Monique Mendes*
Simone Dutra*
A situação do mercado de trabalho está diretamente ligada à economia do país. Nos últimos dois anos o cenário incerto foi marcado por recessão, demissões e recuperação lenta do setor econômico brasileiro. Mas, para este ano, existe uma aposta na possibilidade de recuperação econômica do Brasil, consequentemente pode haver uma reação no mercado de trabalho formal.
Todos os meses a Universidade LaSalle por meio do Observatório Unilasalle: Trabalho Gestão e Políticas Públicas, coleta os dados apresentados pelos registros administrativos do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CADEG) disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e apresenta em forma de um documento a “ Carta do Mercado de Trabalho”, que está disponível para a comunidade em geral, no site da LaSalle.
A última avaliação divulgada em março de 2018 pelo Observatório mostra que o município de Canoas registrou um saldo líquido positivo entre admissões e demissões. No mês de fevereiro houve a ampliação de 73 postos de trabalho com carteira assinada.
Segundo o coordenador do Observatório UnilaSalle, doutor e economista Moisés Waismann, ainda é cedo para falar sobre um cenário positivo no setor econômico. Ele diz que pode se falar em um mercado que parou de decair.
Para o Secretário do Desenvolvimento Econômico de Canoas, Rodrigo Schintzer, o cenário que se desenha para Canoas é positivo. “Mesmo em ano eleitoral e de Copa do Mundo, que podem retrair alguns setores do mercado, Canoas está abrindo portas para o crescimento”, pontua.
Segundo os dados apresentados na Carta do Observatório Unilasalle, o setor do comércio foi o que mais fechou postos: 671 trabalhadores foram contratados, mas 895 foram demitidos. Conforme o Presidente do Sindicato dos Comerciários de Canoas, Antonio Fellini, essa situação precisa ser estancada. “A Inflação está galopante e a atual situação econômica do país são desfavoráveis para o setor do comércio”, afirma.
Desemprego em Canoas mantém média dos últimos anos
O Sine Canoas, agência pública e gratuita de empregos do governo, faz o encaminhamento de, em média, 3800 pessoas ao mercado de trabalho. São cerca de 250 pessoas por dia em busca de uma vaga ou pedido de seguro-desemprego.
Segundo o coordenador do Sine Canoas, Dunga Zanetti, “uma das maiores dificuldades na triagem e canalização é o desconhecimento por parte da população quanto ao serviço prestado e a documentação necessária”.
“As exigências quanto à qualificação e escolaridade aumentaram muito”, explica Adriana Schimitt, Técnica Administrativa.
O Timoneiro falou também com Daiane dos Santos. Sem emprego há um mês, ela foi à agência pedir o seguro-desemprego. “Metade da minha família está desempregada”, relatou Daiane.
Cenexant Florence, 25 anos, haitiana, é uma das pessoas que procuraram o Sine na manhã de terça-feira, 25, em busca de uma colocação no mercado de trabalho. No Brasil há dois anos, é a segunda vez que ela vai até a agência a procura de uma vaga de serviço doméstico. “Sou feliz no Brasil, eu não vou desistir, eu preciso trabalhar”, conta Florence.
A Agência FGTAS/Sine fica na Rua Ipiranga, 140 – Centro, Canoas. É necessário portar Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)