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Canoas registra 25 invasões em dois meses

_DSC0487As frequentes ocupações irregulares em áreas públicas de Canoas colocaram as autoridades municipais em alerta. Foram 25 invasões nos primeiros 50 dias do ano, sendo algumas reincidentes. Com uma média de uma invasão a cada dois dias, a Prefeitura anuncia a criação de força-tarefa e de medidas para pôr fim ao movimento de ocupações.

Equipe permanente

De acordo com a nova gestão municipal, foi estabelecida uma equipe permanente, que irá atuar na fiscalização e em operações de desocupação a qualquer dia e horário, inclusive nos finais de semana. “A retirada dos ocupantes será imediata, considerando que a Prefeitura possui interdito proibitório de todas as áreas públicas de Canoas. O grupo de trabalho será sempre acompanhado por efetivos da Brigada Militar e da Guarda Municipal.”, informa o município, em nota divulgada à imprensa.

Identificação

A Prefeitura ainda afirma que será feito levantamento de todos os participantes e envolvidos nas invasões. Serão colhidas informações para verificar de onde vieram, qual a renda familiar, qual é a situação junto a cadastros de programas habitacionais e ficha de antecedentes criminais.

Responsabilização criminal

Com a presença da Brigada Militar nas operações, poderá ser efetuada prisão em situações de flagrante em crimes de dano ao patrimônio público. Segundo o artigo 163 do Código Penal, a pena pode ser de um a seis meses ou multa. Quando o dano for qualificado, a pena pode passar para até três anos.

Crimes ambientais

No caso de crimes ambientais, cometidos em diversas ocupações, todo e qualquer prejuízo causados ao meio ambiente, como o corte e queima de árvores, é passível de sanção e a pena varia conforme o tipo de violação e a gravidade.

Exclusão do cadastro

O Executivo municipal estuda, ainda, a criação de projeto de lei que penalize os invasores com a exclusão imediata do cadastro de programas habitacionais e os impeçam de se inscreverem novamente por um prazo mínimo. Se estabelecido o projeto, a política de habitação irá priorizar aqueles em situação de maior vulnerabilidade social e que não tenham participado de ocupações irregulares.

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