A campanha de vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo para crianças de 1 a 4 anos continua sem atingir sua meta. A baixa procura em todo o país fez com que a ação seja prorrogada até 14 de setembro. Com uma meta nacional de coberta de 95 %, até agora foram vacinadas 91,3%. Esse resultado, de acordo com o Ministério da Saúde, não garante que as crianças possam ser consideradas protegidas.
O Rio Grande do Sul é um dos Estados com menor procura. Até o momento, a vacinação está em 89,02 %. Em Canoas, esse número é ainda pior. A cobertura, até a quinta-feira, 6, estava em 83%. Fato que preocupa a diretora da Vigilância em Saúde de Canoas, Hilda Gautier de Lima: “Acho difícil chegarmos à meta. Estamos procurando os pais ativamente para vacinar essas crianças. Os responsáveis não estão se conscientizando da gravidade disso. É uma época muito sensível para as crianças e estão negligenciando a saúde delas”. Ela ainda lembra que todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão aplicando as doses da imunização.
Cobertura
Segundo balanço da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Canoas foram aplicadas, desde o início da campanha, 15587 doses da vacina contra o Sarampo e 15265 doses contra a Poliomielite. Os números representam 83% da meta prevista para o município. Conforme esses dados, 2964 crianças ainda não foram vacinadas. Segundo Hilda, os bairros com menor procura são o Santo Operário, Boa Saúde, Central Park, Rio Branco e Concoban.
A preocupação também ocorre por que a faixa etária com menor índice de cobertura é a de 1 a 2 anos, com 65 %. De acordo com a diretora, estão sendo feitas diversas atividades para a aproximação de crianças às imunizações, incluindo visitas às escolas de educação infantil.
Conforme a diretora da Vigilância em Saúde de Canoas, Hilda Gautier de Lima, a baixa procura pela vacina preocupa. “Precisamos aumentar a cobertura nas crianças de 1 a 2 anos. A cobertura nestas idades está em 65%, índice muito abaixo do esperado”, alerta Hilda.
Casos
O Brasil tem apresentado baixos índices de imunização contra o Sarampo, o que fez com que a doença voltasse a ser registrada em diversas cidades brasileiras. O Rio Grande do Sul tem 16 casos de Sarampo confirmados em 2018. Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo: no Amazonas que já computa 1.232 casos e 7.439 em investigação, e em Roraima, com o registro de 301 casos da doença, sendo que 74 continuam em investigação.
Até o momento, no Brasil, foram confirmados 8 óbitos por sarampo, sendo 4 óbitos no estado de Roraima (3 em estrangeiros e 1 em brasileiro) e 4 óbitos no estado do Amazonas (todos brasileiros, sendo 2 do município de Manaus e 2 do município de Autazes).
O Ministério da Saúde ainda reforça que toda a população pode se vacinar gratuitamente nas mais de 36 mil salas de vacinação localizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o país. Para quem perdeu o cartão de vacinação, a orientação é para procurar o posto de saúde onde recebeu as vacinas para resgatar o histórico de vacinação e fazer a segunda via. A ausência da Caderneta de Vacinação não é um impeditivo para vacinar.