Maia é o único deputado federal gaúcho citado na delação. Melo Filho diz que o parlamentar recebeu R$ 1,35 milhão na eleição de 2014. O delator não detalha como o pagamento foi feito, tampouco se foi doação oficial de campanha ou caixa 2. Nas contas que declarou à Justiça Eleitoral em 2014, Maia não registra doações da Odebrecht ou de alguma de suas subsidiárias.
Em 2014, Maia teria procurado Melo Filho pedindo doações para campanha eleitoral. O executivo disse que repassou o pedido ao presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que autorizou o pagamento. O sistema de doações da Odebrecht, afirma o delator, mostra dois pagamentos a Maia, entre o final de setembro e o início de outubro de 2014, totalizando R$ 1,35 milhão. No sistema, chamado Drousys, Marco Maia teria o apelido de “gremista”.
Confira a nota enviada por Marco Maia ao jornal Zero Hora:
Nota de esclarecimento,
Com relação às supostas declarações dadas pelo Sr. Claudio Melo, as quais citam a minha pessoa, gostaria de dizer:
– Tais afirmações são mentirosas e refuto com indignação tais ilações;
– Fui relator de uma CPMI em 2014, que tratava sobre a Petrobras onde foi encaminhado o indiciamento de 53 pessoas, mais o pedido de investigações de 20 empresas ao CADE pela prática de crime de cartel;
– Como já tenho afirmado incessantemente, por decisão pessoal, não pedi e não autorizei ninguém a pedir em meu nome nenhuma doação para minha campanha eleitoral em 2014 de quaisquer empresas que estivessem sendo investigadas por tal CPMI. Todas as doações feitas à campanha estão devidamente registradas no TSE conforme previa a legislação;
– Embora a Empresa Odebrecht à época não estivesse sob investigação a decisão valeu também para ela;
– Por fim, utilizarei de todas as medidas legais para que a verdade seja estabelecida e para que os possíveis desgastes a minha imagem parlamentar seja reparado em sua integralidade.
Brasília, 12 de dezembro de 2016,
Marco Maia, deputado federal.