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Manifestação contra demissões da MWM movimenta partidos e sindicatos em frente à Prefeitura

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movimento movimentou dezenas em ato em defesa dos empregos. Foto: Bruno Lara/OT

movimento movimentou dezenas em ato em defesa dos empregos. Foto: Bruno Lara/OT

Uma movimentação em frente ao Paço Municipal gerou transtorno e chamou a atenção dos transeuntes na tarde desta sexta-feira, 27, e não era a decoração do natal sendo instalada no centro da cidade. Dezenas de pessoas ocuparam a rua XV de janeiro, em frente à Prefeitura, para reivindicar uma atitude do poder público em função das demissões na empresa MWM.
A fabricante de caminhões e motores, instalada há mais de 20 anos no bairro São Luís, anunciou que fechará as portas no próximo ano. No início de 2015, ostentava uma folha de pagamento de cerca de 1.300 funcionários. Porém, já demitiu mais de 700 e deve, até fevereiro de 2016, dispensar os demais postos de trabalho.
Para Vitor Luiz Schwrtner, um dos líderes do movimento, os representantes estão sendo omissos. “O motivo do movimento é o fechamento da MWM e o desemprego em massa que vem acontecendo dentro do setor dos metalúrgicos de Canoas, que até este momento já são mais de dois mil, e denunciar a omissão das autoridades políticas locais e o próprio sindicato metalúrgico por ser omisso, por não fazer a luta”, destaca.

Vitor Luiz Schwrtner, um dos líderes do movimento

Vitor Luiz Schwrtner, um dos líderes do movimento. Foto: Bruno Lara/OT

Segundo ele, o movimento ocorre na sede do poder Executivo, pois o mesmo esteve junto dos trabalhadores quando o contrato foi fechado, mas não quando o mesmo foi recindido. “Há um ano e três meses atrás, ela (Prefeitura) esteve presente e festejou junto conosco quando houve a assinatura de uma linha de caminhões dentro da MWM. E nem um ano depois, com o investimento de R$ 50 milhões e com incentivos fiscais, com dinheiro público envolvido, em menos de um ano depois se anuncia o fechamento dessa empresa. Para nós é muito estranho. Então por isso, especificamente, esse ato é na frente da Prefeitura para tentar explicar onde investiu o dinheiro”, cobra.
Representantes da Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas, do Sindisaúde, do Movimento de Luta Socialista (MLS), e do Cpers estiveram presentes. Representando o 20º núcleo do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers), a diretora Cleusa Werner participou para mostrar solidariedade. “A gente veio prestar solidariedade aos trabalhadores, pais de família, que estão na eminência de perder seus empregos pelo fato da MWM estar fechando as portas em Canoas. Primeiro usou dos recursos públicos e incentivos fiscais que foram dados e agora estão indo embora”, salienta.

Cleusa Werner, diretora do 20º núcleo do Cpers, esteve prestigiando o evento. Foto: Bruno Lara/OT

Cleusa Werner, diretora do 20º núcleo do Cpers, esteve prestigiando o evento. Foto: Bruno Lara/OT

Rejane de Oliveira, presidente do Cpers Sindicato, foi além. Para ela, houve uma contradição no discurso do prefeito da cidade, Jairo Jorge (PT). “O Prefeito foi com os deputados estaduais até a MWM dizer para os funcionários vestirem a camiseta, pois o governo estava investindo para abrir mais postos de trabalho. Por isso estamos aqui”, disse ao microfone.
Também estiveram na manifestação militantes do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Vera Guasso, 52 anos, que foi candidata à deputada estadual em 2014 pelo PSTU, alcançando 5.589 e com isso a suplência para a Assembleia Legislativa, esteve no ato.
“Estamos aqui representando a CSP Conlutas, uma central sindical independente que está sempre junto com os trabalhadores. O fechamento da MWM, para nós, é uma questão muito grave. É uma empresa que teve muito dinheiro público, que vai fechar, e que ainda vai ganhar dinheiro e vai tirar emprego de centenas de trabalhadores. A gente sabe que hoje mais de 10 mil trabalhadores estão perdendo emprego no Brasil. Então quem perde emprego hoje, dificilmente vai recuperar no curto prazo. Nossa posição, nossa opinião, é contra o fechamento. Exigir da Prefeitura, do Governo, de todos os órgãos públicos, que incentivaram essa empresa, que não deixem que ela feche e que tirem o emprego destes mais de 500 metalúrgicos da MWM”, conclui a militante que já foi candidata à Presidência da República. A Prefeitura Municipal de Canoas não se manifestou sobre o assunto.

Vera Guasso (PSTU), esteve presente no ato. Foto: Bruno Lara/OT

Vera Guasso (PSTU), esteve presente no ato. Foto: Bruno Lara/OT

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Sorteio do Minha Casa, Minha Vida contempla 250 famílias. Confira lista.

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Foto: Jhennifer Wolleng

Com transmissão ao vivo pela internet, a Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, realizou nesta quarta-feira (16) o sorteio do programa Minha Casa, Minha Vida. No auditório Sady Schivitz, na sede da Prefeitura, foram contempladas 250 famílias, que irão morar nos Residenciais Pistoia e Santa Fé, no bairro Rio Branco. Também foram sorteados os candidatos suplentes.

Os dois complexos habitacionais estão em fase de construção, com previsão de entrega dos imóveis para setembro deste ano. Antes de ocupar o imóvel em definitivo, os contemplados passarão pelo processo de análise documental na Caixa Econômica Federal e pelo trabalho técnico-social da Prefeitura, que promove um processo de adaptação das famílias à nova moradia.

Confira aqui a lista dos sorteados

Ao todo, os Residenciais Pistoia e Santa Fé oferecem 500 unidades habitacionais. A outra metade das famílias que irá morar no local será reassentada, já que ocupavam anteriormente invasões que foram alvo de reintegração de posse pelo município.

Nesta quarta-feira, participaram do sorteio os cidadãos que realizaram o recadastramento. Enquadram-se nos critérios nacionais famílias residentes em áreas de risco, insalubres ou que tenham sido desabrigadas, comprovado por declaração do ente público; famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar, comprovado por autodeclaração; e famílias das quais faça(m) parte pessoa(s) com deficiência, comprovado com a apresentação de atestado médico.

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Assembleia de Deus comemora 80 anos de fundação em Canoas

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A igreja Assembleia de Deus, de Canoas, comemora uma marco importante na cidade. O Jubileu de Carvalho da entidade ocorre nesta sexta-feira, 18 de agosto, e terá programação intensa de comemorações. O pastor Edegar Machado, líder da igreja no município há mais de 30 anos, recebeu a reportagem de O Timoneiro para falar acerca da programação das celebrações e sobre a atuação na cidade.

Tamanho

A importância da Assembleia de Deus, de Canoas, é contada também em números. A instituição, de acordo com Edegar, abrange atualmente 16 mil membros e conta com 88 igrejas na cidade. “A igreja se expandiu através do trabalho missionário e atua em diversos ponto do mundo”, conta Edegar.

Visão Social

O pastor destaca a visão social da instituição: “Não temos somente o trabalho espiritual, mas cuidamos do lado social. Eu considero isso como a outra mão da igreja. Nós temos o lado humano, que é alcançar as pessoas em suas necessidades”, comenta. O trabalho realizado abrange especialmente o cuidado de crianças. Edegar ainda citou projetos como escolas artesanais, que ajudam no desenvolvimento de trabalhos comunitários, além de postos de distribuição de sopa vinculados à Associação Beneficente Lar Esperança de Canoas , onde são atendidas cerca de mil crianças por semana.

Programação

A igreja promove cultos de celebração na sexta-feira, 19, até domingo, 20, no templo central da Assembleia de Deus, no bairro Mathias Velho. No domingo, a partir das 9 horas, ocorre concentração na praça Antonio Beló, na Rua Dr. Barcelos, onde será inaugurado um monumento em homenagem aos 80 anos da igreja. Após, são esperadas quatro mil pessoas para uma caminhada até o templo central da instituição, onde ocorrerá culto de graças.

História

Por determinação do pastorado da Igreja em Porto Alegre, o evangelista Amaro dos Santos foi designado, em 1937, para cuidar do trabalho da instituição em Canoas. Os primeiros cultos ocorreram no bairro Niterói. Ficou marcado na história da igreja um grande culto, realizado junto a uma figueira localizada nas proximidades da casa de André Lemos, em 18 de agosto de 1937. O local permanece com a figueira até hoje e, por conta disso, foi escolhido como local para a homenagem aos 80 anos da instituição.

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Canoense tem 94 anos de futebol, mídia, direção e simplicidade

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Marcelo Grisa

Hélio Ferreira da Silva nasceu em 1º de outubro de 1923. Filho de empregados na fazenda do estancieiro Victor Barreto, o motorista aposentado viu a história do século XX como poucos canoenses puderam. Hélio hoje mora com os sobrinhos Júlio Ragazzon e Raquel Araújo. E esta é sua história.

O futebol e a guerra

No começo de 1932, Hélio observava o nascimento do Sport Club Oriente, um dos mais tradicionais de Canoas. Alguns anos depois, jogou no time e virou craque. Como atacante central, marcava muitos gols.

A incipiente trajetória de Hélio Ferreira no futebol incluiu passagens pelo Canoense e até mesmo no Grêmio. Entretanto, uma grave lesão o afastou em definitivo dos gramados. Uma “pisada” deixou como lembrança um esmagamento logo acima do joelho. “Eu até poderia jogar, mas nunca mais fui. Deu muito medo”, explica.
“Às vezes eu ainda sonho com as mulheres da arquibancada me chamando. Parece que me vejo jogando de novo”, admite. Mas a vida ainda tinha reservado muito mais para o canoense de fala fácil e sorriso alegre.

Nesta época, o canoense já estava na Aeronáutica. Começava a Segunda Guerra Mundial, e todos no quartel ficavam de prontidão, recebendo apenas um dia de folga por semana. “Eu ficava em casa de farda. Se a sirene tocasse, tínhamos meia hora para nos apresentar”, lembra.

Hélio Ferreira da Silva, entretanto, nunca veria os fronts da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Há poucos dias de ser embarcado para o campo de batalha, chegava o mês setembro de 1945. A guerra acaba.

Hélio “Caldas” e Ernesto Geisel

Mesmo antes, durante e depois da guerra, a vivência nas Forças Armadas proporcionou o que seria uma de suas maiores paixões: os carros. Depois de sete anos, saiu da Aeronáutica e tornou-se motorista particular. Acabou por trabalhar 40 anos de sua vida para a Companhia Jornalística Caldas Júnior, dona do jornal Correio do Povo, como motorista da família de Breno Caldas. Por muito tempo, sua família morou na propriedade da família Caldas no bairro Belém Novo, em Porto Alegre.

Recentemente, Hélio visitou os netos de Breno, que o chamaram de “Hélio Caldas”, tamanha fora sua contribuição para a família.
Mas as mais histórias das quais Hélio mais se lembra são aquelas que envolviam os governos da ditadura militar. Primeiro, quando o golpe era dado, em 1º de abril de 1964, Breno Caldas pediu ao motorista que buscasse suas filhas na Rua Coronel Bordini, no bairro Auxiliadora, e as trouxesse ao Belém Novo. Recebeu uma arma, e deveria impedir, depois de todos em casa, que qualquer um entrasse na propriedade. Tendo que lidar com militares às portas do terreno, Hélio deixou-os entrar, mas cuidou cada movimento deles. Depois de uma medição no terreno – o que acontecia no local com frequência – eles foram embora sem maiores percalços.

Em outra oportunidade, em razão do aniversário de Breno Caldas, o presidente Ernesto Geisel, também gaúcho, veio até a fazenda para parabenizá-lo. Hélio teve que esconder um papagaio, que era ilegal, da vista do mandatário. Como um dos genros do patrão acabou por entregar a existência da ave, Geisel exigiu vê-la.
O que se sucedeu, entretanto, tranquilizou a todos. Ao ver o papagaio, que havia sido ensinado a falar muitos palavrões, o presidente desatou-se a rir mesmo sendo xingado pelo bicho.

Cuidado com o caminhão

Ao aposentar-se, Breno Caldas queria que Hélio continuasse trabalhando para ele, mesmo que não mais tendo carteira assinada por sua companhia. Não era bem sua ideia: eram os anos finais da Caldas Júnior antes de sua venda, e o motorista tinha o sonho de ter um caminhão e trabalhar com entregas.

Acabou recebendo a chave de um veículo à sua escolha entre 18 que estavam na garagem da propriedade, escondidos dos credores. “Breno puxou um bolo de chaves do bolso e disse: ‘Escolhe uma. Pode pegar.’ Mais tarde fui lá e escolhi um caminhão.”

Graças à rápida passagem da titularidade dos documentos, Hélio pode ficar com o veículo até poucos anos atrás, quando parou de dirigir. “Não quero me gabar, mas nunca causei nenhum acidente. Com a idade, preferi pedir para o Júlio aqui me levar nos lugares. Não é agora que eu vou ter um solavanco e acabar machucando alguém”, preocupa-se.

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