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Opinião

Tito Guarniere: “Sindicatos e partidos de araque”

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Tito Guarniere
Sindicatos e partidos de araque

Nós, os brasileiros, somos talentosos e criativos. Mas o que poderiam ser virtudes essenciais, com enorme frequência degeneram em oportunismo, em ganho fácil e parasitário.

Dou-lhes dois exemplos: os sindicatos e os partidos políticos. Ninguém se oporá – se não for um cabeça dura e um idiota fundamental – à livre criação do sindicato, o organismo legítimo, qualificado, de defesa dos interesses dos trabalhadores e dos agentes econômicos. Ou dos partidos políticos, agremiações centrais da vida democrática, que expressam correntes de opinião e pensamento, que articulam uma certa visão de mundo, um certo conjunto de interesses, de modo a atuar nas esferas próprias do poder republicano e influenciar os destinos do país.

Mas o que foi feito deles, os sindicatos e os partidos políticos, no Brasil? A maioria deles se transformou em um meio de vida, um balcão de negócios, um simulacro das nobres razões de suas respectivas existências, pequenos (e grandes) feudos de domínio de espertalhões. Cria-se um sindicato, funda-se um partido político, como se abre uma padaria no bairro, sem que isso – por favor – queira ofender o valioso ofício dos padeiros.

E porque é assim ou assim tem sido no Brasil? Follow the money. Siga o dinheiro.

Os sindicatos eram, até há pouco tempo, financiados pelo dinheiro do imposto sindical, um dia de salário de cada trabalhador (no caso dos sindicatos de trabalhadores) por ano, que, multiplicado pelo número de empregados com carteira assinada no Brasil, somava uma fortuna de bilhões de reais.

No auge desse modelo torto, de origem fascista, o Brasil tinha mais sindicatos do que o resto do mundo: mais de 15 mil, entre os trabalhistas e patronais. Sim, os patrões, também eles, tinham o seu próprio sindicato, sustentado pelo imposto sindical. E quem pagava o imposto? Era o respeitável público, o consumidor, uma vez que a despesa já vinha embutida no custo dos bens e serviços.

Essa máquina formidável era administrada e bancada, alegremente, pela nata dos sindicalistas de empregados e patrões. Ali, os líderes sindicais das duas categorias, faziam a vida, empregavam amigos, aliados e a parentagem, e se eternizavam no poder. Já não há mais imposto sindical, extinto durante o breve governo do ex-presidente Michel Temer. A sinecura ainda vai gerar efeitos daninhos durante algum tempo. No ínterim, e na calada da noite, notórios pelegos articulam fórmulas malandras de ressuscitar a geringonça.

Rigorosamente o mesmo se pode dizer dos partidos políticos. Picaretas de todos os naipes colhem as assinaturas necessárias para criar um partideco qualquer, ajambram um programa partidário retirado da internet, e emplacam uma nova sigla. Tudo cartorial, de fachada, menos o dinheiro do fundo partidário. É um acinte.

Se o governo de Bolsonaro tivesse só um pouco de discernimento e de vontade real de ser o “novo” em política, estaria empenhado em acabar com a farra dos partidos políticos “fake”. Mas é o inverso: depois dos rolos internos do PSL, ele mesmo está querendo um partido para si, um partido que ele possa chamar de seu, só seu.

titoguarniere@hotmail.com

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Opinião

Olegar Lopes: “Confira os eventos campeiros programados para esse início de 2020”

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Olegar Lopes – Agenda Tradicionalista
Tradicionalismo

Além do 33º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria, um dos maiores eventos do gênero do cone sul da América, recentemente realizado na cidade de Vacaria, promovido pelo CTG Porteira do Rio Grande, muitos outros eventos culturais, artísticos e campeiros já estão programados para esse início de 2020.

Após o período de férias quem primeiro estará arrumando as malas são as prendas cujo destino é Carazinho, onde dia 7 de março próximo será realizado o 33º Seminário Estadual de Prendas. Logo em seguida quem estará preparando os cavalos, as encilhas e emalando o poncho é a gauchada campeira para tomar o rumo dos campos de Pelotas onde, dias 19, 20, 21 e 22 de março, será realizada a 32ª Festa Campeira do Rio Grande do Sul (FECARS) – a maior festa do campeirismo gaúcho realizada pelo MTG. Já mais adiante, dias 22 e 23 de agosto, a realização da 1ª Inter-regional do Enart 2020, evento que será realizado na cidade de São Jerônimo e conta com a participação artística de entidades tradicionalistas das seguintes Regiões Tradicionalistas: 1ª RT, 2ª RT, 6ª RT, 12ª RT, 16ª RT, 22ª RT, 23ª RT, 26ª RT e 30ª RT.

Como sabemos, o Rodeio Internacional de Vacaria é o maior do gênero do cone sul da América e citar as conquistas de representantes individuais ou de grupos da nossa 12ª RT é gratificante. Os representantes da nossa região que conquistaram premiação foram: o grupo veterano de danças do CTG Brazão do Rio Grande de Canoas, 3º lugar na modalidade danças gauchesca; a prenda Luiza Bento Casanova do CTG Tapera Velha de São Leopoldo, 1º lugar na modalidade interprete vocal prenda adulta e a prenda Giovana Demarchi Cavalheiro do CTG Independência Gaúcha de Esteio, 1º lugar na modalidade interprete vocal prenda juvenil. Não deixa de ser gratificante citar um canoense, embora como representante do CTG Estância da Serra de Osório 23ª RT: Marcelo Rosa conquistou pela segunda vez o 1º Lugar na modalidade chula peão veterano.

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Business

Canabarro Tróis filho: “Poesia, serviço público”

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Photo: Shutterstock
Poesia, serviço público

O Edson Medeiros está sendo atacado pela Poesia, de surpresa (a Poesia está em tudo, a todos os momentos, nós é que devemos presenteá-la). No seu primeiro livro, “Poesia quase”, ele nos oferece suas descobertas, onde precisamos descobrir poesia. O livro é discreto, sem solenidades que desafiam nossa sensibilidade.

Canabarro Tróis filho

A Poesia e a Política são irmãs, a serviço do povo. O poeta é como um servidor sem folga, a interpretar a vida, o lado oculto da vida, enquanto a Política lida para decifrar os enigmas do mundo visível, material. Avançamos na trilha do Conhecimento quando harmonizamos os dois mundos.

A vida segue e a vida não tem meio-expediente, ponto facultativo. Sua semelhança o obriga a buscar a partilha.

Bagagem

“Os meninos filhinhos de papais, menininhos de mamães, adotivos do poder, buscando uma festa mais, e não tendo o que fazer, fogo no índio botaram, pensando que era um mendigo” (Diário de Canoas, 21-4-1997).

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Entertainment

Jorge Uequed: “Últimas da corrida política em Canoas”

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Jorge Uequed – Momento Político

Avanço

O MDB, dirigido pelo vereador Mossini, teve um grande avanço esta semana, conquistou o apoio e adesão do ex-vereador Paulo Accinelli, e também recebeu a ex-candidata a vereadora Aiko, que era do PRB e fez 600 votos na eleição passada pelo então partido.

Coligação

Setores do PSDB e do PDT estão trabalhando para realizarem uma coligação para a eleição de Prefeito. São duas forças políticas que querem assumir a Prefeitura.

PSL

Com o lançamento da pré-candidatura da senhora Carolina Lompa, o partido entra na disputa pela Prefeitura e pretende eleger vereadores.

O deputado federal Nereu Crispim, que é presidente estadual do PSL, e que é canoense, está exercendo grandes forças para a representação do partido mostrar a sua força em Canoas.

Carnaval

O vereador Paulo Ritter protestou na tribuna contra a retirada do apoio financeiro da Prefeitura para o carnaval deste ano. Entende que a festa popular tem que ter apoio do setor público.

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