Timoneiro

Diretora de Educação Inclusiva fala sobre nova gestão da pasta

_DSC0007Renata Flores da Silva atua na área da Inclusão Social há vinte anos. Com reconhecida trajetória no âmbito, ela foi a escolhida para gerir a Educação Inclusiva no município. Em conversa com O Timoneiro, ela falou sobre sua história e sobre os planos para a administração da pasta.

Graduada em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e especialista em Educação Especial e Psicomotricidade Relacional, Renata trabalhou 13 anos no instituto Pestalozzi e teve passagem pela Acadef. Ela ainda criou a Associação Legato, que completa 10 anos de existência em 2017, com foco na inclusão através da arte. “É uma experiência bem farta na área da inclusão”, comenta Renata.

Legato na rede municipal

A profissional informa que a Associação Legato, conveniada na rede municipal, atende crianças como reforço escolar, desenvolvendo programas de arte e educação. “Sempre tivemos, durante o governo passado, uma abertura muito grande.” afirma Renata, que ainda cita o período conturbado enfrentado pela entidade entre 2014 e 2016.”Tivemos chuva, temporal, quebrou o telhado da sede, nos mudamos, tivemos dois arrombamentos.” Segundo ela, a associação se reergueu graças à ajuda da população.

Marco

Nova diretora de Inclusão, Renata afirma que existe um Marco para a área no município. Para ela, a Lei oriunda do Conselho Municipal de Educação, na resolução de 18 de setembro de 2012, foi determinante para a construção de políticas públicas no tema. “Acreditamos que, a partir dali, Canoas começou a se organizar de uma maneira mais sistemática em relação à inclusão”, afirma.

Metas

Renata afirma que o planejamento visa manter contato com as crianças inclusas dentro da rede municipal e manter os projetos ligados às entidades conveniadas que prestam serviços à comunidade. “Nossa missão é dar continuidade e desenvolver novos projetos”, comenta a diretora, que ainda ressalta a ênfase da nova gestão no atendimento das famílias. “A família tem que ser contemplada, bem recebida. Tem que ter diálogo entre poder público e cidadão”, conclui. A ideia, segundo ela, é atender todos os segmentos que estão incluídos no âmbito escolar e também nas entidades. Renata pretende visitar todas as escolas de inclusão e todas as entidades até meados de maio. De acordo com a diretoria, são em torno de 80 unidades no município.

Ceia e Adevic

Nas últimas edições de O Timoneiro, profissionais do Centro de Capacitação, Educação Inclusiva e Acessibilidade de Canoas (Ceia) relataram más condições de trabalho e citaram problemas na divisão de espaços com a Associação dos Deficientes Visuais de Canoas (Adevic). Ambas as instituições funcionam no mesmo terreno, na Rua Rio de Janeiro, 360, no bairro Mathias Velho. Representantes da Adevic também se pronunciaram, relatando seu ponto de vista no impasse.

Conforme Renata da Silva, esta situação já é de conhecimento da direção de Educação Inclusiva. Sobre as más condições de trabalho, a diretora afirma que foi constatado um problema de vazamento na estrutura física na sede do Ceia. “Está chovendo dentro da sala de aula. A primeira providência é realmente resolver isso”, diz Renata. Com relação ao impasse entre Ceia e Adevic, ela diz que o assunto está em negociação. “Vamos resolver em algumas reuniões, mas que não prejudique nem o Ceia nem a Adevic. Vamos achar um ponto em comum. Até as aulas começarem nós já vamos tomar providência”, promete Renata.

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