Timoneiro

Presidente do Sindec critica reforma da Previdência

A controversa reforma da Previdência, umas das pautas de maior debate no Brasil atualmente, é alvo de inúmeras críticas entre diversos setores da sociedade. Com grande impacto no cotidiano dos trabalhadores, as mudanças propostas geram preocupações ao presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Canoas (Sindec), Antonio Fellini. Ele concedeu entrevista ao jornal Timoneiro, na última semana, onde elencou os principais problemas da reforma e o panorama do Governo Federal.

Fellini compara o contexto da reforma da Previdência com o período em que foi aprovada a reforma trabalhista, que, segundo ele, tinha o objetivo de gerar empregos: “Isso não aconteceu, empregos não foram gerados e não se fala mais sobre o assunto. Agora, a reforma da Previdência está indo pelo mesmo caminho”. Para ele, há privilégios que devem ser combatidos, como as aposentadorias de militares, magistrados, legisladores e outros cargos do Executivo. “Estão exigindo o sacrifício da classe trabalhadora”, complementa.

Transparência

O presidente do Sindec também critica a falta de transparência na condução dos debates, principalmente sobre a economia milionária anunciada pelo governo: “Com toda essa economia, para onde irá esse dinheiro? Não dizem para onde vai. Esse governo, como um todo, não é nada transparente”. Para ele, tal cenário contribui para continuidade da corrupção e os privilégios. Ainda, segundo Fellini, os trabalhadores ainda não se conscientizaram sobre o que vai acontecer: “Eles acham que não serão atingidos”.

O sindicalista também criticou o início do governo Bolsonaro. “Esse presidente fica combatendo coisas pequenas. Está na hora de começar a governar. Não vejo nada produtivo nesses primeiros 100 dias de governo”, diz Fellini. Segundo ele, a gestão federal quer fechar os sindicatos e amordaçar os sindicalistas, calando a voz dos trabalhadores. “Por isso, é nossa obrigação lutar pelo que acreditamos, contra essa reforma”, completa Antonio.

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