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Mercado imobiliário começa 2017 com sinais de aquecimento

MONIQUE LEOTE MENDES*

Quem trabalha no mercado imobiliário de Canoas já começa a sentir a reação positiva do setor, mesmo com o período de recessão econômica pelo qual o país passa. “A redução na taxa de juros e a ampliação da faixa de renda para o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ (MCMV) são alguns exemplos de medidas que contribuem para isso”, diz o presidente da Associação dos Corretores de Imóveis e Imobiliárias de Canoas (Associ), Paulo Sérgio Quiles dos Santos. Paulo ainda salienta que o otimismo do setor da construção já é visto nos lançamentos que ocorrem na cidade e que atendem desde a classe A até a classe C.

Um estudo apresentado no início do ano pelo Sindicato da Habitação (Secovi/RS) revelou as 30 cidades com os melhores índices quanto às suas potencialidades para novos empreendimentos no estado. Nesta pesquisa, o cenário também se apresenta positivo para Canoas, que aparece como o segundo município com maior perspectiva de crescimento e atratividade no que diz respeito ao mercado imobiliário de locação e comercialização de imóveis.

Sobre a Pesquisa

No estudo feito pela Secovi/RS foram utilizadas 15 variáveis sociodemográficas e econômicas para medir as vantagens dos municípios em receber empreendimentos de todos os padrões. A cidade de Canoas aparece em segundo lugar, apenas atrás de Caxias do Sul. O estudo não considerou os dados da cidade de Porto Alegre junto com os demais municípios gaúchos.
A pesquisa avaliou critérios como a maior taxa de urbanização, renda domiciliar, empregos formais, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Produto Interno Bruto (PIB ), área territorial, escolaridade dos moradores, entre outros.

Previsão de crescimento conforme o mercado

Diversos fatores corroboram para uma melhora do mercado imobiliário em 2017, dentre eles está a desaceleração da inflação brasileira que saiu de 10,7% em 2015, para a previsão de 5,07% em 2017, conforme divulgação do Banco Central no último Relatório Trimestral de Inflação, documento que possui as expectativas para a economia.

Luis Carlos Rosa, Sócio Presidente ISL, Incorporadora São Luis

“Fatores previstos para 2017 como: desaceleração da inflação (com meta para 4,5% no ano de 2017); crescimento do PIB (com previsão de 1,3%); redução na taxa de juros e ajustes no cenário político (com atuações do Ministério Público e Polícia Federal), de um modo geral encaminham o cenário de 2017 para um aumento da empregabilidade, baixa inadimplência e confiança no mercado por parte dos investidores. O segundo semestre de 2017 com certeza trará reflexos positivos deste conjunto de situações previstas e fortalecerá o mercado imobiliário da região”.

Andreia Medeiros, Departamento Comercial, Serno Construções e Incorporações

“O ano de 2017 iniciou com uma expectativa muito boa em relação aos outros anos, em volume de vendas e negociação. O mercado está mais positivo. Já observamos um aumento na procura de imóveis e temos perspectivas de novos empreendimentos. Nossa maior procura está sendo dentro da linha do Minha Casa, Minha Vida, que se enquadra na renda média de até cinco mil, com teto máximo de compra em 237 mil reais.”

Sergio Luis Possebon, Imobiliária Segura

“Canoas vem crescendo muito, principalmente na área nova, localizada no Centro da cidade, que está muito valorizada. Temos muitos empreendimentos novos, comerciais, surgindo pela redondeza. Para a Segura, que tem como “carro chefe” o aluguel, percebemos cada vez mais força neste ramo, e o ano de 2017 começou muito bom para nós. Acreditamos que devido ao fato da crise ter assolado o país, e as vendas terem ficado mais restritas aos bons investidores, a locação se destacou como boa alternativa de negócio, o que se comprova com o crescimento da procura pela população”.

Felipe Korb, gerente, Benin Imóveis

“Este ano registramos um incremento significativo nas vendas com relação ao mesmo período do ano passado. Atribuímos isto a quatro fatores. Confiança do nosso consumidor; redução da taxa de juros; grande oferta de imóveis residenciais e comerciais; e redução de valores, facilitando as negociações. As pessoas têm mais opções para fechar o negócio. Este contexto contribui para aquecer o mercado.”

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