Logo no início da entrevista, Rosa deixou claro que a situação encontrada na Secretaria é difícil. “Quando nós chegamos aqui, fizemos um diagnóstico situacional, elencamos as dificuldades e o panorama que tínhamos na gestão. O que mais nos espantou foi o volume de demanda reprimida de vários setores”. Segundo a secretária, a demanda é de 47 mil consultas, 66 mil exames gerais e 8,5 mil cirurgias.
De acordo com Rosa Maria, a equipe da pasta está articulando a capacidade financeira dos hospitais e fazendo um levantamento para saber de que forma será executada a demanda reprimida em todas as áreas, “a intenção é de que se possa suprir todo esse período em que essas pessoas ficaram em abandono”, informa. A secretária ainda questiona a administração passada, afirmando que não foi de um dia pro outro que as pessoas formaram esse volume de fila. “Como foi nesses 8 anos? “, pergunta.
Rede de problemas
Rosa Maria informa que ficou perplexa com a situação da rede como um todo. Segundo ela, de 28 unidades básicas de saúde, 11 delas são alugadas e adaptadas para o atendimento ao público. De acordo com a secretária, diversos locais contam com problemas estruturais, de organização e de gestão. “Outra situação que compromete muito o sistema é a do equipamento que temos dentro do HPS e do HU”, afirma Rosa. Ela relata que a manutenção do equipamento e da estrutura arquitetônica dos locais está comprometida.
Planos da gestão
Como primeira ação, a secretária afirma que está reavaliando todos os contratos de prestação de serviços da rede. Além disso, Rosa informa que foi montada, na primeira semana de governo, uma equipe de fiscalização para avaliar as prestações de serviço no HPS, no HU e nas Upas. “Hoje essa equipe vai até os locais, confere os profissionais que estão prestando atendimento naquele momento e faz um levantamento das necessidades da população” relata.
Finanças
Em coletiva de imprensa, antes de assumir a gestão, Luiz Carlos Busato (PTB) afirmou que, na administração anterior da Prefeitura, “não faltou dinheiro para a Saúde, faltou gestão”. A situação financeira atual, segundo a secretária de Saúde, está sendo revista. “Não podemos dizer que temos muito dinheiro, pois temos muitas necessidades da população e implementos que temos que fazer em programas”, afirma. Groenwald comenta que está realizando um levantamento, captando recursos e cadastrando serviços. Uma das principais estratégias anunciadas pela secretária é a de priorizar a saúde da família, reorganizando o cadastro para que ter um envio de verba específico na área.
Teleagendamento
Um dos serviços mais controversos da Secretaria de Saúde também foi abordado. Segundo Rosa, irão acontecer algumas mudanças no sistema: “Nós queremos tornar esse acesso melhor para o cidadão. Com 18 dias, já fizemos várias reuniões a respeito disso e nós estamos buscando a necessidade do usuário”, afirma.
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Já no final da conversa, Rosa Maria informou que na semana que vem será divulgado um pacote de medidas pontuais para a Saúde do município, “são estratégias para que possamos dar as respostas que a população tanto precisa”, conclui.