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Simers critica administração do Hospital de Pronto Socorro

DivulgaçãoSIMERS

Na manhã da quinta-feira, 6, o corpo clínico do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) e o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) estiveram reunidos com representantes da organização social para cobrar retorno e medidas efetivas “diante do caos instaurado na unidade”.

Para a diretora do Simers, Clarissa Bassin, “a falta de respostas claras e contundentes dos representantes do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) demonstrou o despreparo da gestão em garantir a manutenção do atendimento à população de Canoas e aos mais de 130 municípios para os quais o HSPC é referência.” A diretora solicitou uma declaração pública do Gamp sobre o desabastecimento de insumos básicos para o funcionamento do hospital, ressaltando que a instituição funcionava em restrição até o momento.

“Nunca se viu o que tivemos nesses quatro meses de gestão do Gamp. A desassistência já começou em Canoas. O que está acontecendo aqui é a desestruturação de um serviço reconhecido por sua qualidade. Não há condições de continuar dessa forma”, destacou ainda. Clarissa também ressaltou que o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) já foi notificado para vistoriar a unidade e verificar as condições precárias para o exercício da Medicina. Na lista de problemas, o sindicato apontou falta de materiais como luvas e gaze, além da inexistência de medicamentos como paracetamol e ibuprofeno.

Falhas

Os médicos relatam que a falha começou depois que o Gamp alterou o funcionamento do almoxarifado, que deixou de operar dentro do HPSC, sem qualquer conversa ou comunicado aos funcionários. “Se as ações administrativas não forem combinadas conosco, que dominamos a parte técnica, não há como o fluxo funcionar. Isso desqualifica o atendimento e coloca em risco o elo mais fraco, que é a população. Esse hospital precisa de ações imediatas”, ponderou o diretor do corpo clínico do Hospital de Pronto Socorro, Rogério Scheneider.

Área trabalhista

De acordo com o Simers, são inúmeras as irregularidades de ordem trabalhista. “Embora os médicos tenham o desconto em sua folha de pagamento da contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o valor não é repassado desde que a organização social assumiu a administração, em dezembro de 2016.”, afirma o Sindicato.

O que diz o Gamp

Em nota, o Gamp informa que “a questão do HPS já está sendo regularizada. Os insumos e materiais para atendimento do HPS já foram comprados, e a maior parte está sendo entregue, inclusive com reposição dos itens críticos. O processo de suprimento está sendo regularizado a partir do andamento da reestruturação do setor de compras. Quanto às demais questões, a documentação será enviada à Justiça nos prazos estipulados, e regularizados tributos conforme calendário de repasses específicos da administração municipal.”

O que diz a Prefeitura

Também em nota, a Prefeitura afirma que realizou visita ao HPS após a denúncia do Simers e que a situação, como a falta de medicamentos e insumos, já está normalizada.

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