Jorge Uequed – Momento Político
Prorrogação é agressão
Estou em Brasília. Aqui alguns setores, geralmente temerosos à reação a popular, começam a falar da coincidência de mandatos. Ou seja, terminar com as eleições e realizar, coincidentemente, a de prefeito, vereador, deputado estadual, deputado federal, governador, senador e presidente da República. Isto quer dizer que não teríamos eleições em 2020, apenas em 2022, e com isso os mandatos dos prefeitos e vereadores seriam prorrogados.
Tudo isso teria que ser feito mediante proposta de emenda constitucional, que no dizer da maioria dos deputados com quem conversei, não teria possibilidade de vitória, pois seria uma restrição à vida democrática e agrediria a decisão popular de escolher seus prefeitos e vereadores por quatro anos.
Uma coisa é certa aqui em Brasília, esta conversa que retorna de tempos em tempos, felizmente não tem guarida na vida democrática, o que é bom para o país.
Educação sem defesa
As manifestações de rua e de parlamentares, independente da posição, marcam um protesto forte e claro diante das falas incompetentes do ministro da Educação. O país para se desenvolver precisa de um processo educacional ativo, e o atual ministro já demonstrou que não tem condições para esta convivência. Deve agir muito bem lá no sistema financeiro, mas para o principal, que é a educação, não está preparado e ainda com muito ranço, o que é um problema para um governante.
E os R$ 500 mil?
Para lembrar o período eleitoral de 2016, às vésperas do processo, a Polícia Federal apreendeu R$ 500 mil dentro do comitê eleitoral e com o tesoureiro da candidata à prefeita Beth Colombo. Na época o coordenador da sua campanha era o ex-prefeito Jairo Jorge. O assunto teve grande repercussão em todo país, mas só agora, depois de dois anos e seis meses é que saiu para as averiguações da Polícia Civil.
É uma lástima que situação tão delicada e tão importante para a vida democrática fique neste processo lento e demorado que ninguém sabe por quê.
Os paulistas
Nas manifestações e protestos contra as alterações dos recursos para a Educação, mais uma vez os paulistas mostraram a sua força. Todas as cidades brasileiras tiveram protestos, mas os paulistas fecharam a sua principal avenida, a Paulista, com quase 300 mil participantes.
Errata
Em publicação na edição passada, nº 2860, nesta coluna, erramos ao dizer que Nereu Crispim é deputado estadual, quando, na verdade, é deputado federal.