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MPE processa Jairo Jorge por improbidade administrativa
O Ministério Público Estadual (MPE) entrou com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o ex-prefeito Jairo Jorge. Também são réus na ação, que é motivada por irregularidades no contrato que estabelece o recolhimento do lixo na cidade, os ex-secretários de Serviços Urbanos Márcio Afonso da Rosa Ferreira e Flávio Fagundes Pradie, o ex-secretário do Meio Ambiente Celso Barônio, o ex-secretário de Planejamento e Gestão Marcelo José de Souza, o ex-secretário da Fazenda Marcos Bósio e a empresa Revita Engenharia S/A. O valor do dano aos cofres públicos, segundo o MPE, seria de R$ 1.576.397,81.
O MPE pediu o bloqueio das contas e dos bens dos réus, o que foi inicialmente negado pela Justiça. No entanto, o Ministério Público recorre atualmente da decisão.
Conheça a seguir os pontos de irregularidades apontados pelo MPE e relembre outros escândalos que envolvem a relação de administrações municipais anteriores com empresas de coleta do lixo na cidade.
Sem plano de saneamento
A primeira conduta de improbidade apontada pelo MPE, e que teria sido praticada por Jairo, Márcio, Celso e Marcelo, se apresenta na medida em que os réus não observaram os ditames da Lei Federal n°. 11.445/2007, já que não elaborou o plano de saneamento básico para a contratação dos serviços com a empresa ré, o que era obrigatório. Além disso, o MPE aponta que também não foi considerado o próprio Plano Diretor Ambiental do Município de Canoas (Lei Municipal n°. 5.341/2008), que, da mesma forma, exigia a elaboração dos Planos de Saneamento e de Resíduos Sólidos. “Dessa forma, a administração infringiu a Lei Federal n°. 11.445/2007, especialmente seu artigo 11, e a Lei Municipal n°. 5.341/2008, em seu artigo 276, na medida em que procedeu com a Concorrência Pública n°, 003/2011, sem a observância de exigências estabelecidas na Legislação Federal e Municipal no tocante à execução de serviços relativos ao saneamento básico. E, portanto, violaram os princípios da legalidade e da eficiência dos atos administrativos”, diz a ação.
Falta de audiência pública
A segunda conduta ímproba apontada na ação, e que seria de responsabilidade também de Jairo, Márcio, Celso e Marcelo, é a não realização da audiência pública prevista nos artigos 39 e 23, inciso I, alínea “c”, ambos da Lei Federal n°. 8.666/93 (Lei de Licitações). Dado o valor da contratação R$ 153.061.080.00, o MPE aponta que os então gestores não poderiam ter se omitido de ouvir a opinião pública. Desta forma, no entender do Ministério Público, foram violados novamenteos princípios da legalidade e da eficiência.
Competição restringida
Já na terceira conduta de improbidade apontada pelo MPE, que aponta mais uma vez Jairo, Márcio, Celso e Marcelo como responsáveis, a irregularidade identificada se baseia na violação dos princípios da legalidade, isonomia e razoabilidade dos atos públicos. O texto aponta que a irregularidade se constitui na medida em que os réus limitaram o número de empresas reunidas em consórcio para participarem da Concorrência Pública 003/2011. No item 3.1 do Edital foi fixado um limite máximo de três empresas reunidas em consórcio, o que contrariou e contraria expressamente a Lei de Licitações, assim como a jurisprudência do Tribunal de Contas da União. Além dessa primeira limitação, nos itens 4.2.21 e 4.2.21.1 do Edital, também se exigiu das empresas consorciadas qualificação técnica em desconformidade com os ditames da Lei de Licitações. Segundo o inciso III do artigo 33 da Lei de Licitações, no caso das empresas consorciadas, admite-se o somatório dos quantitativos de cada consorciado para efeitos de qualificação técnica.Com a redação que foi dada ao Edital, as empresas consorciadas deveriam comprovar, cada uma, a capacidade de executar, no mínimo, dois serviços previstos no lote 2, ficando as demais incumbidas de comprovar a capacidade de executar outros dois serviços, desde que não fossem aqueles já comprovados pelas demais.
Ordem alterada
A quarta conduta ímproba atribuída na ação a Jairo, Márcio, Celso e Marcelo, é caracterizada, segundo o MPE pela alteração da ordem dos procedimentos licitatários de forma diversa daquela estabelecida na Lei de Licitações, o que também teria caracterizado violação ao princípio da legalidade.
Exigências abusivas
Sobre a quinta conduta improba atribuída na ação aos réus Jairo, Márcio, Celso e Marcelo, o MPE apontou que ela se baseia em exigências abusivas, por parte dos réus, para a comprovação da capacidade técnica imposta no Edital, caracterizando violação aos princípios da isonomia, da legalidade, da competitividade e da razoabilidade, os quais estão insculpidos no artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, e no artigo 3°, caput, § 1°, inciso I, da Lei de Licitações.
Dano ao erário
Já com a sexta conduta ímproba, atríbuída a Jairo, Márcio, Celso, Marcelo e Revita Engenharia S/A, o MPE afirma que verificou-se a ocorrência de dano ao erário, enriquecimento ilícito da empresa ré e violação aos princípios administrativos, tudo em decorrência do sobrepreço de terminado item do contrato. Dessa forma, a ação aponta que foram violados os princípios da economicidade e da eficiência. Quanto ao dano ao erário e o enriquecimento ilícito auferido pela empresa ré, chegou ao montante de R$ 609.222,85.
Atraso no serviço
A sétima conduta ímproba apontada pelo MPE, que atribui a responsabilidade a Jairo, Márcio, Flávio e Marcos, seria caracterizada pela violação do princípio da eficiência e pelo dano causado ao erário. “Isso em decorrência da exclusiva falta de organização da administração pública, que atrasou o inicio da execução do serviço referente à coleta conteinerizada de resíduos e acarretou o pagamento de indenização à contratada, no valor de R$ 967.174,96, valor esse suportado pelos cofres públicos”, diz o Ministério Público.
O que dizem os réus
Em virtude da publicação da matéria, recebemos pronunciamento do ex-prefeito Jairo Jorge da Silva. A empresa Revita S/A não atendeu às ligações no único telefone fixo disponibilizado. O ex-secretário do Meio Ambiente, Celso Barônio, foi contatado via internet, mas não respondeu à nossa equipe, e os demais citados, o ex-secretário de Serviços Urbanos, Flávio Fagundes Pradie, ex-secretário de Planejamento e Gestão e o ex-secretário da Fazenda Marcos Antonio Bósio não foram encontrados até a publicação da matéria.
Em sua resposta, Jairo Jorge pontuou que embora não tenha sido notificado formalmente pelo Judiciário, a respeito da ação, realizou consulta pública no site do Tribunal, a fim de colaborar para o esclarecimento de fatos envolvendo seu nome. O ex-prefeito ressaltou que o pedido de bloqueio de bens foi indeferido pela juíza Gorete Marques e que a decisão de indeferir foi mantida, em agravo de instrumento, pela desembargadora Denise Oliveira Cezar, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. O ex-prefeito disse ainda: “Tão logo ocorra a citação, esta ação será contestada. Confio no Poder Judiciário do Estado e no Ministério Público Estadual. Tenho certeza que outros interesses não irão prevalecer e que os fatos serão apurados com isenção e seriedade”.
Problema antigo
Irregularidades em contratos com empresas de coleta do lixo na cidade foram apontadas na cidade desde o governo Lagranha, passando pelo governo Marcos Ronchetti. Com a entrada do governo Jairo Jorge em 2008, a frequência de denúncias aumentou. O primeiro problema verificado foi denunciado por O Timoneiro em 2010, quando a empresa Vega era a responsável pelo recolhimento. Todo o lixo coletado vinha sendo pago sem conferência do peso, uma vez que a balança estava estragada desde 2008, tornando o problema comum aos governos Ronchetti e Jairo Jorge. Na época, o então secretário de Serviços Urbanos, Márcio Afonso Ferreira, disse que o pagamento era feito com base em uma média obtida através do pagamento dos meses anteriores ao defeito na balança. Meses depois da publicação da reportagem, a Prefeitura finalmente trocou a balança e voltou a pagar o valor do lixo conforme o peso.
No mesmo período o Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu a licitação dos serviços de limpeza, alegando irregularidades que poderiam dificultar a competição. Depois de ajustes, a licitação foi liberada. No entanto, circulava na cidade a informação de que a empresa Revita seria a ganhadora, o que de fato se confirmou.
Em 2014 a Prefeitura rompeu o contrato com a Revita, depois de vários dias nos quais a coleta deixou de ser realizada na cidade. Na ocasião, foi contratada sem licitação e em caráter emergencial a empresa Mecanicapina, do grupo WK Borges, que já possuía contratos com o governo de Jairo Jorge em outros setores.
No dia 16 de outubro o Ministério Público Estadual realizou buscas na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, referente ao contrato número 274, firmado em 2016 pelo governo Jairo Jorge com a empresa Mecanicapina, responsável na época pelo recolhimento de lixo na cidade.
De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, a atual administração está colaborando com o MP, mas ainda desconhece detalhes da investigação. Ainda segundo a Prefeitura, um ex-secretário da pasta, que é funcionário concursado, foi conduzido coercitivamente para depor.
Atualmente a empresa Vital faz a coleta do lixo em Canoas, através de contrato emergencial que se aproxima do encerramento. Cabe à atual gestão da Prefeitura a tarefa de não repetir os mesmos erros de suas antecessoras, uma vez que em breve deve ser lançado o edital de uma nova licitação. Há mais de 20 anos o lixo fede em Canoas e só uma contratação realizada através de um processo licitatório modelo, com mecanismos de fiscalização eficazes como o compliance, pode limpar a imagem da cidade. Este é um dos grandes desafios da atual administração do prefeito Busato.
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Recursos do Carnaval são destinados para a área da saúde


UPA Caçapava tem 35% da reforma concluída com verbas economizadas no Carnaval 2019 / Foto: Graziele Albuquerque
Na última segunda-feira, 17, a Prefeitura de Canoas cancelou oficialmente o Carnaval 2020 com o intuito de garantir mais recursos para a Saúde do município. O comunicado postado em redes sociais causou alvoroço entre os carnavalescos pelo fato do Carnaval ser cancelado pelo segundo ano consecutivo.
A economia de mais de meio milhão de reais que iria para o evento será destinada a para a conclusão da Clínica de Saúde da Criança, e também para a compra de equipamentos para a unidade que vai funcionar 24h no Hospital Universitário.
O prefeito Luiz Carlos Busato destacou que, mais do que nunca, a gestão eficiente dos recursos municipais é necessária para garantir os serviços essenciais à população. “Espero contar com a compreensão da comunidade carnavalesca que acompanhou todo o nosso trabalho durante o ano para viabilizar o carnaval sem custos aos cofres públicos. Infelizmente não tivemos apoio da iniciativa privada. Vivemos em um momento de crise no país, que exige que façamos escolhas. Estamos priorizando a saúde da nossa população”, assinalou Busato.
Para os integrantes das escolas de samba, o anúncio da Prefeitura foi surpresa para todos. “Através das redes sociais descobrimos que o nosso Carnaval seria cancelado. Achamos uma falta de respeito com o povo carnavalesco, já estamos há dois anos na espera e agora, simplesmente, pela mídia social, cancelar o Carnaval sem ao menos ter nos chamado”, desabafa Daniel, integrante da escola Neném da Harmonia.
Durante todo o ano aconteceram reuniões com a sociedade carnavalesca de Canoas. O secretário de Cultura, Mauri Grando, relembrou que foi dito aos carnavalescos que eles deveriam “construir uma realidade diferente” dentro das escolas.
A Associação das Escolas de Samba de Canoas (AESC) elaborou um projeto, com oficinas produtivas dentro das agremiações, mas este foi indeferido pela Procuradoria Geral do Município, por ser ano de eleição.
Segundo o secretário de Cultura, o presidente da AESC, Noé Oliveira, já estava ciente do cancelamento, pois foi realizada uma reunião na sexta-feira, 14, onde foi exposta a situação.
Mauri Grando explicou o fato de eventos tradicionais de Canoas, como a Festa do Trabalhador, a Semana de Canoas, Feira do Livro e a Semana Farroupilha serem mantidos. “Todo e qualquer evento parte de uma forma, o número de pessoas que atinge a Semana Farroupilha, por exemplo, é 120 mil, ao contrário do Carnaval, que no último foram 5 mil pessoas. Não sei se teremos outros eventos esse ano”, concluiu o secretário.
Upa Caçapava tem 35% de obras concluídas com valor economizado em 2019
Ao cancelar o Carnaval de 2019, a Prefeitura de Canoas garantiu que destinaria a verba da folia para a reforma da UPA Caçapava e para as obras do novo prédio da UBS Santa Isabel; ambas estão em execução.
A equipe de reportagem do jornal Timoneiro visitou a obra de extensão da UPA Caçapava, que promete ser a maior Clinica de Saúde da Família canoense. No total, são 30 funcionários trabalhando na reforma que está com 35% concluída.
A inauguração da unidade, que será a maior do município, deverá acontecer em junho, e a expectativa é que ela atenda uma demanda maior do que a antiga UPA.
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Sede da 2ª Companhia da Brigada Militar é entregue à população


Foto: Pablo Reis
A inauguração da nova sede da 2ª Companhia da Brigada Militar aconteceu na manhã desta quinta-feira, 20, em frente à Praça Dona Mocinha (Rua Júlio de Castilhos, bairro Niterói – Canoas). O investimento foi de R$ 350 mil e os 300 m² de área construída contam com um prédio que um foi pensado para atender as demandas policiais, com sala de reuniões, local para treinamento, recepção e atendimento ao público. De acordo com a Prefeitura, a unidade também vai atender o bairro Nossa Senhora das Graças.
Pronunciamento de autoridades
O vice-governador e secretário da Segurança Pública do Estado, Ranolfo Vieira Júnior, que também já foi secretário municipal de Segurança Pública e Cidadania de Canoas, destacou o alto investimento da Prefeitura em segurança.
O prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, afirmou que a segurança pública tem sido uma das prioridades da atual gestão, “já que os canoenses viviam uma forte sensação de insegurança”.
O Comandante Geral da Brigada Militar, Rodrigo Mohr Picon, parabenizou a Administração: “Isso é fruto de um trabalho integrado e, principalmente, da importância que é dada pela Prefeitura e pela comunidade de Canoas ao serviço policial. Nas cidades em que há essa preocupação com a segurança, os índices de violência diminuem e Canoas é um exemplo de inteligência policial, de integração das forças policiais e da interação com a comunidade”.
Também participaram do ato de inauguração as demais lideranças municipais, vereadores de Canoas, operadores da segurança pública e a comunidade em geral.
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HNSG realiza palestra sobre “Prevenção do câncer aos 30 anos”

O Hospital Nossa Senhora das Graças realizou, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde de Canoas e a Liga Feminina de Combate ao Câncer, uma palestra gratuita com o tema “Prevenção do câncer aos 30 anos”, na manhã desta quinta-feira, 20 de fevereiro.
O encontro aconteceu no Auditório Sady Schiwitz, na Prefeitura de Canoas, e teve como palestrante o Dr. Sören Marian Chicata Sutmöller, oncologista de reconhecida experiência em serviços de pesquisas médica na área do Câncer e especialista no assunto.
A atividade faz parte do ciclo de ações alusivas ao Dia Mundial de Combate ao Câncer, comemorado anualmente no dia 4 de fevereiro, data escolhida para aumentar a visibilidade e a conscientização sobre a doença.
Ao final da palestra, a equipe de reportagem do Timoneiro conversou com o Dr. Sören, que destacou a necessidade de uma mudança na forma de abordar a prevenção do câncer. “A intenção é tentar transmitir um conceito de que o câncer aparece pelo menos duas décadas antes, a partir dos 30 anos”.
De acordo com o especialista, é possível mudarmos alguns fatores de risco antes que a doença apareça. Pois, de acordo com ele, na verdade, quando a pessoa faz prevenção aos 50 anos de idade, só está fazendo o diagnóstico precoce e não a prevenção de fato. “Nosso intuito é fomentar o pensamento na população de que podemos ser protagonistas e não somente expectadores”, concluiu.
Índices
O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) divulgou números de Incidência de Câncer no Brasil. O documento aponta o registro de 600 mil novos casos de câncer por ano em 2018 e em 2019.
O câncer de pele não melanoma, o mais frequente do país, deve chegar a 165 mil novos casos diagnosticados. Já no âmbito da saúde da mulher, o câncer de mama terá 59 mil ocorrências, enquanto que o de colo de útero, 16 mil. O câncer de intestino em mulheres também alcançará a marca de 19 mil casos, nos homens, 17 mil.
Para os homens, a neoplasia na próstata terá um aumento com o registro de 68 mil pessoas. O segundo lugar é o câncer de pulmão, com 18 mil pacientes.
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