A reportagem de O Timoneiro foi recebida, na segunda-feira, 29, no escritório do deputado estadual Nelsinho Metalúrgico (PT). Na ocasião, o representante canoense na Assembleia Legislativa falou sobre a conjuntura política municipal, estadual e nacional.
Canoas
Questionado sobre a atual gestão municipal, liderada por Luiz Carlos Busato (PTB), o deputado afirma ter preocupação com o cenário. “Tínhamos ações no governo anterior que já não vemos agora”. As áreas mais apontadas por Nelsinho como motivos de preocupação são a Saúde e Segurança.
Crise na Saúde
“Isso impacta a vida das pessoas”, diz o deputado. Ainda que ressalvando o início de mandato de Busato, Nelsinho cobra ações do governo referente à falta de remédios em farmácias e sobre a situação da crise nos hospitais da cidade. “O governo municipal é muito lento para dar essas respostas”. Ele ainda ressaltou a crise protagonizada pelo Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp). “Me parece que a Prefeitura tem mecanismos suficientes para romper contratos. A Prefeitura deve assumir essas responsabilidade”, avalia o deputado.
Segurança
De acordo com Nelsinho, Canoas entrou no ranking de cidades mais violentas do estado. “O governo tem acabado com programas de prevenção à violência”, afirma o deputado. Para ele, o problema “explodiu em Canoas de maneira assustadora”.
Estado
A nível estadual, Nelsinho conta que está trabalhando na defesa dos Institutos Federais (IFs). Ele ressalta a qualidade das instituições e afirma que está mobilizando alunos, professores e pais em torno da pauta. O deputado ainda informa que tem cobrado o governo do Estado sobre a superlotação da DPPA de Canoas. “Isso coloca em risco a vida de nossos servidores, assim como da população que vai até lá para efetuar alguma denúncia”.
Governo Temer
“Temer perdeu qualquer resquício de legitimidade”, afirma o deputado estadual. Ele ainda reforçou que o afastamento de Dilma Rousseff ocorreu sem provas. Nelsinho também criticou as reformas previdenciária e trabalhista e defendeu a realização de eleições diretas como saída para a atual crise política. “O povo deve ser chamado. Enquanto isso devemos exigir a renúncia de Michel Temer”, completa.