eu considero isso como a outra mão da igreja. Nós temos o lado humano, que é alcançar as pessoas em suas necessidades”, comenta. O trabalho realizado abrange especialmente o cuidado de crianças. Edegar ainda citou projetos como escolas artesanais, que ajudam no desenvolvimento de trabalhos comunitários, além de postos de distribuição de sopa vinculados à Associação Beneficente Lar Esperança de Canoas , onde são atendidas cerca de mil crianças por semana.
Programação
A igreja promove cultos de celebração na sexta-feira, 19, até domingo, 20, no templo central da Assembleia de Deus, no bairro Mathias Velho. No domingo, a partir das 9 horas, ocorre concentração na praça Antonio Beló, na Rua Dr. Barcelos, onde será inaugurado um monumento em homenagem aos 80 anos da igreja. Após, são esperadas quatro mil pessoas para uma caminhada até o templo central da instituição, onde ocorrerá culto de graças.
História
Por determinação do pastorado da Igreja em Porto Alegre, o evangelista Amaro dos Santos foi designado, em 1937, para cuidar do trabalho da instituição em Canoas. Os primeiros cultos ocorreram no bairro Niterói. Ficou marcado na história da igreja um grande culto, realizado junto a uma figueira localizada nas proximidades da casa de André Lemos, em 18 de agosto de 1937. O local permanece com a figueira até hoje e, por conta disso, foi escolhido como local para a homenagem aos 80 anos da instituição.
Comunidade
Canoense tem 94 anos de futebol, mídia, direção e simplicidade
Marcelo Grisa
Hélio Ferreira da Silva nasceu em 1º de outubro de 1923. Filho de empregados na fazenda do estancieiro Victor Barreto, o motorista aposentado viu a história do século XX como poucos canoenses puderam. Hélio hoje mora com os sobrinhos Júlio Ragazzon e Raquel Araújo. E esta é sua história.
O futebol e a guerra
No começo de 1932, Hélio observava o nascimento do Sport Club Oriente, um dos mais tradicionais de Canoas. Alguns anos depois, jogou no time e virou craque. Como atacante central, marcava muitos gols.
A incipiente trajetória de Hélio Ferreira no futebol incluiu passagens pelo Canoense e até mesmo no Grêmio. Entretanto, uma grave lesão o afastou em definitivo dos gramados. Uma “pisada” deixou como lembrança um esmagamento logo acima do joelho. “Eu até poderia jogar, mas nunca mais fui. Deu muito medo”, explica.
“Às vezes eu ainda sonho com as mulheres da arquibancada me chamando. Parece que me vejo jogando de novo”, admite. Mas a vida ainda tinha reservado muito mais para o canoense de fala fácil e sorriso alegre.
Nesta época, o canoense já estava na Aeronáutica. Começava a Segunda Guerra Mundial, e todos no quartel ficavam de prontidão, recebendo apenas um dia de folga por semana. “Eu ficava em casa de farda. Se a sirene tocasse, tínhamos meia hora para nos apresentar”, lembra.
Hélio Ferreira da Silva, entretanto, nunca veria os fronts da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Há poucos dias de ser embarcado para o campo de batalha, chegava o mês setembro de 1945. A guerra acaba.
Hélio “Caldas” e Ernesto Geisel
Mesmo antes, durante e depois da guerra, a vivência nas Forças Armadas proporcionou o que seria uma de suas maiores paixões: os carros. Depois de sete anos, saiu da Aeronáutica e tornou-se motorista particular. Acabou por trabalhar 40 anos de sua vida para a Companhia Jornalística Caldas Júnior, dona do jornal Correio do Povo, como motorista da família de Breno Caldas. Por muito tempo, sua família morou na propriedade da família Caldas no bairro Belém Novo, em Porto Alegre.
Recentemente, Hélio visitou os netos de Breno, que o chamaram de “Hélio Caldas”, tamanha fora sua contribuição para a família.
Mas as mais histórias das quais Hélio mais se lembra são aquelas que envolviam os governos da ditadura militar. Primeiro, quando o golpe era dado, em 1º de abril de 1964, Breno Caldas pediu ao motorista que buscasse suas filhas na Rua Coronel Bordini, no bairro Auxiliadora, e as trouxesse ao Belém Novo. Recebeu uma arma, e deveria impedir, depois de todos em casa, que qualquer um entrasse na propriedade. Tendo que lidar com militares às portas do terreno, Hélio deixou-os entrar, mas cuidou cada movimento deles. Depois de uma medição no terreno – o que acontecia no local com frequência – eles foram embora sem maiores percalços.
Em outra oportunidade, em razão do aniversário de Breno Caldas, o presidente Ernesto Geisel, também gaúcho, veio até a fazenda para parabenizá-lo. Hélio teve que esconder um papagaio, que era ilegal, da vista do mandatário. Como um dos genros do patrão acabou por entregar a existência da ave, Geisel exigiu vê-la.
O que se sucedeu, entretanto, tranquilizou a todos. Ao ver o papagaio, que havia sido ensinado a falar muitos palavrões, o presidente desatou-se a rir mesmo sendo xingado pelo bicho.
Cuidado com o caminhão
Ao aposentar-se, Breno Caldas queria que Hélio continuasse trabalhando para ele, mesmo que não mais tendo carteira assinada por sua companhia. Não era bem sua ideia: eram os anos finais da Caldas Júnior antes de sua venda, e o motorista tinha o sonho de ter um caminhão e trabalhar com entregas.
Acabou recebendo a chave de um veículo à sua escolha entre 18 que estavam na garagem da propriedade, escondidos dos credores. “Breno puxou um bolo de chaves do bolso e disse: ‘Escolhe uma. Pode pegar.’ Mais tarde fui lá e escolhi um caminhão.”
Graças à rápida passagem da titularidade dos documentos, Hélio pode ficar com o veículo até poucos anos atrás, quando parou de dirigir. “Não quero me gabar, mas nunca causei nenhum acidente. Com a idade, preferi pedir para o Júlio aqui me levar nos lugares. Não é agora que eu vou ter um solavanco e acabar machucando alguém”, preocupa-se.
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