Geral
Camarote Produções: a empresa por trás da 1ª Oktoberfest de Canoas
Monique Mendes
A empresa Camarote Produções está há cinco anos atuando no mercado gaúcho, mas traz na bagagem a expertise dos seus sócios, Maninho Mendes, 31, e Mara Araújo (Marinha), 33. Eles são os responsáveis pela organização da primeira Oktoberfest de Canoas, que tem em sua programação grandes nomes do sertanejo nacional. Mas nada aconteceu por acaso, faz muito tempo que a música faz parte da vida dos dois jovens empreendedores. Maninho é advogado, músico e compositor desde os 11 anos de idade. Por um longo período eles viveram apenas dos direitos autorais das músicas que ele compôs para cantores conhecidos, como Guilherme e Santiago, Cesar Menotti e Fabiano, Marcos Belutti, entre outros. A amizade com artistas famosos facilitou o relacionamento entre eles e foi fundamental para os primeiros passos da Camarote Produções.
Marinha recebeu carinhosamente a equipe do jornal O Timoneiro em sua bela sede na cidade de Campo Bom, de onde é natural, e nos contou sobre a história da empresa e a importância das parcerias para o sucesso do negócio.
Jornal O Timoneiro – Vocês são jovens e já tinham proximidade com muitos artistas conhecidos nacionalmente. Como iniciou a ideia da empresa e por quê resolveram se dedicar ao ramo de eventos?
Mara Araújo – O Maninho é músico e já era compositor desde os 11 anos. Ele sempre esteve envolvido no mundo da música. Ele compôs para grandes artistas nacionais e fez muitos amigos durante a sua trajetória, o que fez a diferença, pois eles confiavam na gente. Teve um momento em que ele conseguiu viver dos direitos autorais dessas composições. Eu sou natural de Campo Bom e o Maninho de Porto alegre, mas ele veio morar em Campo Bom. Começamos a trabalhar com artistas locais e assim tudo foi começando. O nome Camarote veio de uma composição do Maninho com participação de Guilherme e Santiago, que na letra dizia: “Ela só vai, se tem camarote.
Ela é diferente, ela é muito top”, foi daí que nasceu o nome, nesta ideia de ter uma empresa que vendesse esses artistas. Mas, o que marcou mesmo a empresa e começamos a ficar conhecidos, foi quando trouxemos o Cristiano Araújo pela primeira vez ao Rio Grande do Sul. Foi nosso primeiro grande show, data importante para nós.
OT – Nestes cinco anos de atuação no mercado, o que você considera ser o diferencial da empresa?
Mara – O que nossa empresa tem de forte é a questão do relacionamento. Como o Maninho tinha as músicas e fazia as composições, ele começou a mostrar o trabalho dele e ter amigos muito íntimos neste ramo. O que nos trouxe essa credibilidade. Todos sabiam que éramos um casal jovem que estava apostando neste ramo, e eles resolveram apostar na gente. Um dos pontos cruciais é que temos energia e somos jovens, sangue novo. Para alguns pode assustar, pois acabam pensando que por sermos jovens não vamos ter a responsabilidade de manter um evento desse porte, desse nível. Já aconteceu de sermos questionados em relação a isso. Mas, provamos com nosso trabalho e seriedade. Fomos ganhando esse mercado aos poucos. Quem é de fora tem uma visão ampla, percebe que temos todos os meios e temos as veias que são fundamentais para fazer acontecer. Somos jovens sim, por isso nossa responsabilidade é muito maior, pois temos que provar por A mais B que a gente é jovem, é capaz e responsável.
OT – Poderia citar os principais shows que já organizaram?
Mara – Hoje os artistas vêm e jantam com a gente, ficamos felizes com o retorno carinhoso de todos. Já organizamos muitos shows e temos como foco o Rio Grande do Sul, mas temos parceiros em todos Brasil. Tem gente no Paraná, Santa Catarina, São Paulo. São relacionamentos que a gente vai criando em todos os lugares. Sobre os shows, está a tradicional Oktoberfest de Santa Cruz, onde já trouxemos grandes nomes. A gente está trazendo Ivete Sangalo!
O primeiro show do Wesley Safadão no Estado foi a gente quem trouxe. Também tem o Jorge e Mateus, Henrique e Juliano, Simone e Simaria, Cabaré. Os nomes mais fortes do mundo sertanejo nós trazemos todos. Cito novamente a importância da parceria, porque tudo isso só acontece por causa deles, porque temos grandes parceiros que nos ajudam a otimizar o nosso tempo e espaço para trabalhar.
OT – Você falou da importância das parcerias. Como vocês trabalham neste sentido e quantas pessoas fazem parte da empresa?
Mara – Geralmente, quando se vai a algum lugar, temos produtores locais que nos ajudam, que são nossos parceiros do evento. Essas pessoas são fundamentais, pois elas conhecem a cidade onde vivem, elas conhecem as pessoas, ajudam nos recrutamentos. Se a gente vai para Santa Maria, temos um grupo, em Xangrilá, temos outro grupo. Na empresa mesmo somos em torno de 10 pessoas, o resto são parcerias, pessoas que conhecem seus lugares. As parcerias são muito importantes porque foi o que fez a gente crescer. Sozinhos jamais conseguiríamos. Conforme fomos conhecendo o Estado e pessoas que também têm essa vontade de fazer diferente, elas foram se agregando aos projetos. Sem parcerias não faríamos nada. Imagina se tivéssemos que ter uma equipe de 200 pessoas para trabalhar nos lugares? Isso não existe. Já se o pessoal da cidade acreditar no nosso projeto, ele vai andar, caso contrário não tem projeto que ande. As parcerias são um dos segredos para o futuro dos negócios. Temos uma visão de que não adianta trabalhar e visar o lucro e querer que só tua empresa cresça. Isso não existe mais hoje em dia. Quanto mais gente legal for se agregando ao projeto, mais gente vai conseguir utilizar esse espaço para ganhar o seu pão também, sua grana. Temos uma visão aberta do negócio. Não temos ambição de ganhar sozinhos, queremos que todos saiam ganhando.
Business
Começam os desfiles na Sapucaí

Sete escolas abriram os desfiles da série A na noite desta sexta-feira, 21 . A campeã garante o acesso ao grupo principal do carnaval carioca em 2021.
Texto e fotos: Daniela Uequed e Douglas Angeli
Nem só de Grupo Especial vive o carnaval do Rio de Janeiro. A Acadêmicos do Vigário Geral abriu os desfiles da série A do carnaval do Rio de Janeiro no sambódromo da Marquês de Sapucaí na noite desta sexta-feira. Campeã da série B no ano passado, a escola apresentou o enredo “O conto do vigário” e levou à Avenida uma escultura representando o presidente Jair Bolsonaro como um palhaço.
Rocinha
Dando continuidade aos desfiles, a Acadêmicos da Rocinha contou a história de Maria da Conceição, a Maria Conga, integrante da nobreza africana trazida ao Brasil como escrava e que se tornou líder de um quilombo.
Unidos da Ponte
Tradicional escola de São João do Meriti, na baixada fluminense, a Unidos da Ponte desfilou com um enredo sobre a eternidade. Destaque para seu intérprete oficial, Leandro Santos, que também atua entre os cantores da Estação Primeira de Mangueira.
Porto da Pedra
A Porto da Pedra, escola de São Gonçalo, apresentou um enredo sobre as baianas, as matriarcas do samba. A agremiação fez um bom desfile apesar de algumas dificuldades de evolução ao longo do desfile.
Cubango
Vice-campeã da série A no ano passado, a Acadêmicos do Cubango prometia um grande desfile sobre a trajetória do abolicionista Luís Gama. Com belas alegorias e um samba muito elogiado, a escola de Niterói teve dificuldades com as duas primeiras alegorias: o abre-alas, que desacoplou, e o segundo onde uma escultura quebrou em frente à primeira cabine de jurados em um dos cavalos representados à frente. A Renascer de Jacarepaguá desfilou com um enredo sobre as benzedeiras. A primeira alegoria chamou a atenção pele beleza e pelos tons fortes de roxo e lilás.
Império Serrano
Uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio, o Império Serrano, rebaixado do grupo especial no ano passado, apostou no enredo “Lugar de mulher é onde ela quiser”. A escola do bairro de Madureira, nove vezes campeã no grupo principal e criadora de sambas inesquecíveis, apresentou mais um capítulo de uma grave crise: com muitas brigas na concentração entre os integrantes da harmonia, suas baianas desfilaram sem saias e muitas alas passaram sem os adereços de cabeça – incluindo a bateria. O abre-alas precisou ser empurrado, depois que o motor quebrou. Enquanto isso, a presidente Vera Lucia Correa de Souza, saiu antes de terminar o desfile.
Neste sábado, sete escolas completam os desfiles da série A: Acadêmicos do Sossego, Inocentes de Belfort Roxo, Unidos de Bangu, Acadêmicos de Santa Cruz, Imperatriz Leopoldinense, Unidos de Padre Miguel e Império da Tijuca.
Business
CARNAVAL 2020: Dicas e informações úteis para o feriado em Canoas

Um dos festejos mais esperados de todos os anos, o Carnaval, já é nesta semana. O Timoneiro preparou um guia com a programação de alguns eventos que vão rolar em Canoas no feriadão.
Bailinhos de Carnaval e Salãozinho Cor e Folia
Comandados pela Cia Lúdica de Porto Alegre, os bailinhos vão ter muita animação com músicas de carnaval e marchinhas tocadas ao vivo em um espaço totalmente decorado com motivos carnavalescos além de muito confete e serpentina bem no meio do shopping.
E a pra completar a festa vai ter também o Salãozinho Cor e Folia – cabelo e maquiagem infantil, onde a garotada pode deixar a fantasia ainda mais divertida com sprays de cabelo, fios de molinhas, stencil para colorir os cabelos, gel com glitter, maquiagens com sombras coloridas, purpurina e tintas de rosto. O evento é gratuito.
Datas: 22 e 23/02
Horários Bailinhos de Carnaval: das 17h às 20h
Horários Salãozinho Cor e Folia: das 16h às 20h
Local: Canoas Shopping – Av. Guilherme Schell, 6750 – Canoas/RS
Folia no Park
O ParkShopping Canoas preparou uma programação para que a família inteira aproveite o Carnaval com o Folia no Park, evento que reúne uma série de atrações entre os dias 18 e 23 de fevereiro. O evento é gratuito.
Programação completa
Oficina de Máscaras
Datas: de 18/02 a 22/02
Horário: das 14h às 20h
Público: crianças, adolescentes e adultos
*Menores de 7 anos devem ficar na oficina acompanhados do responsável
Pet Folia
Concurso de fantasias, brinquedos e piscina para os pets
Data: 22/02
Horário: 17h
Local: Entrada B
*Em caso de chuva, o Pet Folia será cancelado.
Bailinho Infantil
Bandinha de carnaval, DJ, espaço kids e camarim infantil
Data: 23/02
Horário: 16h
Local: Centro de Eventos, Piso L3
Carnaval Comunitário da Rio Branco
O bairro Rio Branco viverá mais uma vez a Alegria do Carnaval. Depois de 14 anos sem acontecer, ano passado, foi retomado o tão famoso “Carnaval do Bairro”, quando mais de 10 mil foliões se divertiram com a segurança e tranquilidade. A organização do evento é da Associação dos Comerciantes e Empresários do Bairro Rio Branco (ACERB). O evento é gratuito.
Data: 23/02
Horário: 15h às 23h
Onde: Praça Da Imaculada – Bairro Rio Branco – Canoas
Atrações: Clube do Pagode, Dj Cabeção, Mc Dudinha, Apresentação do Canil da 15 BPM, entre outros.
Geral
Carnaval, festa de um povo


Foto: Douglas Souza Angeli
Douglas Souza Angeli*
Em 1968 o Brasil vivia uma ditadura. Há quem negue. Naquele ano, a Estação Primeira de Mangueira, tradicional escola de samba do Rio de Janeiro, desfilou com o enredo “Samba, festa de um povo”. Se na “Marcha da quarta-feira de cinzas” Carlos Lyra nos afirma que “mais que nunca é preciso cantar”, podemos dizer que mesmo nos tempos mais duros é preciso sambar. No carnaval seguinte, meses após a decretação do Ato Institucional n.° 5, que marcou o endurecimento do regime, outra escola, Império Serrano, desafiou os tempos obscuros ao desfilar com o “Os heróis da liberdade”, samba de Silas de Oliveira: “Ao longe, soldados e tambores / Alunos e professores / Acompanhados de clarins / Cantavam assim: / Já raiou a liberdade… A liberdade já raiou”. Silas foi parar no DOPS. A censura se instalou inclusive no carnaval. O Brasil vivia uma ditadura e mais que nunca era preciso sambar, embora haja quem insista em negar a ambos os fatos.
O carnaval é a festa de um povo, o brasileiro. Não foi ele quem a inventou, nem mesmo detém seu monopólio. Mas os carnavais que lá festejam, não festejam como cá. Nas grandes capitais, os desfiles das escolas de samba se tornaram um grande empreendimento, que movimenta muitas cifras e direitos de imagens nas transmissões de TV. Isso não lhe tira o caráter de festa popular. Diferentemente do futebol, esporte que surgiu das elites para as elites e depois se tornou popular, as escolas de samba sempre foram uma manifestação daquilo que pode ser chamado de cultura popular. Juntando-se aos blocos, bailes e cordões, as escolas de samba se espalharam pelo Brasil inteiro. Suas quadras se tornaram grandes referências culturais em suas comunidades. Em muitos casos, são os únicos pontos de ação social e cultural e os principais atrativos turísticos de seus bairros. Seus enredos difundem história, cultura, valores e protestos. Seus barracões formam mão de obra na costura, na escultura, na pintura. Além de ser a festa de um povo, o carnaval é uma expressão artística.
Tudo isso já seria suficiente para justificar o investimento do poder público no carnaval. Afinal, lazer e cultura também são direitos. Subsidiar os desfiles das escolas de samba nas grandes capitais e nos municípios onde essa tradição sobrevive é legítimo pelo aspecto cultural, artístico, identitário. Mas, além disso, o carnaval gera empregos e renda. Do artesão que trabalha em um barracão de escola de samba à mãe que vende cachorro-quente em eventos para complementar sua renda. O dono de uma loja de tecidos é feliz quando chega o carnaval. O distribuidor de bebidas também. O moço que vende as bebidas na caixa de isopor também. Todo esse comércio gera empregos e impostos. Toda atividade cultural gera benefícios sociais e econômicos. Mas, aqui e acolá, algumas autoridades se rendem ao discurso fácil de que não se pode investir no carnaval, pois o dinheiro deve ir para a Saúde e para a Educação. E de onde vem o dinheiro da Saúde e da Educação? Não é dos impostos? Não seria melhor, portanto, investir em uma rica programação cultural que gera empregos, renda e impostos? O carnaval é a festa de um povo. Povo, do grego “demos”. Daí vem a palavra “democracia”. Mas também provém dessa raiz a palavra “demagogia”. O carnaval é a festa de um povo. A demagogia é a sua inimiga.
*Professor de História
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