“As autoridades do nosso município poderiam olhar para esta barbárie e dar atenção que merecem nossas crianças em Canoas. Sentimento de indignação”, afirmou Moises de Oliveira, conselheiro da 4ª micro região do Conselho Tutelar de Canoas, em postagem no facebook, junto a um vídeo que mostrava a atual estrutura do abrigo. A publicação foi feita na tarde de terça-feira, 27. O profissional, em contato com O Timoneiro, informou que a gravação foi feita e enviada ao conselho por um dos educadores sociais do Abrigo Raio de Sol. “Ele estava pedindo nossa ajuda. Em comum acordo entre os conselheiros da 4ª micro região, decidimos publicar o vídeo.”
Vice-prefeita e futuro secretário visitaram abrigo
Na mesma tarde de terça-feira, a vice-prefeita eleita, Gisele Uequed, publicou uma nota em sua página no Facebook, onde relatava ter visitado o Abrigo junto ao futuro secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Vandré Padilha. ” A unidade já conta com inúmeras deficiências”, afirmou Gisele na rede social. Junto à publicação, fotos mostravam problemas estruturais do novo Abrigo.
O que diz a 4ª micro região do Conselho Tutelar
Um colegiado de conselheiros da 4ª micro região informa que está fiscalizando o Abrigo diariamente. Os conselheiros foram até o Corpo de Bombeiros e receberam a informação de que a última vistoria realizada no local foi em 13 de outubro de 2015 e que a casa só é apropriada para ser alugada como escritório. Os conselheiros relatam que o local é inapropriado para as crianças e que gera situação de risco para elas. Segundo eles, foi enviado um ofício ao Ministério Público com os relatos da situação.
Prefeitura rebate acusações
No mesmo dia das denúncias a prefeitura publicou, também nas redes sociais, explicação sobre o caso, junto a novas fotos do Abrigo: “A administração esclarece que todas as crianças e adolescentes já estão em novas instalações – que estão sendo adequadas.”
Após ser questionada sobre o assunto pela equipe de O Timoneiro, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social emitiu uma nota, na qual informou que “levou mais de seis meses para encontrar uma casa adequada que comportasse, no mínimo, 30 crianças e adolescentes. Causa estranheza o questionamento de alguns conselheiros sobre a mudança do abrigo para um local melhor, cujo processo de locação e transferência era do conhecimento deles. Tanto que os conselheiros vetaram o local anterior, gerando uma nova busca. A SMDS informa, ainda, que já foi expedido alvará de prevenção e proteção contra incêndio pelos Bombeiros.”