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Ecoclínica e Tomoclínica investem no atendimento humanizado

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MONIQUE LEOTE MENDES*

Há mais de 30 anos atuando em Canoas na área de diagnóstico por imagem, o médico e diretor da Ecoclínica e Tomoclínica, Ildo Antonio Betineli, 63 anos, sempre se preocupou em oferecer aos pacientes um atendimento humanizado e também o que existe de melhor e mais atual no mercado.
Natural de Passo Fundo, ele escolheu Canoas para trabalhar e afirma: “foi um golaço de placa, quando todos preferiam estar em Porto Alegre, eu escolhi Canoas para começar”.

O olhar empreendedor e a forma simples e gentil são traços do gestor, e se refletem na empresa e na atitude dos colaboradores. Betineli recebeu a equipe do jornal O Timoneiro e contou a história da instituição desde o início da sua jornada, no hospital Nossa Senhora das Graças, em 1984. Também falou com orgulho do serviço de residência dirigido por ele, que é oficializado pelo órgão máximo da categoria, o Colégio Brasileiro de Radiologia.

O Timoneiro – Como iniciou as empresas Ecoclínica e Tomoclínica?
Ildo Betineli – Concluí minha formação na terceira turma de medicina da Universidade de Passo Fundo. Tive uma formação muito boa. Na cidade tinha um polo médico fantástico. Quando cheguei em Canoas, logo fui absorvido por tudo aqui. Ao mesmo tempo em que trabalhava no Hospital Nossa Senhora da Graças, eu ainda atuava como professor na Pontifica Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC), tudo ao mesmo tempo. Lembro com carinho do meu tempo como professor, formei muitos especialistas no Hospital São Lucas. No início, só tínhamos radiologia geral. Era Raio-x de tórax, Raio-x de osso, e após começar a trabalhar no Nossa Senhora das Graças, um colega veio do Rio de Janeiro e trouxe a novidade do ultrassom. Isso foi em 1983 e já faz quase 35 anos. O ultrassom não existia em Canoas e estava começando em Porto Alegre, na Santa Casa. O serviço de ultrassom foi o embrião da empresa. Graças a ele nasceu a Ecoclínica dentro do Hospital Nossa Senhora das Graças. Até hoje está lá. Em 1986, viemos para o Centro de Canoas também, e nossa primeira unidade foi no Golden Center. O ultrassom tinha uma atuação muito grande na área obstétrica. É muito lindo que hoje eu vejo as mães que vinham para ver os seus bebês: os embriões, fetos e hoje esses embriões e fetos vêm ver os seus embriões e fetos com as vovós junto, que eram as mães quando eu comecei. Como tenho 35 anos de história na área, eu vi a segunda geração daqueles que eu vi nascer e hoje estão aqui como mães É um trabalho lindo e emocionante. A Tomoclínica veio depois, em 1996, e foi a primeira clínica com o exame de Tomografia Computadorizada Helicoidal do RS.
OT – Como você define a sua gestão na empresa e a relação com os colaboradores?
Ildo – Além da evolução tecnológica, buscamos a evolução humanística. Tudo que for para contribuir dentro da empresa a gente incentiva. Queremos que nosso colaborador traga contribuição para a instituição, sejam criativos. Eles precisam estar felizes por estar com a gente. Precisam estar felizes em atender o paciente.
Tenho prazer em dirigir esse grupo e me sinto responsável em ter esse retorno positivo dos meus colaboradores. Sinto que o trabalho desenvolvido com todos dentro da empresa é positivo. Eles torcem pelas minhas ideias e constroem comigo. Tudo que mais quero é ter um ambiente sadio aqui dentro. Conto com todos aqui dentro e só cheguei aonde cheguei pela construção desse trabalho coletivo. Eu trabalho na busca em que todos entendam que o coletivo é importante. Não tem um funcionário que não dê certo aqui, ele pode não estar sendo aproveitado nas suas potencialidades. Vamos trabalhar as potencialidades positivas e irrigá-las para que os defeitos sejam minimizados.

OT – Além do trabalho nas clínicas, você foi professor e é um incentivador do ensino. Como funciona o trabalho de residência que você é diretor e como se sente formando especialistas?
Ildo – Me sinto como se tivesse sempre começando. Temos residentes aqui. Formamos médicos especialistas. Quando um médico se forma, ele é um generalista, então ele pode se transformar num médico especialista como: pediatra, cardiologista, ginecologista, entre outras especialidades, como imaginologista, que é a forma mais moderna de chamar o antigo radiologista.
Como temos formação de médicos especialistas, o nosso corpo de estafe está sempre oxigenado, isso é uma forma legal de se atualizar. Tu ensina para aprender e essa é a ideia.
Temos um serviço de residência oficializado pelo órgão máximo da categoria que é o Colégio Brasileiro de Radiologia. Foi muito difícil, foi um processo que o nosso sócio fundador, José Francisco Vieira, ficou dois anos se submetendo a uma série de testes e requisitos até conseguirmos a residência oficial. E todos os nossos alunos se submetem a provas e precisam tirar notas boas para que nossa residência seja mantida. Ela tem que ter e manter a qualificação. Os alunos têm aulas semanais, treinamento por professores qualificados sob coordenação da Dra. Carol Cunha, que já foi uma residente nossa e hoje está à frente do trabalho. Nosso local principal de formação é no Hospital Nossa Senhora das Graças.
Quando começamos aqui, vimos nesse trabalho uma forma de aprender e cuidar da saúde do povo canoense. Quando tu trabalha com a residência, é obrigado a estar atualizado. O ambiente de ensino é muito saudável porque continuamos motivados e o atendimento aos pacientes se agrega com a qualificação.
Temos formado excelentes talentos e estamos fazendo com que a empresa esteja à frente se oxigenando, se renovando. Temos essa preocupação com a tecnologia e estamos constantemente ligados à modernização.

Momentos importantes da história

1983
Fundada a Ecoclínica em Canoas, pioneira na área de diagnóstico por imagem.

1990
Inserido serviço de Mamografia na Ecoclínica Canoas.

1996
Fundada a Tomoclínica, primeira clínica com o exame de Tomografia Computadorizada Helicoidal do RS.

2001
Inaugurado o serviço de Ressonância Magnética na Tomoclínica.

2007
Aquisição do aparelho de Tomografia Computadorizada Multislice.

2010
Aquisição do aparelho de Ressonância Magnética Magnetom Avanto 1,5 tesla da Siemens.
Aquisicao do Aparelho de Tomografia Computadorizada Multislice Somatom Spirit da Siemens.

2011
Aquisição Mamógrafo Digital Inspiration da Siemens

2012 e 2013
Instalação aparelho Ressonância Magneton Espree 1.5 tesla Siemens
Instalação Tomógrafo Aquilion CXL 128 canais Toshiba

2015
Instalação 04 novos Ecógrafos Toshiba

 

 

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Business

Começam os desfiles na Sapucaí

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Sete escolas abriram os desfiles da série A na noite desta sexta-feira, 21 . A campeã garante o acesso ao grupo principal do carnaval carioca em 2021.

Texto e fotos: Daniela Uequed e Douglas Angeli

Nem só de Grupo Especial vive o carnaval do Rio de Janeiro. A Acadêmicos do Vigário Geral abriu os desfiles da série A do carnaval do Rio de Janeiro no sambódromo da Marquês de Sapucaí na noite desta sexta-feira. Campeã da série B no ano passado, a escola apresentou o enredo “O conto do vigário” e levou à Avenida uma escultura representando o presidente Jair Bolsonaro como um palhaço.

Rocinha

Dando continuidade aos desfiles, a Acadêmicos da Rocinha contou a história de Maria da Conceição, a Maria Conga, integrante da nobreza africana trazida ao Brasil como escrava e que se tornou líder de um quilombo.

Unidos da Ponte

Tradicional escola de São João do Meriti, na baixada fluminense, a Unidos da Ponte desfilou com um enredo sobre a eternidade. Destaque para seu intérprete oficial, Leandro Santos, que também atua entre os cantores da Estação Primeira de Mangueira.

Porto da Pedra

A Porto da Pedra, escola de São Gonçalo, apresentou um enredo sobre as baianas, as matriarcas do samba. A agremiação fez um bom desfile apesar de algumas dificuldades de evolução ao longo do desfile.

Cubango

Vice-campeã da série A no ano passado, a Acadêmicos do Cubango prometia um grande desfile sobre a trajetória do abolicionista Luís Gama. Com belas alegorias e um samba muito elogiado, a escola de Niterói teve dificuldades com as duas primeiras alegorias: o abre-alas, que desacoplou, e o segundo onde uma escultura quebrou em frente à primeira cabine de jurados em um dos cavalos representados à frente. A Renascer de Jacarepaguá desfilou com um enredo sobre as benzedeiras. A primeira alegoria chamou a atenção pele beleza e pelos tons fortes de roxo e lilás.

Império Serrano

Uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio, o Império Serrano, rebaixado do grupo especial no ano passado, apostou no enredo “Lugar de mulher é onde ela quiser”. A escola do bairro de Madureira, nove vezes campeã no grupo principal e criadora de sambas inesquecíveis, apresentou mais um capítulo de uma grave crise: com muitas brigas na concentração entre os integrantes da harmonia, suas baianas desfilaram sem saias e muitas alas passaram sem os adereços de cabeça – incluindo a bateria. O abre-alas precisou ser empurrado, depois que o motor quebrou. Enquanto isso, a presidente Vera Lucia Correa de Souza, saiu antes de terminar o desfile.

Neste sábado, sete escolas completam os desfiles da série A: Acadêmicos do Sossego, Inocentes de Belfort Roxo, Unidos de Bangu, Acadêmicos de Santa Cruz, Imperatriz Leopoldinense, Unidos de Padre Miguel e Império da Tijuca.

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CARNAVAL 2020: Dicas e informações úteis para o feriado em Canoas

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Um dos festejos mais esperados de todos os anos, o Carnaval, já é nesta semana. O Timoneiro preparou um guia com a programação de alguns eventos que vão rolar em Canoas no feriadão.

Bailinhos de Carnaval e Salãozinho Cor e Folia

Comandados pela Cia Lúdica de Porto Alegre, os bailinhos vão ter muita animação com músicas de carnaval e marchinhas tocadas ao vivo em um espaço totalmente decorado com motivos carnavalescos além de muito confete e serpentina bem no meio do shopping.

E a pra completar a festa vai ter também o Salãozinho Cor e Folia – cabelo e maquiagem infantil, onde a garotada pode deixar a fantasia ainda mais divertida com sprays de cabelo, fios de molinhas, stencil para colorir os cabelos, gel com glitter, maquiagens com sombras coloridas, purpurina e tintas de rosto. O evento é gratuito.

Datas: 22 e 23/02
Horários Bailinhos de Carnaval: das 17h às 20h
Horários Salãozinho Cor e Folia: das 16h às 20h
Local: Canoas Shopping – Av. Guilherme Schell, 6750 – Canoas/RS

Folia no Park

O ParkShopping Canoas preparou uma programação  para que a família inteira aproveite o Carnaval com o Folia no Park, evento que reúne uma série de atrações entre os dias 18 e 23 de fevereiro.  O evento é gratuito.

Programação completa

Oficina de Máscaras

Datas: de 18/02 a 22/02
Horário: das 14h às 20h
Público: crianças, adolescentes e adultos
*Menores de 7 anos devem ficar na oficina acompanhados do responsável

Pet Folia

Concurso de fantasias, brinquedos e piscina para os pets
Data: 22/02
Horário: 17h
Local: Entrada B
*Em caso de chuva, o Pet Folia será cancelado.

Bailinho Infantil

Bandinha de carnaval, DJ, espaço kids e camarim infantil
Data: 23/02
Horário: 16h
Local: Centro de Eventos, Piso L3

Carnaval Comunitário da Rio Branco

O bairro Rio Branco viverá mais uma vez a Alegria do Carnaval. Depois de 14 anos sem acontecer, ano passado, foi retomado o tão famoso “Carnaval do Bairro”, quando mais de 10 mil foliões se divertiram com a segurança e tranquilidade. A organização do evento é da Associação dos Comerciantes e Empresários do Bairro Rio Branco (ACERB). O evento é gratuito.

Data: 23/02
Horário: 15h às 23h
Onde: Praça Da Imaculada – Bairro Rio Branco – Canoas
Atrações: Clube do Pagode, Dj Cabeção, Mc Dudinha, Apresentação do Canil da 15 BPM, entre outros.

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Carnaval, festa de um povo

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Foto: Douglas Souza Angeli

Douglas Souza Angeli*

Em 1968 o Brasil vivia uma ditadura. Há quem negue. Naquele ano, a Estação Primeira de Mangueira, tradicional escola de samba do Rio de Janeiro, desfilou com o enredo “Samba, festa de um povo”. Se na “Marcha da quarta-feira de cinzas” Carlos Lyra nos afirma que “mais que nunca é preciso cantar”, podemos dizer que mesmo nos tempos mais duros é preciso sambar. No carnaval seguinte, meses após a decretação do Ato Institucional n.° 5, que marcou o endurecimento do regime, outra escola, Império Serrano, desafiou os tempos obscuros ao desfilar com o “Os heróis da liberdade”, samba de Silas de Oliveira: “Ao longe, soldados e tambores / Alunos e professores / Acompanhados de clarins / Cantavam assim: / Já raiou a liberdade… A liberdade já raiou”. Silas foi parar no DOPS. A censura se instalou inclusive no carnaval. O Brasil vivia uma ditadura e mais que nunca era preciso sambar, embora haja quem insista em negar a ambos os fatos.

O carnaval é a festa de um povo, o brasileiro. Não foi ele quem a inventou, nem mesmo detém seu monopólio. Mas os carnavais que lá festejam, não festejam como cá. Nas grandes capitais, os desfiles das escolas de samba se tornaram um grande empreendimento, que movimenta muitas cifras e direitos de imagens nas transmissões de TV. Isso não lhe tira o caráter de festa popular. Diferentemente do futebol, esporte que surgiu das elites para as elites e depois se tornou popular, as escolas de samba sempre foram uma manifestação daquilo que pode ser chamado de cultura popular. Juntando-se aos blocos, bailes e cordões, as escolas de samba se espalharam pelo Brasil inteiro. Suas quadras se tornaram grandes referências culturais em suas comunidades. Em muitos casos, são os únicos pontos de ação social e cultural e os principais atrativos turísticos de seus bairros. Seus enredos difundem história, cultura, valores e protestos. Seus barracões formam mão de obra na costura, na escultura, na pintura. Além de ser a festa de um povo, o carnaval é uma expressão artística.

Tudo isso já seria suficiente para justificar o investimento do poder público no carnaval. Afinal, lazer e cultura também são direitos. Subsidiar os desfiles das escolas de samba nas grandes capitais e nos municípios onde essa tradição sobrevive é legítimo pelo aspecto cultural, artístico, identitário. Mas, além disso, o carnaval gera empregos e renda. Do artesão que trabalha em um barracão de escola de samba à mãe que vende cachorro-quente em eventos para complementar sua renda. O dono de uma loja de tecidos é feliz quando chega o carnaval. O distribuidor de bebidas também. O moço que vende as bebidas na caixa de isopor também. Todo esse comércio gera empregos e impostos. Toda atividade cultural gera benefícios sociais e econômicos. Mas, aqui e acolá, algumas autoridades se rendem ao discurso fácil de que não se pode investir no carnaval, pois o dinheiro deve ir para a Saúde e para a Educação. E de onde vem o dinheiro da Saúde e da Educação? Não é dos impostos? Não seria melhor, portanto, investir em uma rica programação cultural que gera empregos, renda e impostos? O carnaval é a festa de um povo. Povo, do grego “demos”. Daí vem a palavra “democracia”. Mas também provém dessa raiz a palavra “demagogia”. O carnaval é a festa de um povo. A demagogia é a sua inimiga.

*Professor de História

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