Olegar Lopes – Agenda Tradicionalista
Feira, livros e cem anos de história
Podemos considerar que uma semana ou mais, precisamente nove dias de atividades, foi um bom período de feira do livro, não saturou o público e ficou o gostinho de quero mais. Assim fica a expectativa para adquirir aquele livro que eu iria comprar na segunda semana para a feira do próximo ano. A solenidade de abertura a mim agradou e, quando não há criticas é sinal de que agradou também aos demais. Quanto às sessões de autógrafos e lançamentos de livros, não é crítica é uma constatação, não atrai público, quando muito, os alunos das escolas municipais. A rara exceção foi o período de atividades da Igreja São Luís Gonzaga – lançamento dos dois livros referentes ao Centenário da Paróquia – quando o auditório ficou completamente lotado do início ao fim do evento, numa atividade que tinha seu público identificado com o fato.
Como não sou crítico literário, vou apenas opinar sobre a importância de dois livros. O primeiro, Paróquia São Luís Gonzaga 100 Anos, teve a coordenação e organização da professora Ancila Dani Martins, escritora integrante da Associação Canoense de Escritores (ACE) e da Casa do Poeta de Canoas. É uma coletânea de textos, prosa e versos escritos por integrantes das diversas pastorais da Paróquia. O segundo livro, Centenário da Paróquia 1919-2019, teve organização e coordenação de Israel Tavares Boff, licenciado em História pelo Centro Universitário La Salle de Canoas. Esse é um livro baseado em pesquisa histórica, não só da Paróquia, bem como de vultos e fatos do surgimento de Canoas. Livro que vem desmistificar a lenda de que o padroeiro de Canoas seria São Roque – como a imagem do padroeiro veio da Europa na embalagem, dizem que, por engano, veio São Luís no lugar de São Roque. Na página 62 o leitor vai encontrar a verdadeira história.
Por fim, recebi convite do amigo e tradicionalista Adão Celir da Motta, para a sessão de autógrafos do seu primeiro livro Integração e Fé na Chama da Tradição. Adão é natural de Montenegro, radicado em Novo Hamburgo a mais de 30 anos, onde foi patrão do CTG Porteira Velha, Coordenador da 30ª Região Tradicionalista e Conselheiro do MTG. Como comentei sobre as sessões de lançamento e autógrafos, com o meu amigo não aconteceu diferente. Além dos amigos que o acompanharam desde Novo Hamburgo, os únicos canoenses presentes éramos eu, o meu amigo Fernando Almeida Poeta e sua esposa. Nenhuma pessoa da organização da feira para recepcionar e anunciar o escritor visitante.