O frei Wilson Dallagnol, que há vários anos atua na organização da festa de Nossa Senhora dos Navegantes, afirmou estar muito feliz com a quantidade de pessoas que visitaram a Praia do Paquetá na manhã do dia 2. Ele também ressaltou a importância do poder público e, especialmente, a participação de fiéis de diversas paróquias que se empenharam para que o evento ocorresse da melhor forma possível.
À tarde foi a vez das comemorações em homenagem a Iemanjá, que foi organizada por umbandistas da cidade. A celebração ocorreu também na praia do Paquetá.
Segundo os números divulgados pela Prefeitura, a estimativa é de que tenham participado cerca de 6 mil pessoas entre as homenagens a Nossa Senhora dos Navegantes e Iemanjá.
Navegantes
A fé e a designação à Nossa Senhora dos Navegantes têm início no século XV, com a navegação dos europeus, especialmente com os portugueses. As pessoas que viajavam pelo mar pediam proteção à Nossa Senhora para retornarem aos seus lares. Maria era vista como protetora das tempestades e demais perigos que o mar e os rios ofereciam.
Iemanjá
Yemanjá, Iemanjá, Janaína, Rainha do Mar, Aiucá, Dona Janaína, Inaê ou Maria princesa do Aioká é um orixá africano cujo nome deriva da expressão ioruba Yéyé omo ejá (“Mãe cujos filhos são peixes”). É identificada no jogo do merindilogun pelos odus ejibe e ossá. É representado no candomblé através do assentamento sagrado denominado igba yemanja.
Sincretismo
Existe um sincretismo entre as santas católicas Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora da Glória, e Iemanjá. Em alguns momentos, inclusive em festas, as santas católicas e africanas se fundem. No Brasil, tanto Nossa Senhora dos Navegantes como Iemanjá têm sua data festiva no dia 2 de fevereiro. Costuma-se festejar o dia que lhes é dedicado, com uma grande procissão fluvial.