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Regina Becker critica fim de órgão que defende animais em Porto Alegre

_dsc0475Marcelo Grisa

Na manhã da última segunda-feira, 2 de janeiro, a Rede Sustentabilidade reuniu membros da executiva estadual e outros apoiadores para um almoço no centro da cidade. Recepcionados por Jorge Uequed, porta-voz masculino da executiva estadual do partido, os membros discutiram questões relacionadas principalmente ao planejamento de expansão da legenda pela Região Metropolitana e pelo Interior do Rio Grande do Sul.

Dentre os presentes, estava a deputada estadual Regina Becker Fortunati. A parlamentar ressaltou a importância da presença da Rede no Executivo canoense. “A vice-prefeita Gisele Uequed representa aquilo que entendemos ser necessário e fundamental, com a força da mulher e um entendimento para fazer a cidade funcionar”, disse.

Em conversa com nossa equipe de reportagem, Regina afirmou que observa com muita atenção os movimentos na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Na Capital, o prefeito Nelson Marchezan Jr. tenta realizar uma reforma administrativa que diminui secretarias e corta gastos, com o objetivo de acertar o orçamento.

Dentre as secretarias que devem ser extintas quando o mandatário assinar a lei já votada no Legislativo está a Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda), criada por Regina enquanto primeira-dama de José Fortunati. Ela também foi a primeira secretária do órgão que agora deve ser incorporada à pasta de Sustentabilidade.

“Acho legítimo Marchezan propor uma nova proposta de trabalho na Prefeitura de Porto Alegre. Porém, a questão da Seda eu acho um equívoco”. Segundo a deputada, a pasta trata somente do bem-estar dos animais, mas também tem relação com a saúde pública, dados os problemas que doenças animais podem causar, por exemplo. “São mais de 150 atendimentos diários que chegam naquela porta, e podem ficar sem dotação orçamentária específica”, apontou.

“[…] nenhuma pessoa esteve na Seda visitando. A atual administração não sabe que tipo de trabalho é executado”

Regina Becker Fortunatti acusa a Prefeitura de Porto Alegre de acabar com uma Secretaria que o gabinete de Marchezan simplesmente desconhece. “Eu sei que até a última sexta [30 de dezembro de 2016], nenhuma pessoa esteve na Seda visitando. A atual administração não sabe que tipo de trabalho é executado. Ninguém faz ideia do que significa aquilo”, lamentou.

A Seda é uma das estruturas que custa menos para o poder público na Capital, com um orçamento que gira em torno de 6 a 8 milhões de reais nos últimos anos, segundo o Portal da Transparência da Prefeitura. Sem o uso de Cargos em Comissão, atua no atendimento a animais pertencentes a cidadãos de baixa renda e controle de zoonoses, em parcerias com o Ministério Público, clínicas veterinárias que doam atendimentos gratuitos, entre outros 15 projetos atualmente em execução.

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