Presidente do Sinprocan, Júlio César Rodrigues
O dia 8 de março, data que marca o dia Internacional da Mulher, tem movimentos nacionais programados por centrais sindicais. Em Canoas, a organização é liderada pelo Sindicato dos Profissionais em Educação Municipal de Canoas (Sinprocan) junto ao CPERS. A concentração ocorre a partir do meio dia no Calçadão, no Centro.
“O ato servirá para marcar o Dia Internacional da Mulher e também para levantar questões como o feminicídio e discriminação”, conta o presidente do Sinprocan, Júlio César Rodrigues. Ele também aponta que se a reforma da Previdência passar, a mulher será a mais perdedora em relação aos seus direitos. “Ela terá que trabalhar muito mais do que o homem em relação a o que é hoje. Porque hoje uma professora, uma profissional de educação, tem que trabalhar 25 anos em sala de aula e ter cinquenta anos de idade para se aposentar. Se essa reforma passar, ela terá que trabalhar trinta anos em sala de aula e ter sessenta anos”, completa Júlio.
CPERS
O CPERS, que também participa dos atos em Canoas, mobiliza a categoria de educadores a nível estadual. “Nossa categoria, formada majoritariamente por mulheres, continua a sofrer os efeitos das políticas desastrosas de reajuste zero, atraso salarial e enxugamento do Estado. Já a Reforma da Previdência, que recai com violência sobre todas as trabalhadoras, é excepcionalmente dura para as educadoras”, afirma a entidade em nota. O ato principal ocorre em Porto Alegre, no final da tarde, com concentração no Largo Glênio Peres. “Mais do que nunca, precisamos dar as mãos e fortalecer a resistência, pela vida das mulheres, pela escola pública que sonhamos, por uma educação de qualidade e emancipadora, por valorização profissional e salários justos”, completa a nota.
O Sinpro/RS participa do evento sob o mote “Pela vida das mulheres trabalhadoras”. Na capital, a programação inicia às 7h30, com uma feira orgânica seguida de um café da manhã coletivo, às 8h. Às 10h iniciam os painéis com especialistas e que devem tratar de temas como violência contra as mulheres, reforma da Previdência entre outros, além do show de Roberta Moura, às 17h, encerrando com ato, às 17h30, na Esquina Democrática. As atividades, que foram construídas com a participação de dezenas de mulheres do campo e da cidade.