Os profissionais da educação de Canoas protestaram, na quarta-feira, 24 de abril, contra a reforma da Previdência. A mobilização, que não se limitou apenas a Canoas, contou com aproximadamente mil pessoas, segundo o Sindicato dos Profissionais de Educação de Canoas (Sinprocan).
“Nós somos contra a reforma, porque não queremos que o governo coloque a mão no nosso fundo de aposentadoria. Queremos garantir o futuro das gerações que estão por vir, que estão ameaçadas por essa reforma”, afirma o presidente do Sinprocan, Júlio César Rodrigues.
Ainda, segundo ele, a mudança irá acabar com o direito de aposentadoria de todos os trabalhadores e trabalhadoras. Outra preocupação é com o Canoasprev: “Também querem botar a mão no fundo municipal de previdência. Essa reforma não pode ser aprovada. Por isso nós saímos à rua”, completa Júlio.
O protesto ocorreu desde as primeiras horas da manhã, com divulgação e panfletagem em diversos pontos da cidade. Pela tarde, os profissionais se concentraram em frente à Prefeitura, para partir em caminhada até o INSS, na Rua Inconfidência. Em meio ao trajeto, os manifestantes ocuparam a BR-116 por alguns minutos.
Reforma
O texto do relator, Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), pela admissibilidade da reforma, aprovado na quarta-feira, 24, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, agora segue para a análise de comissão especial no parlamento. De acordo com o governo, a economia prevista com a reforma da Previdência pode chegar a R$ 1,236 trilhão, em 10 anos.
Segundo os sindicatos, com relação direta à categoria, a reforma eleva a idade mínima de aposentadoria de professores da rede pública para 60 anos (hoje em 50 anos para mulheres e 55 para homens) e o tempo de contribuição para 30 anos (hoje 25 para mulheres e já em 30 para homens).