A OAB Subseção Canoas realizou, na segunda-feira, 22, no plenário da Câmara de Canoas, uma Assembleia Pública sobre a reforma da Previdência. A iniciativa teve o apoio da Comissão de Seguridade Social da OAB/RS e contou com a presença de autoridades municipais e população em geral. A assembleia teve participação de especialistas da área, além do presidente da Comissão Especial de Seguridade Social da OAB/RS, Tiago Kidricki.
Segundo a entidade, o objetivo é que a proposta de reforma previdenciária passe por um amplo debate, aberto a todos os setores da sociedade: “É importante esse esclarecimento. A OAB promove esse evento em todas as subseções do Estado e o resultado de cada uma será encaminhado aos parlamentares”, afirma a presidente da OAB Canoas, Ana Matielo. O presidente da Câmara, vereador Cezar Mossini (MDB), elogiou a iniciativa e destacou que o debate deve ser feito com a participação de toda a comunidade. De acordo com Tiago Kidricki, a OAB está empenhada nesse tema: “Queremos discutir de forma técnica, apartidária. Analisar o texto da PEC e traduzi-lo para a sociedade. Essa é a função do advogado e da Ordem”.
Debate
O evento contou com a presença do deputado federal Bibo Nunes (PSL). O parlamentar parabenizou a OAB pela preocupação com o assunto e encorajou o debate. Ele defende a reforma: “Temos que pensar no Brasil. Com essa reforma, quem ganha menos, paga menos, e quem ganha mais, paga mais. Queremos o melhor para o Brasil. Temos que pensar em soluções. Temos que mudar a previdência. Eu vou pagar mais e pagarei com prazer. Com a reforma, teremos desenvolvimento pleno no Brasil”, afirmou Bibo, que foi vaiado pelo público presente após suas colocações.
Vilson Romero, Jornalista, Auditor Fiscal e diretor da Associação Gaúcha dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil discursou contra a reforma. Segundo ele, “só empresários, bancos e organizações internacionais a defendem”. Ele também questiona o sigilo imposto pelo Executivo ao projeto e afirma que a reforma não é transparente. “Estamos falando de milhões de brasileiros diretamente impactados. Estão penalizando os trabalhadores, enquanto diversas organizações empresariais estão assaltando o Estado”. Ele ainda defende que o rombo das contas públicas está na dívida pública e não na previdência social.