“Ainda estamos em processo de formação da equipe. Estou com um pouco de dificuldade até para planejar um pouco, mas isso é uma coisa normal em um período de transição de governo” informa José, que pretende reduzir o número de servidores na secretaria para ampliar o quadro nas escolas.
Segundo o secretário, foi realizado um levantamento da verba prevista para 2017 na Educação, onde foi constatado que 83 % do valor será gasto com a folha de pagamento.”Nós temos que reduzir custos, pois passamos por um período de dificuldade econômica e nós temos que trabalhar com essa realidade”, avalia D’Ávila. De acordo com ele, o quadro de servidores está equilibrado, mas existem deficiências em algumas áreas. O secretário ainda afirma que há escolas sem condições de fazer um atendimento pedagógico adequado e que, devido a isso, avaliará novos investimentos.
Vagas nas creches
“A maior dificuldade que estou enfrentando nesse momento é na Educação Infantil”, comenta o titular da pasta. Segundo ele, por mais que sejam compradas vagas, a prefeitura não poderá atender toda a demanda: “muita gente vai ficar de fora e isso me angustia, por que eu queria atender todo mundo, mas temos que ter a consciência de que não vamos conseguir”, avalia. O secretário ainda informa que reavaliará o sistema de chamada para as vagas. “Se depender de mim, ano que vem não será assim”, afirma José D’Ávila, que já anunciou a criação de uma comissão que irá trabalhar em soluções para este ano e pensar mudanças na organização das vagas em 2018. O secretário ainda lembrou que, por lei, a prefeitura tem um prazo até 2024 para que sejam disponibilizadas vagas para todas as crianças nas creches. Até lá, segundo ele, a exigência é de atender 50% da demanda. “Não vai ser com 20 dias de trabalho que vou resolver tudo, mas que vou fazer força, vou”, disse o secretário.
Material escolar e uniformes
O material escolar não será disponibilizado nos primeiros dias de aula, afirma José. Conforme ele, o processo licitatório já está em andamento e, em até 20 dias após o início das aulas, os materiais serão entregues aos alunos. Já os uniformes passam por processo mais complicado. “Tivemos que refazer o processo licitatório, pois o número de uniformes que estavam sendo pedidos era excessivo.” O secretário afirma que está “correndo contra o tempo” para definir a situação, mas que ainda não tem um prazo específico para a entrega.
Manutenção de escolas
O quadro mais difícil encontrado, segundo D’Ávila, foi o da escola Carlos Drummond de Andrade. Além de estar sem luz, por conta da queda de um poste, a escola estava “completamente deteriorada”. José afirma que o prédio estará pronto e funcionando para o início das aulas. Serão gastos em torno de R$ 70 mil para realizar a reforma. Outra escola que também terá prioridade neste inicio de gestão é a Artur Pereira de Vargas, que teve um problema com o telhado, devido a um temporal.
“Outras demandas que me preocuparam muito são as escolas com novos modelos de gestão. Pensamos que essas escolas estavam prontas, mas não estão”, afirma o secretário. Segundo ele, é necessário muito trabalho para colocar os prédios em ordem. Ao todo, sete escolas foram inauguradas com irregularidades pela antiga gestão, todas com problemas na instalação elétrica.
Projetos e metas
“Tenho metas bem claras”, diz José. Ele comenta que terá especial atenção para a situação da segurança das escolas: “quero ver se consigo acertar com o prefeito para colocarmos o máximo possível de guardas nas escolas”. O secretário ainda afirmou que irá trabalhar para melhorar o Ideb da cidade. “Embora seja algo que não dependa só de mim, vou trabalhar para isso. O foco principal é fortalecer as escolas”, conclui.