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HPSC e duas UPAs têm restrição de atendimentos

Os médicos ligados ao Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) decidiram estabelecer uma restrição de atendimentos no Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) e também nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Caçapava e Rio Branco entre os dias 26 e 28 de dezembro. A decisão foi tomada em assembleia realizada no início da tarde de quarta-feira, 20.

De acordo com nota divulgada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), somente 30% dos médicos atenderão casos considerados graves. Urgências e emergências seguirão com 100% da capacidade atual. Os médicos afirmam que as unidades passam por sérias restrições de materiais e medicamentos fundamentais para o atendimento. A restrição nos atendimentos, de acordo com o sindicato, também se dá em função dos atrasos salariais. Alguns médicos não-celetistas estão com a remuneração atrasada pelo Gamp há pelo menos cinco meses.

“Ao final de dois dias, uma nova assembleia será realizada para decidir a continuidade ou não da restrição – nesse caso, por tempo indeterminado”, explica a diretora do Simers, Gisele Lobato. Durante a restrição, o Simers recomenda que a população de Canoas somente busque atendimento no HPSC ou nas UPAs em casos de extrema urgência. Para demandas de baixa complexidade, a população deve procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) mais próximas.

O que diz o Gamp

Em nota, o Gamp afirma que as unidades sob sua gestão não enfrentam falta de insumos que gerem impossibilidade na prestação de serviços à população: “A Organização segue em diálogo permanente com os governos municipal e estadual, a fim de sanar as dificuldades relacionadas ao pagamento dos salários de médicos não-celetistas, ainda não realizado em função da falta de repasses”.

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