O Distrito Industrial Jorge Lanner recebe, nos próximos meses, a primeira Usina de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil (RCC) do Rio Grande do Sul. Projeto pioneiro de reciclagem, caracterizado pelo prefeito Luiz Carlos Busato (PTB) como um dos mais importantes de seu governo, tem objetivo de reutilizar materiais descartados para uso em obras do município.
Na terça-feira, 23, uma comitiva formada pelo Prefeito, por secretários e por vereadores visitou o Distrito Industrial para acompanhar as obras já iniciadas pela empresa paulista SBR, que venceu licitação da Prefeitura. A companhia é a responsável pela instalação da Usina de Reciclagem, além de fiscalização de pontos de descarte irregular de lixo na cidade (oito fiscais circulando diariamente, sendo dois por quadrante), e educação ambiental.
A empresa já iniciou o trabalho de terraplanagem do local onde será instalada a usina. Mesmo sem a construção, a SBR já começou a fazer a triagem de diversos materiais com a utilização de máquinas específicas para esse fim. Nas próximas semanas, já será possível a Prefeitura utilizar o resultado dessa separação de resíduos em aterros, por exemplo.
“Essa usina trará muitos benefícios para a cidade. É um trabalho que terá uma preocupação muito grande da administração. Além dos benefícios ecológicos, pela reutilização de resíduos, vamos promover educação ambiental nas escolas, para conscientizar as próximas gerações”, afirma Busato. Ele também destaca o aspecto social do projeto, com geração de emprego: “Queremos formar cooperativas para produção de manufaturados de construção civil. Vamos ensinar a produzir e executar esses processos”, conta o prefeito. Segundo ele, esse aspecto é organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social.
Economia
Antes do contrato para a implantação da usina, a administração municipal afirma que gastava R$ 1.188.173 por mês nos contratos de Ecopontos, de recolhimento de resíduos e limpeza de pontos de descarte irregular. Agora, segundo a gestão, serão mais serviços oferecidos e o custo mensal será de R$ 1.164.122. Uma economia de R$ 24 mil por mês, que chega aos R$ 100 mil se considerados os custos anuais com areia, pedra e brita na Secretaria de Obras, materiais que poderão ser produzidos. “Tudo será reaproveitado e transformado em energia, recursos. Considero este um dos projetos mais importantes do meu governo”, completa o prefeito.