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Opinião

Tito Guarniere: “Luta de classes”

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Tito Guarniere
Luta de classes

É comovedora a fé dos marxistas no marxismo. Tudo o que o filósofo alemão escreveu é objeto de controvérsias – construções teóricas artificiais, de duvidosa aplicação da vida prática e que, onde foram levadas à experiência concreta, resultaram em rotundo fracasso. É um curioso fracasso que deu certo, uma vez que tanto mais o marxismo tenha dado errado, mais parece atrair adeptos e simpatizantes.

E não foi entre operários, os proletários do mundo, que deveriam se unir para afastar a opressão, os destinatários do Manifesto Comunista, que o marxismo prosperou. Foi nas camadas médias, tão execradas pelos marxistas, como vacilantes e oportunistas; foi nas universidades. Quem estuda o marxismo, quem (supostamente) o pratica, não são operários, mas funcionários públicos e de estatais – ao menos aqui no Brasil.

A luta de classes, na teoria de Marx, é o motor da história, o fundamento principal das relações sociais, o abismo intransponível entre os donos dos meios de produção e os trabalhadores – uma teoria abstrata, não demonstrada nos incidentes da experiência viva.

Que existe um conflito potencial, e às vezes, conflito real, não há dúvidas: os trabalhadores querem ganhar mais e os patrões querem pagar menos.

O impasse se resolve através de outras formas, além do conflito, da “luta”. A mais comum é a cooperação, o pacto voluntário, o salário ajustado entre as duas partes, definido por dissídios sindicais, planos de carreira ou pelo mercado.

O trabalhador se submete ao regime de trabalho proposto, aceita a disciplina própria e combinada, e cobra um valor. E porque, se é tão mais vantajosa a posição de empresário, o trabalhador não se faz ele mesmo o patrão? Porque não é uma escolha ao seu alcance, quando lhe faltam iniciativa, capital, recursos tecnológicos e habilidades necessárias para estabelecer-se por conta própria.

Na quase totalidade dos casos, a conveniência é comum e recíproca entre as duas partes. Se existir um emprego que ofereça melhores condições de trabalho e onde se ganha mais, o trabalhador atravessará a rua e mudará de lugar. Não há luta nem conflito.

É verdade que o empregador pode dispensar o empregado, a seu talante e vontade. Na iniciativa privada o empregado não tem estabilidade, como no serviço público. É uma regra vital do jogo. Se assim não fosse, as nações se tornariam mastodônticas repartições públicas, como aconteceu com as repúblicas socialistas da vida real.

O dono da empresa é a parte mais forte da relação de trabalho? Em termos. É verdade que ele ganha mais do que o empregado. Porém é ele quem investe o capital, arca com os riscos e custos do negócio, enfrenta as conjunturas de crise, quando ele amiúde vai à lona e perde tudo. Não há nada mais comum no meio dos empregados, do que ex-patrões, que se deram mal ou desistiram das agruras da classe proprietária. A verdadeira luta do empresário não é a de classe, mas a da sobrevivência da empresa.

A invenção da imprensa por Gutenberg, o advento do motor à combustão e da penicilina, entre tantos outros momentos cruciais, causaram impacto muito maior na história da humanidade do que a luta de classes.

titoguarniere@hotmail.com

 

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Opinião

Olegar Lopes: “Confira os eventos campeiros programados para esse início de 2020”

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Olegar Lopes – Agenda Tradicionalista
Tradicionalismo

Além do 33º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria, um dos maiores eventos do gênero do cone sul da América, recentemente realizado na cidade de Vacaria, promovido pelo CTG Porteira do Rio Grande, muitos outros eventos culturais, artísticos e campeiros já estão programados para esse início de 2020.

Após o período de férias quem primeiro estará arrumando as malas são as prendas cujo destino é Carazinho, onde dia 7 de março próximo será realizado o 33º Seminário Estadual de Prendas. Logo em seguida quem estará preparando os cavalos, as encilhas e emalando o poncho é a gauchada campeira para tomar o rumo dos campos de Pelotas onde, dias 19, 20, 21 e 22 de março, será realizada a 32ª Festa Campeira do Rio Grande do Sul (FECARS) – a maior festa do campeirismo gaúcho realizada pelo MTG. Já mais adiante, dias 22 e 23 de agosto, a realização da 1ª Inter-regional do Enart 2020, evento que será realizado na cidade de São Jerônimo e conta com a participação artística de entidades tradicionalistas das seguintes Regiões Tradicionalistas: 1ª RT, 2ª RT, 6ª RT, 12ª RT, 16ª RT, 22ª RT, 23ª RT, 26ª RT e 30ª RT.

Como sabemos, o Rodeio Internacional de Vacaria é o maior do gênero do cone sul da América e citar as conquistas de representantes individuais ou de grupos da nossa 12ª RT é gratificante. Os representantes da nossa região que conquistaram premiação foram: o grupo veterano de danças do CTG Brazão do Rio Grande de Canoas, 3º lugar na modalidade danças gauchesca; a prenda Luiza Bento Casanova do CTG Tapera Velha de São Leopoldo, 1º lugar na modalidade interprete vocal prenda adulta e a prenda Giovana Demarchi Cavalheiro do CTG Independência Gaúcha de Esteio, 1º lugar na modalidade interprete vocal prenda juvenil. Não deixa de ser gratificante citar um canoense, embora como representante do CTG Estância da Serra de Osório 23ª RT: Marcelo Rosa conquistou pela segunda vez o 1º Lugar na modalidade chula peão veterano.

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Business

Canabarro Tróis filho: “Poesia, serviço público”

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Photo: Shutterstock
Poesia, serviço público

O Edson Medeiros está sendo atacado pela Poesia, de surpresa (a Poesia está em tudo, a todos os momentos, nós é que devemos presenteá-la). No seu primeiro livro, “Poesia quase”, ele nos oferece suas descobertas, onde precisamos descobrir poesia. O livro é discreto, sem solenidades que desafiam nossa sensibilidade.

Canabarro Tróis filho

A Poesia e a Política são irmãs, a serviço do povo. O poeta é como um servidor sem folga, a interpretar a vida, o lado oculto da vida, enquanto a Política lida para decifrar os enigmas do mundo visível, material. Avançamos na trilha do Conhecimento quando harmonizamos os dois mundos.

A vida segue e a vida não tem meio-expediente, ponto facultativo. Sua semelhança o obriga a buscar a partilha.

Bagagem

“Os meninos filhinhos de papais, menininhos de mamães, adotivos do poder, buscando uma festa mais, e não tendo o que fazer, fogo no índio botaram, pensando que era um mendigo” (Diário de Canoas, 21-4-1997).

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Entertainment

Jorge Uequed: “Últimas da corrida política em Canoas”

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Jorge Uequed – Momento Político

Avanço

O MDB, dirigido pelo vereador Mossini, teve um grande avanço esta semana, conquistou o apoio e adesão do ex-vereador Paulo Accinelli, e também recebeu a ex-candidata a vereadora Aiko, que era do PRB e fez 600 votos na eleição passada pelo então partido.

Coligação

Setores do PSDB e do PDT estão trabalhando para realizarem uma coligação para a eleição de Prefeito. São duas forças políticas que querem assumir a Prefeitura.

PSL

Com o lançamento da pré-candidatura da senhora Carolina Lompa, o partido entra na disputa pela Prefeitura e pretende eleger vereadores.

O deputado federal Nereu Crispim, que é presidente estadual do PSL, e que é canoense, está exercendo grandes forças para a representação do partido mostrar a sua força em Canoas.

Carnaval

O vereador Paulo Ritter protestou na tribuna contra a retirada do apoio financeiro da Prefeitura para o carnaval deste ano. Entende que a festa popular tem que ter apoio do setor público.

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