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EMEI Julieta Balestro é reinaugurada após nove meses

Foto: Vinicius Thormann

Foi reinaugurada, na manhã desta terça-feira, 19, a Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Julieta Balestro, no bairro Igara. A instituição foi interditada no dia 10 de maio do ano passado, após apresentar risco de desabamento. Depois de exigir que a empresa construtora refizesse a estrutura do prédio da escola, com materiais mais resistentes às mudanças do tempo, Executivo Municipal fez melhorias no prédio, para dar mais segurança aos professores e estudantes. Na reinauguração, a Prefeitura também entregou os novos uniformes para os alunos. O evento contou com a participação do prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, a vice-prefeita, Gisele Uequed, a secretária da Educação, Neka Escobar, representantes da Câmara de Vereadores e a comunidade escolar.

Risco de desabamento

O final da tarde da quinta-feira, 10 de maio de 2018, foi marcado por forte comoção para parte da comunidade do bairro Igara. Aquele que seria mais um dia normal na vida de pais, professores e estudantes da EMEI Julieta Balestro encerrou com sentimento de apreensão. No final da aula, a direção da escola comunicou os pais que o prédio da instituição corria risco de desabamento e precisava ser interditado.

A Prefeitura tomou a decisão após um laudo, feito por engenheiros e arquitetos do município, constatar infiltrações em algumas salas, nos forros e em bases das paredes. Uma análise demonstrou que as estruturas foram construídas com materiais sensíveis à umidade, como gesso e papelão, incompatíveis com o clima do Rio Grande do Sul. Com acúmulo de líquido, houve degradação do material que compõe o prédio. O laudo conclui dizendo que havia “risco iminente de ruptura de placas do sistema construtivo utilizado na escola, que podem causar danos físicos e até risco de morte”. A Prefeitura precisou agir rápido e de maneira organizada para retirar os estudantes e os realocar em outros locais.

Recomeço

A Prefeitura realocou estudantes em outras instituições de ensino e também alugou um prédio, que foi adaptado e virou uma EMEI provisória. “A gente podia escolher onde deixar as crianças, ou numa escola em outro bairro ou no prédio alugado. Foi um alívio para todos os pais ao saber que não ficariam desassistidos, sem ter uma escola para deixar os filhos ou separá-los” diz Roselaine. A construção das alternativas à interdição do prédio da Julieta Balestro foi costurada entre a Prefeitura de Canoas, Câmara de Vereadores e os pais, em várias rodadas de conversa. Os pais tiveram a palavra final na escolha do local onde seria instalada a sede provisória da escola e também na decisão de transferir os filhos para outras EMEIs do município. “A prefeitura trouxe as soluções muito rápido, de forma transparente e democrática”, elogiou Roselaine.

A vice-prefeita de Canoas, Gisele Uequed, ressaltou a importância da aproximação da prefeitura com a comunidade. “Pais e professores estiveram juntos do Poder Público na busca pelas melhores soluções do problema que enfrentamos aqui na escola. Foi uma discussão democrática, que ouviu e atendeu a demanda de todos”, ressaltou Gisele. No mesmo sentido, a secretária da Educação, Neka Escobar, agradeceu o apoio da comunidade durante o período. “A interdição tinha tudo para gerar uma crise, mas foi pelo contrário. Prefeitura e pais se uniram e criaram um espaço muito aberto para o diálogo e participação popular”, observa.

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