A situação passou a ser intermediada pela Secretaria de Relações Institucionais (SMRI), e foi discutida em âmbito técnico e legal pela primeira vez na tarde de quarta-feira, 25.
“Nós vamos agora dialogar com o clube e com a comunidade, pois, apesar de o projeto obedecer à legislação, os moradores do bairro não foram consultados em momento algum. Vamos definir esta questão da forma mais democrática possível, ouvindo e analisando todos os lados”, pondera o secretário da SMRI, Airton Souza.
Entenda o caso
A obra do Grêmio São Cristóvão, que tem origem no Projeto Bairro Melhor, foi licenciada por edital aberto em maio de 2016, mas deveria ser realizada no Loteamento Igara II. Depois de contemplado, o projeto teve seu local alterado para uma área verde do bairro, garantida legalmente para lazer, recreação e prática esportiva.
O projeto inclui, além de um campo de futebol, uma pista de caminhada, uma praça e uma escolinha de futebol aberta à comunidade.
Diretor do Clube
O diretor social do Grêmio São Cristóvão, Edgar Sarmento, em conversa com O Timoneiro, relatou a visão da instituição no impasse. Segundo ele, a entidade busca compartilhar o local com a comunidade. “A ideia é propiciar aos moradores para que utilizem esse espaço”, afirma.
Sarmento afirma que serão definidos horários específicos para uso da comunidade, de graça. Ainda segundo o diretor, o grêmio planeja, através de projetos junto à comunidade, construir uma pista de caminhada, academia ao ar livre e uma cancha de bocha.
Abaixo-assinado
Os moradores do bairro realizaram abaixo-assinado contrário à chegada do Grêmio ao local. “Muitas pessoas que assinaram não sabem do que se trata”, diz Edgar. Ele afirma que nem todos os moradores estão contra o Grêmio.”Estamos juntando assinaturas também, de pessoas a favor da cessão. Já temos em torno de 300 assinaturas”.