
Canabarro Tróis filho

Nossa mobilidade
O centro da Cidade está um lixo: a sujeira transborda dos contêineres , sinalização deficiente, poluição livre (cada loja joga pra rua as músicas de que gosta, os anúncios de venda dos seus produtos, em volume de acordar criancinhas), trânsito desorganizado (veículos vindos do sul, para ingressarem na rua Fioravante Milanez, só indo até a Domingos Martins e voltando pela rodovia federal!).
Tamanha queda de qualidade coincide com o anúncio de mudança do “centro administrativo” para o norte, mais ou menos na área do novo “shopping”.
A degradação do velho centro histórico não justificaria o absurdo, que custaria uma fortuna em dinheiro e ofenderia o bom senso. Nosso centro é este mesmo, a dois passos do trem e da BR, em nada prejudicando nossa mobilidade.
Bagagem
“Lembramos o abandono a que relegamos ferrovias, porque era imperioso, urgentíssimo, ‘rodoviarizar’ o Brasil. Produtos não perecíveis, e sem pressa de chegar rodavam velozmente, ao passo que trens e barcos apodreciam”. (O Timoneiro, 5-6-1992).
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“Mais uma greve, que não foi menor, faltou transporte para nos levar ao trabalho, e cujo custo será repassado ao nosso bolso porque o sistema não renuncia ao seu objetivo básico, o lucro. Revolução é a tiro ou a voto. E, como preferimos esta arma àquela, vamos trocar na urna os políticos que não querem, ou não sabem mudar o sistema, enquanto a escola não produz o “novo brasileiro”. (O Timoneiro, 17-3-1989).