A Polícia Civil, na manhã de terça-feira, 27, através da Delegacia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro (DRLD) do GIE, deflagrou a Operação Segundo Round, em combate à organização criminosa voltada para a lavagem de dinheiro proveniente do delito antecedente de estelionato, no caso que ficou conhecido como “Máfia das Próteses”. De acordo com a Polícia, o patrimônio faturado com incontáveis crimes dessa natureza praticados por médico traumatologista era ocultado com o uso de laranjas e foi alvo da ação policial.
Segundo o delegado Filipe Borges Bringhenti, após aproximadamente um ano de trabalho, que contou com constante apoio do Ministério Público gaúcho, a investigação da DRLD revelou que o principal investigado “esquentava” o dinheiro, ganho em prejuízo do Instituto de Previdência do Estado, planos de saúde e inúmeras vítimas que foram ludibriadas a realizarem procedimentos cirúrgicos em tese, desnecessários, utilizando-se de estabelecimentos comerciais do ramo de artigos para bebês e crianças.
Conforme o delegado Cristiano de Castro Reschke, diretor do GIE, no caso concreto, pessoas próximas e da confiança dos protagonistas do esquema serviram de laranjas para o registro da empresa na junta comercial. O patrimônio total dos investigados foi objeto de sequestro deferido pela Justiça. Foram alvos do sequestro 20 imóveis e oito veículos. Contas bancárias também foram bloqueadas, mas os valores ainda não são conhecidos. “Estima-se que os valores constritos e que ao final do processo criminal, em caso de condenação, serão revertidos em favor do estado, ultrapassem os 23 milhões de reais.” complementa o delegado.