
Jorge Uequed – Momento Político

Briga de colegiais
O Brasil está assistindo, estarrecido e perplexo, a briga de palavras entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Parece mentira, mas os dois presidentes de poderes se agridem em entrevistas, se ofendem, dando a entender que são velhos adversários por questões de grande referência. Enquanto isso, todos assistem na expectativa das reformas prometidas pelo candidato, que até agora segue sem nenhuma ação para realizá-las.
Quando o presidente da República agride e ofende o presidente da Câmara dos Deputados, está agredindo a representação popular e chefe de outro poder. Quando o presidente da Câmara responde agressivamente e com violência ao que disse o presidente da República, ele está desacreditando aquele que recebeu o voto popular para dirigir a nação.
Para realizar o que prometeu, o presidente Bolsonaro precisa se aprovação do Congresso, e se não tem base, nem apoio, nem respeito na Câmara, certamente as suas propostas não serão aprovadas.
Na verdade, Bolsonaro prometeu uma reforma na previdência pra salvar o país, só ele acredita nisso, porque ele nem conhece os ternos desta reforma. Os mais pobres estão reagindo com temor de perderem mais ainda, e os demais, como sempre, agem para não perderem uma gota sequer das suas vantagens, vamos aguardar, mas a parada é dura e dirigida por gente que se mostra incompetente.
Novos caminhos
O fim da perspectiva do aeromóvel, que na verdade era uma grande piada e uma maneira de lapidar dinheiro público, ofereceu a mudança da aplicação dos recursos, tomados por empréstimos na Caixa Econômica Federal para outras obras de mobilidade urbana. A cidade está precisando disto, não precisa de assuntos bombásticos e quase inúteis como o aeromóvel, precisa de ruas pavimentadas, canalizadas, com facilidade de tráfego, com possibilidade de trânsito rápido para os coletivos, para a construção das ciclovias, e, com tudo isso, facilitar a vida dos que trabalham para chegar mais rápido ao emprego e também voltar mais rápido para casa. Tomara que esta segunda pretensão do governo municipal dê certo, pois a cidade está cansada de sonhos e promessas que não se realizam.
Saúde
A crise na saúde pública não é local, ela é nacional, mas o nosso município assume característica especiais, pois numa manobra, meramente eleitoreira e publicitária, o governo passado estendeu o serviço de atendimento a 174 municípios, tendo Canoas como base, mas sem assegurar os recursos necessários. Alega-se que estes recursos viriam do governo do estado do Rio Grande do Sul, mas este não tem dinheiro para nada, paga mal e com atraso. Agora, os recursos municipais começaram a se esgotar, felizmente o fim do contrato com o Gamp, com intervenção do Judiciário, deu um breve alento à gestão municipal, mas agora, após alguns meses, a crise aumentou.
Canoas não tem como sustentar este convênio absurdo com 174 municípios. Na verdade, mal tem recursos para os canoenses. É preciso tomar medidas urgentes para colocar cada santo no seu lugar.
Gracinha
A crise do Gracinha ainda não começou a ser solucionada. Apenas iniciou-se a contratação de um novo grupo gestor na expectativa que ele tenha equipes e propostas para alternativas de aperfeiçoamento e aumento da eficiência na gestão. Esta modelagem não será rápida, será preciso calma, fiscalização e compartilhamento dos poderes municipais, e existir uma participação da população.