De acordo com o grupo, o Ceia atende 409 crianças com deficiência, encaminhadas pela rede municipal de ensino. Quando uma criança apresenta dificuldades, é encaminhada ao centro. Segundo os professores, mais crianças poderiam ser contempladas. Aproximadamente 150 crianças estão na lista de espera de atendimento. “O Ceia só não pode ampliar os trabalhos devido ao espaço físico continuamente reduzido”, relatou um dos profissionais, que preferiu não ser identificado. Segundo o grupo, a falta de verbas faz com que professores e familiares tenham que promover brechós e rifas.
Problemas estruturais
A nova sede da Ceia, inaugurada em 2015, já contava com problemas em sua estrutura ainda antes de ser aberta ao público, relatam os professores. “Não nos ouviram, já perdemos computadores, materiais de trabalho”, relata outro profissional. O grupo afirma que nunca houve nenhum reparo solicitado. Segundo os professores, a secretaria de Educação da última gestão municipal já havia sido informada sobre os problemas.
Divisão de espaços
Os professores também relataram problemas devido a uma divisão de espaços com a Associação dos Deficientes Visuais de Canoas (Adevic). “Nas diretrizes do Ceia está especificado que não podem haver dois espaços conjuntos”, afirmam os profissionais. “É muito revoltante, estamos perdendo o espaço para eles. Eles têm ar, internet, telefone carro próprio. Toda uma infraestrutura. Nós, por outro lado, estamos em um prédio totalmente inadequado”, disse um dos professores. O grupo afirma que não é contra a Adevic , mas sim contra a “vantagem que essa entidade têm com relação às outras.”
Alagamentos
O temporal da última quarta-feira, 4, expôs ainda mais os problemas estruturais do Ceia (foto). A coordenadora do centro, Denise Wedman, se manifestou nas redes sociais: “Assim tem sido ao longo destes anos. Sistema elétrico danificado, atendimentos suspensos, perda de material didático e pedagógico, doado pela comunidade, destruído pela água que escorre pela laje e por baixo das portas.”