Na residência, situada atrás de um importante hospital de Canoas, foi aprendida grande quantidade de drogas sintéticas e insumos. O local era um dos principais centros de produção e distribuição de drogas sintéticas do Estado do Rio Grande do Sul.
O esquema envolvia remessas de substâncias químicas para diversos destinatários, utilizando a entrega pessoal e até postal, em quantidades pequenas, a fim de não levantar suspeitas das autoridades, inclusive das responsáveis pela fiscalização dos produtos. O material apreendido poderia render até 50.000 mil comprimidos de ecstasy, sendo que o faturamento a partir da venda desta quantidade da droga poderia chegar a um milhão de reais.
O Diretor de Investigações do DENARC, delegado Mario Souza, declarou que “um verdadeiro laboratório do narcotráfico foi encontrado e desativado”. Com relação à produção de drogas sintéticas e o consumo no RS: “normalmente temos a entrada de ecstasy na cadeia de consumo do RS a partir de laboratórios de Santa Catarina, fronteira com o Paraguai e da Europa.” Nessa ação “comprovamos a existência de um considerável esquema de produção de ecstasys dentro do Estado do Rio Grande do Sul.”, afirmou o Delegado Souza.
Foram apreendidos no local metilenodioximetanfetamina (MDMA – substância psicoativa do ecstasy); álcool isopropílico, benzoquinona, acido esteárico, frascos de cetamina, cloreto de amônia, ácido clorídrico e 12 quilos e 400 gramas de maconha de alta qualidade, conhecida como “clone. Também foi encontrado no local balança de precisão, bujões de gás, molde (prensa) para a prensagem e produção de comprimidos de ecstasy; diversos potes com pó colorido utilizados para dar cores vibrantes aos comprimidos da droga, equipamentos para misturar os produtos e gerar a matéria base do ecstasy, dois veículos e celulares. Por fim, destaca Souza “que novas fases da Operação Pai Nosso serão implementadas, visando o possível indiciamento de indivíduos.”