
Divulgação Simers
Em assembleia realizada na última quinta-feira, 11, que contou com a participação do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), representado pelo diretor Edilson Machado, os médicos que atuam no Hospital Pronto Socorro de Canoas (HPSC) estabeleceram um prazo de dez dias para que o interventor da instituição formalize uma proposta de regularização dos procedimentos eletivos realizados na instituição.
Segundo a categoria, caso não seja apresentada nenhuma alternativa para garantir a regularização dos procedimentos, eles não serão mais executados no hospital.
Os procedimentos eletivos, também conhecidos como “de segundo tempo”, não estão entre as atribuições dos hospitais de pronto atendimento, como o HPS. Porém, com a falência do sistema de saúde do município, as instituições que deveriam realizá-los, como o Hospital Universitário, não dão conta da demanda.
Em nota no site do Simers, a categoria destaca:
“Sem ter para onde encaminhar os pacientes para o prosseguimento dos tratamentos, os médicos não têm alternativa senão realizar os procedimentos de segundo tempo. Além de o HPS não contar com estrutura adequada para a complexidade que algumas destas intervenções exigem, os médicos enfrentam ainda a falta de estrutura básica, como a ausência de equipamentos e de roupas para cirurgia, por exemplo.
Além disso, desde março, a Prefeitura de Canoas, que em dezembro nomeou um interventor para a gestão das unidades de saúde antes administradas pelo Gamp, interrompeu os pagamentos por estes atendimentos.
Caso não recebam proposta para a regularização dos procedimentos eletivos no HPS, os médicos aguardarão orientações da direção da entidade sobre para onde deverão ser encaminhados os pacientes”.