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Tarifa do transporte coletivo canoense sofre reajuste

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Preço é resultado de uma fórmula que leva em conta todos os custos da empresa

O Conselho Municipal de Transporte ratificou por unanimidade o novo preço da tarifa do transporte coletivo de Canoas, fixando o valor em R$ 3,75. Com isso, o transporte seletivo passa a custar R$ 4,55. Os novos valores passaram a valer na última quarta-feira, 5.

O preço da passagem é resultado de uma fórmula que leva em conta todos os custos da empresa divididos pelo número de passageiros transportados e a quilometragem percorrida pela frota.
O custo por quilômetro foi de R$ 5,694 e o número de passageiros pagantes por quilômetro atingiu R$ 1,510. A divisão resulta no total de R$ 3,76, arredondado para R$ 3,75.

Ou seja, no atual cálculo o número de passageiros sofreu uma queda de quase 2%, o que impactou em R$ 0,09 no preço da tarifa. Na hipótese da manutenção do total de usuários a tarifa poderia custar R$ 3,68.
Custos considerados
Pessoal de Operação (51%): No ano de 2016 foi concedido um reajuste salarial de 11% para os rodoviários o que representou um impacto de 65% nos custos da empresa. A Sogal possui em seu quadro 245 motoristas e 248 cobradores.

Custos Variáveis (19%): estão as despesas com uso de pneus, combustível e recapagem.
Manutenção (12%): A frota da empresa é de 125 carros, mas para efeito de cálculo foram computados 113 ônibus.
Custos Administrativos (9,6%): englobam os gastos com material de escritório, limpeza, manutenção predial.
Custos de Capital (5%): representam o lucro da Sogal e o retorno sobre o investimento.
Tributos (1%): Despesas da empresa com encargos. A Prefeitura isentou a Sogal do ISSQN, o que gerou uma economia de R$ 0,07 no preço final da passagem.

Gratuidades

Em Canoas, cerca de 28% dos passageiros não pagam passagem. O número tem impacto no valor final do preço do bilhete. Na comparação com outros municípios, o índice da cidade é superior ao de Caxias do Sul (23%), mas inferior a Porto Alegre (35%). A média nacional é de 22%, de acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

No total, cerca de 80 mil pessoas estão cadastradas com direito a isenção, mas 28.880 estão ativas. Ainda, cerca de 10% das pessoas transportadas se utilizam da integração entre modalidades e modais, que permite fazer a segunda viagem de graça dentro do intervalo de 90 minutos. No total são cerca de 150 mil passageiros/mês.

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