Rogério Ceratti*
O tempo é um medidor de ânimos, relativo e muitas vezes incoerente.
Por exemplo, a saudade. Quanto mais tempo passamos longe de alguém que gostamos, a saudade só aumenta.
O sentimento de raiva parece diminuir com o passar do tempo, atenuar, às vezes até esquecemos o motivo dela.
Temos tempo para apresentar defesas em processos judiciais, administrativos.
Tempo para realizar uma prova, fazer um vestibular.
Tem gente que usa o tempo para o crossfit, para a academia.
Tem pessoas que usam o tempo nos relacionamentos, nos casamentos.
Com nove meses de gestação e após o nascimento, muitas mães gostariam de ter aproveitado mais esse período tão lindo que a natureza proporcionou.
Também pode simbolizar felicidade quando reencontramos um amigo querido, que não víamos há tempos, lembramos coisas boas apenas.
Mas conviver muito tempo com uma pessoa gera desgaste, isso é inevitável. É preciso saber dosar o tempo com esse alguém.
Aproveitar o tempo é muito bom. No momento de descanso, no rendimento do trabalho, vendo um bom filme, lendo um bom livro, degustando uma boa refeição, uma caminhada ao ar livre.
O tempo auxilia o crescimento, o amadurecimento.
É preciso avaliar muito bem o nosso tempo, ao que dedicamos ele, para quem dedicamos ele.
Organizar nossa vida através do tempo é tarefa difícil, mas é um exercício profícuo.
Estimula uma análise do passado, tentativa de acertar o presente e uma crítica para futuro.
*Advogado e Escotista