Timoneiro

“Toque de recolher é um boato”, diz secretário de Segurança

Os canoenses viveram uma semana cercada de medo no bairro Mathias Velho. Uma onda de violência na região elevou os índices de homicídios de junho, que eram baixos até então. A sensação de insegurança cresceu após o rápido compartilhamento de um áudio nas redes sociais, supostamente gravado por criminosos, ameaçando a comunidade e decretando um toque de recolher no bairro. De acordo com o secretário de Segurança de Canoas, Ranolfo Vieira Júnior, tal situação não passa de um boato.

Toque de recolher

“É um boato que se tem, começou no máximo na segunda-feira (26), se espalha e ganha força com as redes sociais”. Ele tranquiliza a comunidade e reafirma que as escolas seguirão funcionando normalmente, assim como os demais serviços públicos da região.

Nota da BM

Assim que o boato do toque de recolher se espalhou, a Brigada Militar divulgou nota negando o fato: “A Brigada Militar está atenta e acompanhando a situação neste e nos demais bairros da cidade, e juntamente com a Polícia Civil e Guarda Municipal trabalhando para garantir a segurança da comunidade. Informamos que NÃO existe “toque de recolher” na cidade de Canoas. E NÃO há lugar que a Brigada Militar durante seus 180 anos não atue.”

Conexão

Sobre a relação do boato com o crime ocorrido na madrugada do dia 25 de junho, quando adolescentes foram mortos em uma festa no bairro Mathias Velho, Ranolfo afirma que pode existir conexão, mas que esse não é o maior problema: “o importante não é saber o motivo da boataria. O importante é dizer que não será admitido isso em Canoas.”

Números

O secretário de Segurança ainda afirma que, após reunião do GGIM, foi verificada uma redução no número de crimes patrimoniais, furto e roubo de veículos. “Até quarta-feira da semana passada estávamos com um dos menores indicadores de homicídios da história de Canoas. Eram só 3 no mês. Daí aconteceram estas mortes no final de semana, passou para seis, e agora a localização desta menina, estamos com 7. Hoje estamos com o mesmo número de homicídios que junho de 2016.”, explica o titular da pasta.

Ações

Ainda no sentido de coibir o crime, as operações integradas de segurança pública continuam, segundo o secretário. Na última semana, a ação ocorreu na Santos Ferreira com Inconfidência, Santos Ferreira com Farroupilha, Perdigão e Boqueirão com a Liberdade. “Foram 12 horas de operação de sexta-feira para sábado e sábado para domingo. Vai ser repetido nesta semana e vai ser repetido enquanto for necessário”, afirma Ranolfo. Até agora já foram realizadas 25 operações neste ano.

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