Canabarro Tróis filho
O demônio sopra a corrupção
Uma senhora comprou um telefone celular de uma loja. O aparelho está com defeito que impossibilita seu funcionamento normal. A loja, que o vendeu, não aceita ser responsável pelo conserto, obrigando a senhora a reclamar solução na fábrica. Mas, como? A loja, é óbvio, é responsável pela entrega de um telefone que funcione. Submeter a compradora a incômodos, além da despesa financeira, é como vigarice.
Talvez os compradores sejam avisados, em textos quase invisíveis, como é hábito. Mas, esses avisos só podem ser lidos com lupa de alto grau. Tudo arranjado com a finalidade de exercer sobre o comprador um poder invencível.
Nestes dias de criminosas omissões (Boate Kiss, Mariana, Brumário) nas quais a ausência de autoridade custou vidas humanas, além de recursos financeiros que deveriam ter sido gastos na solução de graves problemas.
O demônio é um só, ou são centenas, milhares de demônios soprando veneno em nossos ouvidos? Acho que a resposta é sim, tanta e tamanha é a maldade circulante. Até julgo que as ruindades menores são inspiradas pelos filhotinhos dos demônios.
Curtas, mas boas
A prova de moral mais difícil do Presidente. Ele disse que, como pai, sente muito, mas seu filho – se culpado – deve ser punido.
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“Nos jogos do poder, as primeiras damas perdem quando não sabem jogar na cama” (Folha de Canoas, 4-8-1993).
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“A poesia deve ocorrer, voar, livre das medidas do diagrama, para respirar dentro do nosso coração, seu espaço ideal”. (Folha de Canoas, 4-8-1993).