Timoneiro

Candidatos do partido Novo querem renovação na política

Os candidatos a deputado federal e estadual pelo partido Novo, Marcel Van Hattem e Andrea Azevedo (respectivamente), visitaram a redação do jornal Timoneiro, na última segunda-feira, 13 de agosto, para falar sobre suas propostas e objetivos nos cargos que postulam nas eleições de 2018. Desde o início do ano, o Timoneiro tem publicado diversas entrevistas, com políticos dos mais variados campos ideológicos, para ajudar o leitor no processo de avaliação para o pleito eleitoral.

Motivação

“Estamos na política por que é necessário. Deixamos a política nas mãos das piores pessoas, o que nos levou a esse resultado que todos estamos vendo”, afirma Marcel. Ele destaca que o Novo só tem filiados ficha limpa, não usa dinheiro público para campanhas e faz processo seletivo para os candidatos. Segundo Andrea, a maior motivação é a de moralizar a política, combatendo o peso da atual carga tributária imposta pelo Estado. “Em casa eu não vou mudar nada. Temos todos que sair e fazer a diferença”, completa.

Prioridades

Os candidatos apontaram uma falta de prioridade no gerenciamento de recursos públicos. “A primeira e mais básica função do Estado é a segurança pública. Primeiro o Estado tem que garantir isso. Se não garantir isso não pode fazer mais nada”, afirma Van Hattem. A gestão na Educação também foi criticada: “Temos que comprar vagas na rede privada de ensino, que custam a metade do que é gasto na rede pública e tem mais qualidade”, defende. Andrea também destaca que é necessário alcançar maior grau de instrução na sociedade. Segundo ela, isso pode ser alcançado com gestão, contenção de despesas e planejamento para que o serviço seja feito com mais qualidade e eficiência. “Podemos fazer mais com menos”, define.

Privilégios

Van Hattem critica que o governo do Estado pague salários atrasados para professores e policiais militares, ao mesmo tempo em que juízes, promotores e deputados recebam em dia. “Identificamos que há poucos privilegiados recebendo muito dinheiro público que deveria ser investido de uma forma muito mais focada nas áreas básicas de serviços”, afirma. Andrea também critica o gasto em alguns setores públicos: “Eu quero dar o exemplo. Temos que diminuir o número de assessores e cargos nos gabinetes políticos. Já tentei fazer isso em Canoas, mas a proposta não passou. Temos que acabar com privilégios”.

Mudanças

Marcel e Andrea também defendem que o Estado não deve intervir na Economia. “O que deve haver é um ambiente de segurança jurídica para que as pessoas possam ter os contratos respeitados”. Segundo ele, as pessoas estão cansadas de trabalhar sem ter o retorno de serviços do setor público. Andrea defende que o político precisa estar mais próximo de seu eleitor. “Temos que fiscalizar mais os mandatos e cobrar mais pelo serviço público. A comunidade tem que participar mais da política. Se não tivermos bons representantes, não vamos conseguir mudar. A mudança parte da sociedade, não dos políticos”, conclui. Marcel destaca que Canoas é uma cidade com um grande potencial eleitoral, onde já teve boa votação e destaca a necessidade de mudanças no cenário político atual: “As pessoas estão despertando na política. Precisamos mudar por nós. Não dá para esperar mudanças por parte dos políticos que estão aí hoje”.

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