A Feira do Livro proporciona momentos que podem determinar mudanças profundas na cultura de uma cidade. Com essa responsabilidade, a escritora Ancila Dani Martins falou a um público de jovens estudantes, na última quarta-feira, 28. Na ocasião, a professora aposentada e ex-patrona da Feira explicou o referencial teórico de seu livro “Cachoeira de Cristais”.
Fã de livros
“Sempre participo aqui da Feira por que acho isso mágico, eu sou fã de livros”, diz Ancila. Ela afirma que este ano achou a feira mais organizada. “Nos outros anos também estava boa, mas agora gostei desta localização, este espaço é fantástico”, completa.
A escritora lamenta que atualmente a leitura não seja tão popular. Mesmo assim, ela ainda mantém uma postura positiva: “Eu tenho a impressão que futuramente eles vão começar a se aprofundar mais.”
Cachoeira de Cristais
Ancila trata sua obra como uma paixão. “Ele é uma leitura atual do que vi, vivi, senti e percebi até meus 12 anos, no interior de Flores da Cunha”, conta a escritora. Ela comenta que começou a olhar as paisagens dos lugares onde cresceu e começou a refletir. Os resultados dessa experiência foram 50 pequenos poemas, chamados por ela de “poemetos”. “Me fez bem pra alma ter escrito este livro”, diz Ancila. De acordo com ela, o objetivo da palestra foi apresentar um referencial teórico da publicação, destacando a importância da memória. “Essas imagens do passado, hoje ainda presentes em mim, me dizem muito. Me sinto feliz com o livro, por que ele é produto da minha felicidade, é uma visão positiva das coisas que vivi.”
Incentivo
Para Ancila, é importante que a nova geração tente registrar a vida textualmente, como era feito antes nos diários. “Meu objetivo era de que hoje todo mundo saísse daqui escrevendo, registrando aquilo que sentiu.” De acordo com ela, a Feira do Livro tem justamente esse papel de incentivo à leitura.