A Saúde de Canoas atravessa momentos de constante caos. O Sindicato Médico do RS (Simers), afirma que o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) não está preparado para gerir “uma parte da saúde” do município. O Simers aponta falta de materiais básicos para o exercício da medicina, medicamentos básicos e antibióticos essenciais para o tratamento de muitos pacientes, que “vêm gerando sérios prejuízos aos profissionais que trabalham no Hospital Pronto Socorre de Canoas (HPSC) e nas demais instituições administradas pelo grupo (Hospital Universitário, CAPS e UPAS Rio Branco e Caçapava)”. Diante disso, o Sindicato foi até o Ministério Público na última quinta-feira, 13, onde relatou a atual situação dos serviços prestados pela empresa.
Medicamentos
De acordo com a entidade, um dos medicamentos que está em falta no Centro Obstétrico, por exemplo, é a ocxtocina, fundamental em diversas situações durante o trabalho de parto. O diretor do Simers, Willian Adami, salientou que os pacientes estão correndo perigo de morte: “A falta de medicação não permite a evolução do tratamento de muitos pacientes, que dessa forma correm grave risco de irem a óbito. Os médicos estão fazendo o que podem com a baixa condição de trabalho. Estão exercendo uma medicina de guerra”, salientou o diretor.
Na manhã de quinta-feira, 13, representantes do corpo clínico reuniram-se com a diretora do Simers, Clarissa Bassin, e reiteraram o agravamento da situação, preocupados com a falta de insumos que prejudica gravemente a evolução dos doentes que estão em atendimento.
Outros problemas
O sindicato ainda ressalta que, desde que o Gamp assumiu, em dezembro do ano passado, outros problemas começaram a acontecer: “Isso inclui salários atrasados, falta de informação nos contracheques sobre o recolhimento do FGTS e INSS”.
O que diz o Gamp
Em nota, o Gamp reitera que está trabalhando para normalizar o processo de abastecimento, a partir da reestruturação do setor de compras.