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Opinião

Tito Guarniere: “Estamos vivendo uma guerra”

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Tito Guarniere
CHEIRO DE PÓLVORA

No começo de fevereiro, no morro de Santa Tereza, no Rio, a polícia liquidou de uma só vez 13 pessoas. No mês de abril, em outra operação da polícia, desta vez em Guararema, São Paulo, morreram 11. Semana retrasada, a polícia do Rio espalhou terror na favela da Maré, disparando tiros de um helicóptero: 08 cadáveres estendidos nos chão. Segundo os relatos oficiais, todos os mortos eram bandidos.

É uma guerra, dizem as autoridades. Deve ser mesmo, mas uma guerra “sui generis”, porque só morrem combatentes de um lado. Em todos esses episódios dramáticos, nenhum policial foi ferido ou morto.

Não sou da turma que bota a culpa sempre nos policiais nem dos que acham que os bandidos são apenas pobres vítimas da brutalidade dos agentes da lei e da exclusão social. Com o risco permanente de vida eles, os policiais, me protegem e protegem a minha família. Tenho por eles gratidão, admiração e respeito.

Os policiais, e a maioria dos trabalhadores, vêm dos mesmos ambientes sociais de traficantes e bandidos. Uma parte deles envereda pelo crime, a maioria procura uma ocupação ou emprego e vive do seu esforço honesto.

Mas a chacina, o extermínio, a execução sumária, são crimes mais graves do que os praticados pelos bandidos. O policial, investido de autoridade, de mão armada pelo Estado, é treinado para agir nos limites da lei. A ação policial não pode ser temerária: se houver risco para um civil que mora por ali ou por ali passa, a ação deve ser abortada. É melhor um ou vários delinquentes escaparem do cerco policial do que a morte de uma criança inocente, atingida por uma bala perdida.

Muita gente situada no redil do bolsonarismo torce o nariz para esse tipo de reflexão. É a turma para quem “bandido bom é o bandido morto”. Esses brucutus de visão tacanha, primários, são movidos pela trágica ilusão de que é possível tomar um atalho, detectar quem é bandido ao primeiro olhar, a autoria e a gravidade dos seus crimes, e condená-los sumariamente à pena máxima (que nem existe no Brasil) e sem demora executá-los. Acham que é um triunfo do bem sobre o mal, o que é apenas linchamento.

O Brasil é hoje governado por gente de alta periculosidade. Vejam esse Wilson Witzel, governador do Rio. Dias atrás – foi ele mesmo que divulgou o vídeo – promoveu uma verdadeira caça aos bandidos em Angra dos Reis. Do alto de um helicóptero em voo, fez umarazia pela região, disparando tiros de arma pesada. Não se sabe se espantou algum criminoso. O ataque era uma demonstração cretina de poder e força e – ainda bem – ao que parece ninguém saiu ferido.

Lembra o coronel Kilgore (Robert Duvall), o psicopata que gostava de surfe, na cena do filme Apocalipse Now, com A Cavalgada das Valquírias (Wagner) de música ao fundo, que em meio a um ataque ensandecido a uma aldeia vietnamita, agachado, olhar no horizonte, pronuncia a frase famosa: “Eu adoro o cheiro de napalm de manhã!”. Kilgore é um personagem, Witzel é real.

O governo, nessa batida, ainda chega ao napalm. Por enquanto lhe basta o cheiro de pólvora, como se viu no decreto presidencial que (a rigor) libera o uso de armas de fogo no país.

titoguarniere@terra.com.br

 

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Opinião

Olegar Lopes: “Confira os eventos campeiros programados para esse início de 2020”

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Olegar Lopes – Agenda Tradicionalista
Tradicionalismo

Além do 33º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria, um dos maiores eventos do gênero do cone sul da América, recentemente realizado na cidade de Vacaria, promovido pelo CTG Porteira do Rio Grande, muitos outros eventos culturais, artísticos e campeiros já estão programados para esse início de 2020.

Após o período de férias quem primeiro estará arrumando as malas são as prendas cujo destino é Carazinho, onde dia 7 de março próximo será realizado o 33º Seminário Estadual de Prendas. Logo em seguida quem estará preparando os cavalos, as encilhas e emalando o poncho é a gauchada campeira para tomar o rumo dos campos de Pelotas onde, dias 19, 20, 21 e 22 de março, será realizada a 32ª Festa Campeira do Rio Grande do Sul (FECARS) – a maior festa do campeirismo gaúcho realizada pelo MTG. Já mais adiante, dias 22 e 23 de agosto, a realização da 1ª Inter-regional do Enart 2020, evento que será realizado na cidade de São Jerônimo e conta com a participação artística de entidades tradicionalistas das seguintes Regiões Tradicionalistas: 1ª RT, 2ª RT, 6ª RT, 12ª RT, 16ª RT, 22ª RT, 23ª RT, 26ª RT e 30ª RT.

Como sabemos, o Rodeio Internacional de Vacaria é o maior do gênero do cone sul da América e citar as conquistas de representantes individuais ou de grupos da nossa 12ª RT é gratificante. Os representantes da nossa região que conquistaram premiação foram: o grupo veterano de danças do CTG Brazão do Rio Grande de Canoas, 3º lugar na modalidade danças gauchesca; a prenda Luiza Bento Casanova do CTG Tapera Velha de São Leopoldo, 1º lugar na modalidade interprete vocal prenda adulta e a prenda Giovana Demarchi Cavalheiro do CTG Independência Gaúcha de Esteio, 1º lugar na modalidade interprete vocal prenda juvenil. Não deixa de ser gratificante citar um canoense, embora como representante do CTG Estância da Serra de Osório 23ª RT: Marcelo Rosa conquistou pela segunda vez o 1º Lugar na modalidade chula peão veterano.

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Business

Canabarro Tróis filho: “Poesia, serviço público”

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Photo: Shutterstock
Poesia, serviço público

O Edson Medeiros está sendo atacado pela Poesia, de surpresa (a Poesia está em tudo, a todos os momentos, nós é que devemos presenteá-la). No seu primeiro livro, “Poesia quase”, ele nos oferece suas descobertas, onde precisamos descobrir poesia. O livro é discreto, sem solenidades que desafiam nossa sensibilidade.

Canabarro Tróis filho

A Poesia e a Política são irmãs, a serviço do povo. O poeta é como um servidor sem folga, a interpretar a vida, o lado oculto da vida, enquanto a Política lida para decifrar os enigmas do mundo visível, material. Avançamos na trilha do Conhecimento quando harmonizamos os dois mundos.

A vida segue e a vida não tem meio-expediente, ponto facultativo. Sua semelhança o obriga a buscar a partilha.

Bagagem

“Os meninos filhinhos de papais, menininhos de mamães, adotivos do poder, buscando uma festa mais, e não tendo o que fazer, fogo no índio botaram, pensando que era um mendigo” (Diário de Canoas, 21-4-1997).

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Entertainment

Jorge Uequed: “Últimas da corrida política em Canoas”

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Jorge Uequed – Momento Político

Avanço

O MDB, dirigido pelo vereador Mossini, teve um grande avanço esta semana, conquistou o apoio e adesão do ex-vereador Paulo Accinelli, e também recebeu a ex-candidata a vereadora Aiko, que era do PRB e fez 600 votos na eleição passada pelo então partido.

Coligação

Setores do PSDB e do PDT estão trabalhando para realizarem uma coligação para a eleição de Prefeito. São duas forças políticas que querem assumir a Prefeitura.

PSL

Com o lançamento da pré-candidatura da senhora Carolina Lompa, o partido entra na disputa pela Prefeitura e pretende eleger vereadores.

O deputado federal Nereu Crispim, que é presidente estadual do PSL, e que é canoense, está exercendo grandes forças para a representação do partido mostrar a sua força em Canoas.

Carnaval

O vereador Paulo Ritter protestou na tribuna contra a retirada do apoio financeiro da Prefeitura para o carnaval deste ano. Entende que a festa popular tem que ter apoio do setor público.

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