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Encerradas as atividades dos Centros Temporários de Acolhimento aos venezuelanos em Canoas

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Foto: Vinicius Thormann

Foi encerrada mais uma etapa do programa de Interiorização de Refugiados, voltado para venezuelanos, realizado em Canoas. Nesta segunda-feira, 25, as chaves de um dos Centros Temporários de Acolhimento, o CTA Farroupilha, foram entregues para representantes da Associação Antônio Vieira (ASAV), responsável pela locação dos imóveis. A Prefeitura de Canoas finalizou, na última sexta-feira, 22, as atividades dos CTAs, onde, desde setembro de 2018, foram abrigados 309 venezuelanos que migraram do país vizinho para iniciar uma nova vida no Brasil.

Faltando uma semana para o término do tempo de contrato de aluguel dos  CTAs – o prazo é 31 de março – a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) comemora o encaminhamento de todas as famílias refugiadas para residências locadas, tanto em Canoas como em outras cidades do Rio Grande do Sul, especialmente na região metropolitana de Porto Alegre. No dia 8 de março, o CTA localizado na Rua Argentina, no bairro São José, foi totalmente desocupado. Restaram então 47 pessoas ligadas ao programa que, até sexta-feira, 22, residiam no CTA da rua Farroupilha, no mesmo bairro.

De acordo com a secretária da SMDS, Luisa Camargo, os dois últimos meses, desde a confirmação de que os convênios não seriam renovados por parte do Governo Federal, os esforços se concentraram no encaminhamento dos que ainda não possuíam nenhuma ocupação para vagas de empregos, além da busca por locações de baixo custo. “Durante os seis meses do programa, buscamos criar uma consciência de independização. Os refugiados sabiam que precisavam buscar o auto-sustento e toda a equipe se propôs a ajudá-los desta forma, acompanhando pessoalmente em entrevistas de emprego, além de procurar residências com valores de aluguel que eles pudessem se comprometer a pagar”, explica Luisa.

Na manhã desta segunda-feira, 25, o secretário adjunto da SMDS, Jocelito Constancio, e os coordenadores dos CTAs, Vera Garibaldi e Wagner Ramos, estiveram no CTA da Farroupilha para retirar os últimos materiais da equipe de trabalho. As chaves do prédio foram, então, entregues para representantes da ASAV.

Com o término do programa, a Prefeitura de Canoas deve incluir as famílias no Programa de Aquisição de Alimentos para o fornecimentos de cestas básicas, de acordo com a necessidade de cada um. “Será feito um levantamento das famílias e das suas principais necessidades. A partir daí, fecharemos um cronograma para a distribuição desses alimentos, a maioria deles ainda das reservas enviadas pelas Forças Armadas”, destaca a secretária Luisa Camargo. Ela ainda reforça que nenhuma família saiu desamparada do abrigo. “Ao menos um membro de cada família possui uma fonte de renda. Além disso, todos estão inscritos no Cadastro Único do Governo Federal, o que possibilita o recebimento de benefícios sociais”, reforça.

A Fundação La Salle, contratada para fazer a gestão compartilhada do programa, e a SMDS estão formulando um projeto para seguir com o acompanhamento dessas famílias. A ideia é a criação de um Centro de Referência ao Imigrante e Refugiado, destinado para o acolhimento de venezuelanos e refugiados das diferentes nacionalidades que vivem no município. Os detalhes desse equipamento ainda estão sendo desenhados pelas equipes. A Prefeitura de Canoas, através da Defesa Civil, segue auxiliando com doações de móveis, através da campanha permanente “Ajudar Não Tem Hora”. Para doar itens como colchões, pias, armários, geladeira, televisão, entre outros, a população pode entrar em contato pelo telefone (51) 3476-3400 ou levar as doações diretamente na sede da Defesa Civil (Rua Bandeirantes, 450). A SMDS organiza a distribuição desses materiais, identificando as principais necessidades em cada residência. Todo o processo de mudança foi realizado sem custo para os refugiados, com o auxílio da van do CRAS Móvel e dos caminhões e servidores da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão (SMPG).

Em números

No total, 309 venezuelanos desembarcaram no Aeroporto Salgado Filho, em setembro de 2018, para iniciarem uma nova vida. Inicialmente, 222 foram levados ao CTA Argentina, sendo 72 famílias, e 87 para o CTA Farroupilha, sendo 25 famílias, ambos no bairro São José.

No decorrer do programa, por casos de violência doméstica, alcoolismo, ameaças e embriaguez, alguns venezuelanos precisaram ser transferidos de abrigo. Foram 13 desligamentos por questões comportamentais, além de 28 advertências. Com relação às crianças, todos os inscritos para vagas na Educação Infantil foram sorteados, sendo que apenas três crianças não conseguiram a inscrição. Já no Ensino Fundamental e Médio, todas as crianças e adolescentes garantiram as suas vagas na rede pública de educação.

Histórico

Canoas foi uma das cidades gaúchas que aceitou receber um grupo de refugiados da Venezuela em 2018 e também a que mais recebeu imigrantes. No total, foram 309 venezuelanos acolhidos. O acordo foi assinado no dia 24 de agosto, pelo então ministro de Estado do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, e pela representante do Acnur no Brasil, Isabel Marques Daniel.

Os valores dos aluguéis dos abrigos foram custeados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur/ONU), através da representação da Associação Antônio Vieira (ASAV). O Ministério do Desenvolvimento Social prestou apoio financeiro na promoção de soluções humanitárias, na estratégia de interiorização dos imigrantes venezuelanos, por meio de transferência de recursos no montante de R$ 1,02 milhão, advindos do fundo da União para o enfrentamento de calamidades e emergências. Já as Forças Armadas do Brasil garantiram o fornecimento de alimentos.

O primeiro grupo desembarcou no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, em 12 de setembro. Logo no início do programa, foi feita uma força-tarefa para traçar um perfil de cada venezuelano, a fim de concentrar os esforços nas questões de saúde e empregabilidade. Muitos estavam sem as vacinas em dia. Foram registrados alguns casos de doenças como malária, além da questão da baixa imunidade, que, por conta do frio, desencadeou doenças respiratórias na maioria.

Nas primeiras semanas, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) realizou um mutirão de cadastro de currículos no Banco de Oportunidades da Prefeitura, a fim de acelerar o processo de contratação pelas empresas.

Outra barreira que dificultou o processo de empregabilidade deles foi a documentação. A maioria chegou a Canoas sem o Registro Nacional Migratório (RNM), o que dificultou a contratação com carteira assinada. “Estivemos em contato, desde o início do processo, com a Polícia Federal para emitir esses documentos. Os esforços foram de ambas as partes. Conquistamos esse espaço pela iniciativa da equipe, que tem contado com o apoio do setor de identificação de estrangeiros”, relata a secretária Luísa.

 

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Começam os desfiles na Sapucaí

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Sete escolas abriram os desfiles da série A na noite desta sexta-feira, 21 . A campeã garante o acesso ao grupo principal do carnaval carioca em 2021.

Texto e fotos: Daniela Uequed e Douglas Angeli

Nem só de Grupo Especial vive o carnaval do Rio de Janeiro. A Acadêmicos do Vigário Geral abriu os desfiles da série A do carnaval do Rio de Janeiro no sambódromo da Marquês de Sapucaí na noite desta sexta-feira. Campeã da série B no ano passado, a escola apresentou o enredo “O conto do vigário” e levou à Avenida uma escultura representando o presidente Jair Bolsonaro como um palhaço.

Rocinha

Dando continuidade aos desfiles, a Acadêmicos da Rocinha contou a história de Maria da Conceição, a Maria Conga, integrante da nobreza africana trazida ao Brasil como escrava e que se tornou líder de um quilombo.

Unidos da Ponte

Tradicional escola de São João do Meriti, na baixada fluminense, a Unidos da Ponte desfilou com um enredo sobre a eternidade. Destaque para seu intérprete oficial, Leandro Santos, que também atua entre os cantores da Estação Primeira de Mangueira.

Porto da Pedra

A Porto da Pedra, escola de São Gonçalo, apresentou um enredo sobre as baianas, as matriarcas do samba. A agremiação fez um bom desfile apesar de algumas dificuldades de evolução ao longo do desfile.

Cubango

Vice-campeã da série A no ano passado, a Acadêmicos do Cubango prometia um grande desfile sobre a trajetória do abolicionista Luís Gama. Com belas alegorias e um samba muito elogiado, a escola de Niterói teve dificuldades com as duas primeiras alegorias: o abre-alas, que desacoplou, e o segundo onde uma escultura quebrou em frente à primeira cabine de jurados em um dos cavalos representados à frente. A Renascer de Jacarepaguá desfilou com um enredo sobre as benzedeiras. A primeira alegoria chamou a atenção pele beleza e pelos tons fortes de roxo e lilás.

Império Serrano

Uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio, o Império Serrano, rebaixado do grupo especial no ano passado, apostou no enredo “Lugar de mulher é onde ela quiser”. A escola do bairro de Madureira, nove vezes campeã no grupo principal e criadora de sambas inesquecíveis, apresentou mais um capítulo de uma grave crise: com muitas brigas na concentração entre os integrantes da harmonia, suas baianas desfilaram sem saias e muitas alas passaram sem os adereços de cabeça – incluindo a bateria. O abre-alas precisou ser empurrado, depois que o motor quebrou. Enquanto isso, a presidente Vera Lucia Correa de Souza, saiu antes de terminar o desfile.

Neste sábado, sete escolas completam os desfiles da série A: Acadêmicos do Sossego, Inocentes de Belfort Roxo, Unidos de Bangu, Acadêmicos de Santa Cruz, Imperatriz Leopoldinense, Unidos de Padre Miguel e Império da Tijuca.

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CARNAVAL 2020: Dicas e informações úteis para o feriado em Canoas

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Um dos festejos mais esperados de todos os anos, o Carnaval, já é nesta semana. O Timoneiro preparou um guia com a programação de alguns eventos que vão rolar em Canoas no feriadão.

Bailinhos de Carnaval e Salãozinho Cor e Folia

Comandados pela Cia Lúdica de Porto Alegre, os bailinhos vão ter muita animação com músicas de carnaval e marchinhas tocadas ao vivo em um espaço totalmente decorado com motivos carnavalescos além de muito confete e serpentina bem no meio do shopping.

E a pra completar a festa vai ter também o Salãozinho Cor e Folia – cabelo e maquiagem infantil, onde a garotada pode deixar a fantasia ainda mais divertida com sprays de cabelo, fios de molinhas, stencil para colorir os cabelos, gel com glitter, maquiagens com sombras coloridas, purpurina e tintas de rosto. O evento é gratuito.

Datas: 22 e 23/02
Horários Bailinhos de Carnaval: das 17h às 20h
Horários Salãozinho Cor e Folia: das 16h às 20h
Local: Canoas Shopping – Av. Guilherme Schell, 6750 – Canoas/RS

Folia no Park

O ParkShopping Canoas preparou uma programação  para que a família inteira aproveite o Carnaval com o Folia no Park, evento que reúne uma série de atrações entre os dias 18 e 23 de fevereiro.  O evento é gratuito.

Programação completa

Oficina de Máscaras

Datas: de 18/02 a 22/02
Horário: das 14h às 20h
Público: crianças, adolescentes e adultos
*Menores de 7 anos devem ficar na oficina acompanhados do responsável

Pet Folia

Concurso de fantasias, brinquedos e piscina para os pets
Data: 22/02
Horário: 17h
Local: Entrada B
*Em caso de chuva, o Pet Folia será cancelado.

Bailinho Infantil

Bandinha de carnaval, DJ, espaço kids e camarim infantil
Data: 23/02
Horário: 16h
Local: Centro de Eventos, Piso L3

Carnaval Comunitário da Rio Branco

O bairro Rio Branco viverá mais uma vez a Alegria do Carnaval. Depois de 14 anos sem acontecer, ano passado, foi retomado o tão famoso “Carnaval do Bairro”, quando mais de 10 mil foliões se divertiram com a segurança e tranquilidade. A organização do evento é da Associação dos Comerciantes e Empresários do Bairro Rio Branco (ACERB). O evento é gratuito.

Data: 23/02
Horário: 15h às 23h
Onde: Praça Da Imaculada – Bairro Rio Branco – Canoas
Atrações: Clube do Pagode, Dj Cabeção, Mc Dudinha, Apresentação do Canil da 15 BPM, entre outros.

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Carnaval, festa de um povo

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Foto: Douglas Souza Angeli

Douglas Souza Angeli*

Em 1968 o Brasil vivia uma ditadura. Há quem negue. Naquele ano, a Estação Primeira de Mangueira, tradicional escola de samba do Rio de Janeiro, desfilou com o enredo “Samba, festa de um povo”. Se na “Marcha da quarta-feira de cinzas” Carlos Lyra nos afirma que “mais que nunca é preciso cantar”, podemos dizer que mesmo nos tempos mais duros é preciso sambar. No carnaval seguinte, meses após a decretação do Ato Institucional n.° 5, que marcou o endurecimento do regime, outra escola, Império Serrano, desafiou os tempos obscuros ao desfilar com o “Os heróis da liberdade”, samba de Silas de Oliveira: “Ao longe, soldados e tambores / Alunos e professores / Acompanhados de clarins / Cantavam assim: / Já raiou a liberdade… A liberdade já raiou”. Silas foi parar no DOPS. A censura se instalou inclusive no carnaval. O Brasil vivia uma ditadura e mais que nunca era preciso sambar, embora haja quem insista em negar a ambos os fatos.

O carnaval é a festa de um povo, o brasileiro. Não foi ele quem a inventou, nem mesmo detém seu monopólio. Mas os carnavais que lá festejam, não festejam como cá. Nas grandes capitais, os desfiles das escolas de samba se tornaram um grande empreendimento, que movimenta muitas cifras e direitos de imagens nas transmissões de TV. Isso não lhe tira o caráter de festa popular. Diferentemente do futebol, esporte que surgiu das elites para as elites e depois se tornou popular, as escolas de samba sempre foram uma manifestação daquilo que pode ser chamado de cultura popular. Juntando-se aos blocos, bailes e cordões, as escolas de samba se espalharam pelo Brasil inteiro. Suas quadras se tornaram grandes referências culturais em suas comunidades. Em muitos casos, são os únicos pontos de ação social e cultural e os principais atrativos turísticos de seus bairros. Seus enredos difundem história, cultura, valores e protestos. Seus barracões formam mão de obra na costura, na escultura, na pintura. Além de ser a festa de um povo, o carnaval é uma expressão artística.

Tudo isso já seria suficiente para justificar o investimento do poder público no carnaval. Afinal, lazer e cultura também são direitos. Subsidiar os desfiles das escolas de samba nas grandes capitais e nos municípios onde essa tradição sobrevive é legítimo pelo aspecto cultural, artístico, identitário. Mas, além disso, o carnaval gera empregos e renda. Do artesão que trabalha em um barracão de escola de samba à mãe que vende cachorro-quente em eventos para complementar sua renda. O dono de uma loja de tecidos é feliz quando chega o carnaval. O distribuidor de bebidas também. O moço que vende as bebidas na caixa de isopor também. Todo esse comércio gera empregos e impostos. Toda atividade cultural gera benefícios sociais e econômicos. Mas, aqui e acolá, algumas autoridades se rendem ao discurso fácil de que não se pode investir no carnaval, pois o dinheiro deve ir para a Saúde e para a Educação. E de onde vem o dinheiro da Saúde e da Educação? Não é dos impostos? Não seria melhor, portanto, investir em uma rica programação cultural que gera empregos, renda e impostos? O carnaval é a festa de um povo. Povo, do grego “demos”. Daí vem a palavra “democracia”. Mas também provém dessa raiz a palavra “demagogia”. O carnaval é a festa de um povo. A demagogia é a sua inimiga.

*Professor de História

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