Timoneiro

Canabarro Tróis filho: “A memória garante a vida”


Canabarro Tróis filho

A memória garante a vida

Marciano Belchior Filho amanheceu morto, certa manhã distante, em seu quarto alugado na rua Onze de Junho. Faz tempo, esqueci quando. Mas não morreu. Só ocorre mesmo quem não é mais lembrado. Era o faz-tudo do Guia de Canoas, que tanta falta faz à nossa orientação, assim como seus semelhantes.

Marciano Belchior foi exemplo de caráter forte, reto, sem concessões a frivolidades. Recusava-se a admitir qualquer forma de autoritarismo. Numa sexta-feira, manhã cedo, entrou ligeiro e exclamou “Agora sim, são formados em Jornalismo”. O jornal tinha na capa dura resposta ao Prefeito, que tentara se intrometer na orientação do jornal.

Bagagem

“Nenhuma razão poderia sustentar o fechamento dos centros cívicos nas escolas. Nem a de que eles seriam possíveis focos de autoritarismo, ou de ufanismo. O Estado, fechando-os, demonstra que prescinde dele para ser autoritário”. (O Timoneiro, 24 de julho de 1992).

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