Boa parte da população conhece os efeitos negativos causados pela baixa umidade, principalmente com relação a problemas respiratórios — comuns nos tempos mais secos. Porém, o inverso também é prejudicial e o excesso de umidade acarreta transtornos, pois favorece o aumento de fungos e mofo e pode levar a desidratação durante a prática de exercícios físicos.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é que o nível de umidade esteja entre 40% e 70%. Quanto mais quente o ambiente e mais elevada a porcentagem da umidade, mais lento será o mecanismo de controle de temperatura corporal feito pela transpiração — por isso ficamos muito suados nessas condições.
O calor e a alta umidade fazem com que o corpo trabalhe muito para se resfriar. No entanto, com todo esse esforço extra feito pelo organismo, a temperatura do corpo pode subir. A incapacidade de resfriamento do organismo vai além do desconforto que sentimos e esse fator também prejudica processos internos.
Como o corpo utiliza muito líquido para poder se resfriar nessas condições, ele perde muita água e sais minerais importantes. Caso não haja reposição de líquido adequada, pode haver desidratação. Portanto, é preciso ter muito cuidado ao se exercitar em ambientes quentes e muito úmidos. O ideal é sempre hidratar o corpo antes, durante e após a atividade física.
Além de tomar muita água e isotônicos durante os exercícios, a alimentação também é muito importante para manter o corpo bem. Cerca de 30% de líquidos que o organismo absorve em um único dia vêm dos alimentos. O ideal para se hidratar bem é procurar por alimentos naturais e que tenham alta fonte hídrica, como é o caso da alface, da abobrinha e do pepino, por exemplo.
“Pesquisas demonstram que alimentos contribuem com um volume aproximado entre 20% e 30% da ingestão total de água diária. Bebidas, em geral, incluindo água, contribuem com um volume entre 70% e 80%”, afirma a nutricionista Michele Carmona.
Outra dica bem importante é evitar o consumo de álcool exacerbado em dias de alta temperatura e muita umidade. Isso porque o álcool tem efeito negativo sobre a função renal do organismo e facilita a perda de eletrólitos e água por meio da urina e do suor.
Os grandes atletas também sofrem com os efeitos da alta umidade. Na última edição do US Open, grande evento de tênis que é disputado anualmente em Nova York, vários tenistas passaram apuros com o excesso de umidade no torneio-norte americano.
A lenda Roger Federer, um dos atletas mais bem remunerados do esporte, não suportou a alta umidade de Nova York e foi eliminado para John Millman, tenista australiano que está no segundo escalão do tênis. Após a partida, grande parte da imprensa e público ficaram chocados com a eliminação de Federer, já que era muito improvável a eliminação do suíço. Na conferência de imprensa pós-jogo, ele explicou os motivos da baixa performance naquele dia.
“De certa maneira até fiquei aliviado quando terminou o confronto. Eu estava totalmente apagado, não podia sentir circulação alguma do ar e estava muito suado, incluindo o meu short e até mesmo as bolas no bolso”, disse Federer.
“Nós europeus não estamos ambientados a competir com esse tipo de umidade, é muito complicado e corremos o risco de sofrer algum mal-estar ou até mesmo um desmaio em quadra”, completou o suíço.
Se nos esportes não há muito o que fazer além de alimentar e hidratar muito bem, em casa ou no ambiente de trabalho há como se proteger corretamente do clima úmido. Uma das melhores maneiras de evitar os efeitos negativos causados pela alta umidade é utilizar o ar-condicionado.
A grande maioria dos aparelhos de ar condicionado tem a função de desumidificar, que é muito eficiente para manter o ambiente agradável. No entanto, é fundamental o que o aparelho esteja com a manutenção em dia para livrar o ambiente de ácaros e fungos com mais eficiência, comuns em ambientes muito úmidos.
Portanto, manter o corpo hidratado e utilizar o ar condicionado (quando possível) são boas soluções para escapar dos problemas causados pelo excesso de umidade e assim evitar futuros problemas de saúde, como fadiga, cãibras musculares, insolação e alergias.
Fonte: Agência de Jaraguá do Sul.