O aumento das tarifas da Trensurb ainda reverbera em entidades regionais. O Procon RS é uma das instituições que tem liderado as negociações para tentar barrar o aumento. A diretora Maria Elizabeth Pereira anunciou que a luta continua: “O usuário não pode ser penalizado com um aumento acima da inflação, realizado em uma única vez. É um peso excessivo no orçamento do consumidor”.
Os debates ganham apoio também na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Pedro Ruas (PSOL) manifestou a importância das ações que vêm sendo conduzidas por aquela instituição, visando reduzir o valor do bilhete do Trensurb. “Não podemos esquecer que os usuários de transporte metropolitano estão sendo massacrados com esse abuso que é um bilhete ao preço de R$ 3,30”, disse Ruas.
O presidente do Sindimetrô, de sua parte, destacou uma série de irregularidades na empresa, e a inconformidade com o reajuste de 94%, alertando que o preço do bilhete, que passou de R$ 1,70 para R$ 3,30, vem contribuindo para reduzir o número de usuários. Enfatizou que como o mesmo serviço é subsidiado em outras capitais, é possível usar argumentos que contribuam para baixar o valor aqui no RS.
A 10ª Vara Federal de Porto Alegre negou, na segunda-feira, 26, o pedido para suspender o aumento de R$ 1,70 para R$ 3,30 na tarifa da Trensurb. Conforme a sentença, a juíza federal Ana Paula de Bortolli considerou que não há ilegalidade no reajuste, que entrou em vigor no início de fevereiro.
Na sessão do dia 6 de fevereiro, a Câmara Municipal de Canoas aprovou moção de repúdio contra o reajuste da tarifa de 94,12% para os usuários da Trensurb, em defesa do emprego e a manutenção dos índices de subsidio de transporte coletivo de massa. O requerimento, de iniciativa da vereadora Maria Eunice (PT), foi subscrito pelos demais parlamentares e aprovado por unanimidade. O texto enfatiza que o transporte atende majoritariamente a pessoas de média e baixa renda no Brasil.